por Marcelo Firpo

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Sim, existe um deus, mas ele é inominavelmente cruel

Foi um carnaval tão ruim, mas tão ruim, que eu tenho dúvidas até se ainda consigo escrever a respeito. Três dias e noites trancados, eu, filho, mulher e mais sogra, num minúsculo apartamento, desfile das escolas na televisão, uma chuva fina, fria e constante lá fora. Como explicar pra uma criança que a praia que tu prometeu durante a semana toda, aquela pela qual ele enfrentou duas horas de estrada, simplesmente não vai rolar, por causa da chuva? E nem no dia seguinte? E nem no outro? De cinco em cinco minutos Santiago se levantava, largava os poucos brinquedos no chão e dizia, resoluto, enfatizando a última palavra: "vamos brincar na areia" ou "vamos pular as ondas". Quando solteiro, nunca tive nada contra chuva na praia, porque era uma boa desculpa pra não fazer nada, dormir ou ler um livro. Achava graça da obsessão das pessoas com as condições climáticas, inclusive. Mas com criança, chuva é simplesmente o armagedon. Tu tem que ficar o tempo todo achando um jeito de distraí-la, entretê-la. Tu só pode dormir ou descansar quando, exausta de não fazer nada, ela dorme. Fora isso, o frio. Só levamos roupas de verão, porque quando saímos de Porto Alegre, era verão. Sabe-se lá por que dobra espaço-temporal passamos durante a viagem, mas o fato é que passamos três dias de inverno em Torres.

E, por uma crudelíssima ironia do destino, o nome do edifício em que ficamos era "Olinda".

21/02/2007 13:03 | Comentários (13) | TrackBack (0)