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A coerência e o Princípio da Relatividade

Aproveitando um comentário do grande Barão da ZN no post sobre o filme Mais Estranho que a Ficção, abordo um tema que eu já queria ter abordado há tempos: as comédias românticas e seus finais (apesar desse filme não ser uma comédia romântica, convém lembrar).

O Müzell comentou que o final estava sendo malhado pela crítica por estragar a originalidade da história. Partindo do pressuposto que o filme fala de um cara que começa a ouvir uma narradora dentro da sua cabeça e depois descobre que virou personagem de uma história (e que a voz é da escritora que está escrevendo um livro cujo protagonista é ele), não vejo problema algum em o final ser mudado de acordo com a vontade da escritora. Se tem um tipo de roteiro que não precisa do tipo de coerência que os críticos querem, é esse. COM CERTEZA.

E foram justamente os finais que fizeram eu me interessar pelas comédias românticas. Como boa parte dos estudantes de comunicação, já fui metido a intelectual, do tipo que só vê filmes europeus nas salas alternativas. Nada contra esses filmes, até porque muitos são sensacionais, o problema é achar que todos os outros filmes não prestam, principalmente as comédias românticas, "porque são muito bobas".

Desde que comecei a assistir a esse tipo de filme com freqüência, notei que vários finais não seguem aquela lógica previsível de casal-que-briga-durante-quase-toda-a-história-mas-fica-junto-no-final. Em filmes como Terapia do Amor ou Separados pelo Casamento, os casais se separam porque descobrem que não dariam certo juntos. E ponto. Não são finais mirabolantes onde eles ficam juntos de qualquer jeito, contra tudo e contra todos, só pra alegrar a platéia.

São desfechos reais, como a gente tá acostumado a ver com nossos amigos, parentes ou até com nós mesmos. Isso me surpreendeu bastante e me fez virar fã das comédias românticas. Foi só perder o preconceito pra ver que tem muitos tipos de filmes interessantes, cada qual a sua maneira. E pra quem tem achado cada vez mais que cinema é - principalmente - entretenimento, descobrir histórias assim me fazem resgatar o amor pela sétima arte.

Seja com final feliz ou não.

Comments (16)

Liv:

Achei Separados no Casamento bem fraquinho, mas o final é realmente surpreendente pra esse tipo de filme.

EGS:

Achei o início do filme extremamente irritante, mas depois comecei a gostar.

E adorei o final.

nat.:

minha mãe soltou um "pensei que eles fossem acabar juntos" quando "separados pelo casamento" acabou, hehe

EGS:

Boa pessoa, a tua mãe.

Thiago:

Por favor, evitem comentar os finais dos filmes. Sei que, no caso das comédias românticas, o final é binário (ficam juntos ou não) mas isso não justifica antecipar as conclusões.

EGS:

Thiago, o objetivo não é estragar a surpresa de quem ainda não viu.

Acontece que o final do filme é o assunto do post, logo tem que ser feita alguma menção a isso.

Lia:

Ah, não, escuta, "o amor não tira férias" é filme de sci-fi BRABEIRA. É lindo. Mas é a maior mentirada.

nat.:

sim, ela é uma ótima pessoa.

o problema de "o amor não tira férias" é ter cameron diaz e jude law.

xanda:

As reviravoltas mirabolantes são realmente irritantes, mas adoro finais felizes.

Tá, mas eu desejei muito, muito mesmo, que o Will Ferrell morresse no final de Mais Estranho que a Ficção. Pronto, falei.

Fernanda:

E pq os finais de FILME tem que ser infelizes??? Já não basta o que vai vir depois do The End? Pq é óbvio que os personagens vão se quebrar depois... mais cedo ou mais tarde. Mas isso ninguém precisa ver... apenas viver.

nat.:

hahahaha
só mulher comentando as comédias românticas.

grande sujeito tu, egs.

EGS:

É que sou um cara sensível, Natália.

E sei que tu sabe disso.

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