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novembro 2008 Archives

novembro 1, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 6

Retro Active (1993) - Two Steps Behind (Acoustic Version)

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Resolvi incluir este disco na lista e tirar o Yeah!, pois só tem covers. Tá certo que esse aqui é composto basicamente por lados B, o que o colocaria na categoria coletânea, mas foda-se. O que importa é que é bom.

Desert Song, faixa que abre o álbum, é Def Leppard das antiga, com guitarras pegadas. Fractured Love começa de mansinho pra depois explodir num hard furioso e Action é um cover excelente de Sweet. As coisas desaceleram um pouco com a sequência de baladas, sendo Miss You In A Heartbeat uma das melhores.

Mas na hora do vamos ver a favorita da casa é a versão acústica de Two Steps Behind, com um violões pra lá de especiais e refrão de SURFAR NO COSMOS DAS CANÇÕES IMORTAIS (lamentável, mas foi o que pensei na hora de escrever). O clipe não tem nada de mais, mas com uma música dessas, quem se importa? O lance é ouvir e chorar.

novembro 2, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 7

Slang (1996) - Breathe A Sigh

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O disco tem uma pilha meio MIDDLE EAST nas primeiras faixas, com uns toques de eletrônica no meio. Sei que parece bizarro, mas não é. Apenas irregular. A sequência Truth?, Turn To Dust e Slang demonstram bem esse clima de tentativa de modernização do som.

Mas quando eles se voltam pras baladas, bem, daí a coisa muda de figura. E muito. Faixas como All I Want Is Everything, com ótimo refrão, e Blood Runs Cold, com clima OITENTÊRA total, equilibram a qualidade do álbum. E quando entra Breathe A Sigh, com uma guitarrinha na introdução muito a la Smashing Pumpkins circa Pisces Iscariot, é que sou realmente fisgado. É sem dúvida a melhor música do disco, com backings fatais. Não existe clipe dela, por isso fiquem com aquela imagem congelada da capa. É o que a casa oferece.

novembro 3, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 8

Euphoria (1999) - Disintegrate

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Depois dos experimentos do disco anterior, o Def Leppard resolveu voltar ao que sabe fazer melhor: tocar hard rock (ou pop metal, como preferem alguns) de qualidade. A dobradinha Demolition Man e Promises no começo já mostra as intenções. A balada Goodbye retoma a maestria da banda em destruir qualquer alma com refrões e dedilhados perfeitos.

21st Century Sha La La La Girl é outro ponto alto do álbum, mas a melhor é Disintegrate, uma faixa instrumental do grande Phil Collen. Guitarras em chamas e uma capacidade de fazer sons grudentos mesmo sem vocal. Uma aula de hard rock, como esse clipe que não é clipe mostra:

novembro 4, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 9

X (2002) - Unbelievable

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X é um disco irregular, com seus momentos ótimos e algumas faixas bem genéricas. O começo é forte, com Now, You're So Beautiful e Everyday, mostrando o poder do pop com guitarras de verdade. A viola no começo de Long Long Way To Go arruina qualquer um, levando a um refrão grandioso.

Four Letter Word é pegajosa e roqueira, e quando Torn To Shreds entra, dá para lembrar do Def Leppard soberano das baladas. E por falar nelas, é justamente uma representante nata que me derruba: Unbelievable. Com um riff poderoso e uma melodia perfeita, essa música me destrói todas as vezes que ouço. Comprovem em mais um clipe inexistente:

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 10

Songs From The Sparkle Lounge (2008) - Love

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O último trabalho do Def Leppard começa forte, com Go e suas guitarras quase nu metal. Nine Lives dá segmento com um clima mais pop, enquanto C'mon C'mon puxa prum hard rock mais clássico. A coisa só começa a mudar de figura do meio pro fim.

A partir daí, a referência na capa do álbum passa a fazer sentido. Hallucinate tem uma pilha meio Beatles fazendo hard, com refrão psicodélico e tudo, mas é quando Only The Good Die Young entra que o clima Strawberry Fields Forever pega de verdade, com órgão de fundo e vocal pastoso.

Tudo muito interessante, mas a vencedora é Love, de título simples mas violão arrasador. Amo músicas com dedilhado mais clássico, não adianta. Confiram o último da série dos clipes que não existem e me enviem a tablatura por e-mail:

E era isso. Agora o lance é sair de casa e ir pro show, daqui a algumas horas. Já disse por aí que não sei se vou sobreviver, portanto aproveitem bem essa série que eu fiz e fiquem longe das drogas. Beijos.

novembro 6, 2008

Rock Rock (Till You Drop)

Pois então, sobrevivi. Mas devo confessar que durante aproximadamente duas horas, morri de maneira fulminante. Já sabia que seria atingido com força pelos petardos dessa que é uma das melhores bandas de todos os tempos, porém não sabia a extensão dos estragos.

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Setor "Hysteria" (leia-se: na frente do palco. A DE O S)

Ao entrar na Acer Arena enquanto CHEAP TRICK já se apresentava, percebi que não havia espaço pra amadorismo. Apesar de não conhecer nada deles, curti todas as músicas e principalmente a energia dos caras, que estão na estrada há TRINTA E SETE ANOS. Ótima escolha de parceria pra se fazer uma turnê.

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HERE WE GO OGUÊN

Mas a agressão de fato começou quando as luzes se apagaram e um telão gigante com uma bandeira do Reino Unido se acendeu, iniciando uma contagem cronológica da história do DEF LEPPARD, de 1979 até hoje (ou seja, minha vida - ns). Quando acabou, as luzes do palco mudaram e a banda entrou ao som de Rocket, um clássico sem precedentes. Antes da música acabar, fui interrompido por uma segurança, que disse que era proibido filmar. Maldito lugar na frente do palco. Heh.

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CABELOS SEDOSOS USAM PANTENE (ns)

Como brasileiro que sou, falei que iria parar e até parei, mas só até a música seguinte, quando liguei de novo e fiquei disfarçando como se estivesse tirando fotos. O resultado foi que todos os registros em vídeo mostram um pouco do palco e um pouco da bunda de quem tava na frente, mas era o único jeito de DIBLAR OS HÔMI.

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Na hora de filmar, foi desse ângulo pra baixo

O que importa é que isso não influiu em nada no aproveitamento da noite, que correu perfeita. O desfile de hits foi impecável, com direito a set acústico e tudo. Quando o Joe Elliott disse que a próxima canção era da trilha do LAST ACTION HERO, senti que o mundo ia desabar. Two Steps Behind me estilhaçou com três violões e coro bonito da platéia. Convém dizer que eles tocaram METADE do Hysteria, ou seja, impossível não desfalecer com tanta música boa de um disco tão genial.

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Qual é mais CAVALAR é difícil dizer

Eles tocaram todas que eu esperava, com exceção de Have You Ever Needed Someone So Bad, até porque se tivesse rolado eu teria que ser invariavelmente removido pela SAMU local. Em compensação, fui brindado com When Love And Hate Collide, uma balada fatal da coletânea Vault. Escolha impecável prum bis que encerrou com Let's Get Rocked, um hino de como se fazer rock. E como eles sabem fazer. Dos instrumentos detonando o universo à presença de palco de todos, com direito a COLETES SEM CAMISA, LUVAS DE COURO E CALÇAS JUSTAS, nada ficou faltando.

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MAIOR QUE DUFF

Pelo contrário: sobrou música boa. Mas em se tratando de Def Leppard, mais é sempre mais. E o que mais eu poderia querer?

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:~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

As fotos (que dessa vez ficaram muito boas, me permito dizer) podem ser vistas no Picasa. Como de praxe, os vídeos serão postados em breve, assim que eu editar um clipe MAROTO sobre a noite toda. Aguardem.

novembro 12, 2008

Mais do mesmo

Finalmente subi todos os vídeos do show do DEF LEPPARD no YouTube. Esse aí acima mostra o warm up pro show e a primeira música, cortada pela prensa que tomei da segurança. Depois disso, tive que fingir que tirava fotos na hora de filmar, o que produziu esse PLANO DE BUNDA na maioria dos vídeos:

Já este aí abaixo é a finaleira do show, acompanhando a saída do povo. Sintam O CÍRCULO SE FECHANDO com meus tênis. Ah, como sou cineasta. Pra ver os outros vídeos da noite, clique aqui e seja feliz.

novembro 19, 2008

I wish I was a melody

Depois de comprar ingressos com quatro meses e meio de antecedência e fazer contagem regressiva pra shows, hoje passarei por uma experiência bem diferente. Descobri na quarta da semana passada que Dan Wilson, vocalista do SEMISONIC, faria show em Sydney no dia 19 de novembro, ou seja, hoje.

Dessa vez, não me preocupei em garantir ingresso nem nada, até porque provavelmente ainda vai ter na hora. O que fiz foi baixar os discos do Semisonic e o primeiro disco solo dele, chamado Free Life. Que coisa linda. Aula de melodia e de como fazer música pop de verdade. Estou muito curioso pra ouvir essas canções ao vivo, com seus pianos fatais. É o tipo de show pra observar e ficar admirado com o resultado do processo de se compor uma música, algo que ainda pretendo fazer no futuro.

Por ora, deixo uma frase do release do show e um vídeo promocional do álbum.

"This is songwriting that exists millions of miles away from the factory manufactured fodder that plagues contemporary pop music."

novembro 20, 2008

Let's fall in love again with music as our guide

O título deste post foi tirado de uma frase da música Free Life, faixa-título do primeiro disco solo do Dan Wilson. Nada pode ser mais intenso do que música. E quando ela é entregue de forma passional e verdadeira, a experiência torna-se transcedental.

Pois foi isso que aconteceu na noite de ontem no Factory Theatre, uma espécie de depósito em Marrackville, um bairro de classe média baixa de Sydney, que me lembrou aquelas mecânicas chinelas na OSCAR PEREIRA. Entrando no local, porém, a atmosfera era outra. Belas cortinas de veludo e um foyer muito acolhedor, com barris de vinho servindo de mesas.

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Aproximadamente DEZ das trinta pessoas estão na foto.

Depois de um show de abertura bem irregular, com um cara no estilo TROVADOR Bob Dylan/Neil Young (pior raça que existe), Dan Wilson entrou no palco enquanto eu comprava uma cerveja. Perdi a entrada, mas voltei a tempo de pegar o começo da primeira música, Easy Silence. O público, de aproximadamente TRINTA PESSOAS, respondia friamente, sem cantar ou se mexer nas cadeiras.

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BIGODE e DAN

Foi só a partir do momento em que ele tocou Secret Smile ("sonhei com essa música e quando acordei ela já estava pronta") que os aplausos deixaram de ser vergonhosos. Emendando com o clássico Closing Time, quando ele contou uma ótima história e revelou que a música é uma homenagem ao nascimento da filha dele e nunca ningúem entendeu, as coisas começaram a ficar mais ORGÂNICAS no local.

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"Sorry, but I can't spell TUDO BEM" - Dan Wilson

Pedindo interação do público durante Baby Doll e principalmente durante a linda All Kinds, ao sentar na beira do palco e pedir para todo mundo cantar o refrão, Dan Wilson mostrou ser um cara simples e abençoado com o dom de fazer músicas obscenamente boas. Definitivamente uma inspiração para mim no que diz respeito a qualquer pretensão musical.


MAIOR PERFORMER DO UNIVERSO

Se eu precisava de algúem como modelo para levar o violão a sério e cogitar escrever canções, achei a melhor referência que poderia encontrar numa noite chuvosa de quarta-feira. É impossível não se apaixonar com a música como nossa guia, Dan Wilson.

(mais fotos podem ser vistas no Picasa e os vídeos, no YouTube velho de guerra.)

novembro 25, 2008

(Don't) Lose Your Illusions

Pois então, saiu o CHINESE DEMOCRACY. E como eu moro do outro lado do mundo, tive o privilégio de poder comprar na quinta passada, dia 20. Na real já estava me programando pra comprar na sexta, na festa NO LIFE 'TIL LEATHER de lançamento do disco. Mas ao passar em frente a uma loja de música no intervalo do trabalho, vi A LUZ. Entrei e comprei imediatamente.

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O DIA EM QUE A TERRA PAROU.

Passei o resto do tempo sem conseguir trabalhar direito, pensando se ouvia ou não o disco antes da festa. Quando cheguei em casa, escrevi transtornado pro Vicente (a.k.a. O MAIOR FÃ DE GUNS NA FACE DA TERRA), perguntando se ele achava que eu devia ouvir o disco ou esperar a audição pública na festa. Ele disse que não aguentaria esperar - e na real eu também não -, por isso resolvi seguir o conselho do amigo e ouvir o disco mais esperado dos últimos 15 anos.

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SIM, COMPREI O DISCO DE NOVO.

O que achei do disco vocês não vão saber agora, em respeito ao Vicente, que ainda está esperando o começo das vendas no Brasil. Mas o que posso escrever aqui é que a festa de lançamento foi foda. Todo mundo insandecido, cantando os clássicos da banda no show da LIES N' DESTRUCTION e fazendo air guitar direto. Deixo que as fotos - e o vídeo - falem por si.

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