por Marcelo Firpo

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Neve artificial

No ano passado, por esta época, eu estava congelando o meu traseiro em Nova York. Não digo isso pra me exibir, até porque faria mais sentido me exibir se eu estivesse agora lá, e não em Porto Alegre, muito menos no meio de uma mudança. Digo isso porque lá, pela primeira vez, essa parafernália toda do Natal fez algum sentido pra mim. Não era nem o fato de estar distante da minha família, saudades etc etc etc. Era mais um sentido estético, mesmo. As árvores de Natal com luzinhas e neve, as roupas pesadas do Papai Noel, trenós, renas, as frutas cristalizadas, o brilho das embalagens de presentes e adornos como um alívio para a escuridão acinzentada do inverno, a própria festa em si como uma celebração de vida em meio ao frio, à neve e também à solidão própria da estação. Ali, naquele lugar e com aquele clima, tudo isso fazia um sentido que por aqui meio que se perde ou se transforma noutra coisa. Quero dizer: a chegada do verão já é uma festa em si, não precisaria de muito mais. Não que eu ache que o nosso Papai Noel devesse vestir bermudas e dizer "anauê" em vez de "ho,ho,ho". É só que essa pequena variação climática confere à festa toda um caráter um pouquinho mais surrealista do que o esperado, fica parecendo uma espécie de pré-carnaval.

Posto isso, Feliz Natal pra todo mundo.

22/12/2006 09:46 | Comentários (3) | TrackBack (0)