por Marcelo Firpo

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Tóin

Desde a última mudança, motivada pela Grande Guerra das Baratas (melhor série de posts deste blog, vai por mim), meus violões estavam embalados em plástico-bolha. Na real, tive vontade de abrir o embrulho algumas vezes nos últimos meses, mas como os dois estavam com problemas nas tarrachas, não ia adiantar muito, já que não dava pra afinar. Sabia que devia pegá-los e levar naquele cubículo da antiga galera onde ficava a Planeta Proibida, porque lá tem uma família de peruanos que arruma, mas fui deixando, por não ter muita certeza de que a lojinha ainda existe (vide a própria Planeta, que não só se mudou de lá como depois sumiu do mapa) e por um pouco de preguiça, também.

O fato é que ontem entrei numa Multisom e comprei o segundo violão que vi pela frente, um DiGiorgio. A ressonância dele não se compara ao do meu Velasquez, comprado por 99 pilas em Floripa, tive certa dificuldade inclusive em aceitar que o mi menor que sai dele é realmente um mi menor. Dito isso, foi a melhor compra dos últimos 100 anos.

Tem um livro o Jonathan Carrol, que é basicamente um Stephen King emo, talvez seja o "Sleeping in Flame", em que um dos personagens consulta um shaman e, depois de um longo treinamento, compra pra si um acordeão. Ele toca terrivelmente mal o instrumento, mas o ato de tocar é importante para a sanidade do sujeito. Acabo de me dar conta que acontece o mesmo comigo.

Tirar o violão da capa, sentir o cheiro de madeira nova, afinar com esse mumu dos deuses que é o afinador eletrônico que eu comprei junto e depois ficar tentando lembrar das músicas que eu sabia tocar foi muito, muito bom.

"Músicas que eu sabia tocar" aqui deve ser lido como um eufemismo para músicas que eu consigo tocar e cantar junto, sem que aqueles sejam necessariamente os acordes corretos. Se alguém que sabe tocar for me ver tocando certamente vai fazer observações do tipo "mas aqui não é ré, é ré na quinta casa com a terça reduzida e a quinta esticada". Ou seja, ré.

Até o momento lembrei da minha música favorita de todos os tempos, "Empty Box Blues", do Opal, além de uma obscura da Banda Eva, "Dsarm" dos Pumpkins, "Esquadros", da Calcanhota, "Chão de Giz", do Zé Ramalho e "Paisagem da Janela", do Slow Borges. Lembrei também de duas das músicas que eu mesmo fiz com estas mãos calejadas, mas suspeito que as outras duas foram pro limbo eterno.

Falta lembrar de pelo menos outras duas dos Pumpkins, mais umas quatro da Banda Eva, mais umas duas da Calcanhota, uma do Tim Maia, outra do Netinho, duas do Oasis e "Belle de Jour" do Alceu Valença, entre outras.

O grande desafio é tirar a música do Barney-dinossauro e o hit "Brilha, brilha, estrelinha", pra cantar com o Santiago.

Agora devidamente pilhado, pretendo levar os outros violões pro conserto semana que vem.

23/07/2006 09:32 | Comentários (6) | TrackBack (0)