por Marcelo Firpo

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Big bang

Mais sobre o desarmamento: vou votar sim porque tendo a preferir soluções disruptivas. Acho que, se nada de radical for feito a respeito - e o Estatuto nem é tão radical assim, convenhamos - a situação só tende a se deteriorar.

Nos anos 70, quando o colorado ganhava algum campeonato, meu pai colocava toda a criançada no carro e saíamos buzinando por aí, altas horas da noite.

Eu não faria isso hoje, com o meu filho.

Em algum momento, deixamos de ter a liberdade de tomar decisões como estas, sem que o processo fosse perceptível. Que outras limitações nos esperam ali na frente? Vai ser complicado sair de casa durante o dia, também? Será que já não é?

É possível que, aprovado o Estatuto, a situação melhore, como indicam as reduções de óbitos por arma de fogo nos últimos meses, certamente reflexo da campanha de entrega de armas; também é possível que ela piore e que realmente aconteça o cenário mad max que os adeptos do "não" usam como espantalho; e também pode ser que nada aconteça, fique tudo na mesma.

Em qualquer um dos casos, pelo menos se buscou uma solução diferente.

Acho uma pena, por exemplo, o parlamentarismo não ter vencido no último plebiscito. Talvez não estivéssemos passando por esta crise patética de hoje.

Sim, talvez a crise fosse outra, tão patética quanto.

Mas como diz um amigo meu, "uma merda diferente é sempre melhor".


E o link lá de cima eu peguei do Hermano.

04/10/2005 11:19 | Comentários (61) | TrackBack (0)