Muitos amigos e conhecidos na Flip. Quase todos eles com sua câmera digital, alguns clicando compulsivamente, inclusive. As digitais realmente invadiram os bares, as festas, tornando-se uma diversão complementar. Tirar fotos pode ser uma boa opção para os que, como eu, não bebem, e portanto ficam brincando com o que houver na mesa (isqueiros, papéis, carteiras de cigarro). Mas, além dessas trivialidades, andei pensando algumas questões um pouco mais interessantes: a minha geração terá uma incrível documentação do passado através dessas imagens digitais. Mas não será um registro exagerado de lembranças? Será que nossos filhos herdarão cds com milhares de imagens? Que conseqüências trará a hiper documentação?
Me parece que tirar tantas fotos é o jeito pós-moderno de tentar manter um instante, de modo que esse post dialoga de alguma forma com o que escrevi abaixo. Essas coisas me levam também a pensar de que essa enorme quantidade de fotos é um reflexo de nosso saudosismo precoce, ainda mais grave que cultuar os anos 80 ou 90, por exemplo: demonstra que, antes mesmo do presente tornar-se passado, já estamos sentindo saudade.
postado por Carol Bensimon as 10:05 | pitacos (15) | trackBack (1)