Conforme exposto num post anterior, existem artistas dos quais eu gosto mesmo antes de ouvir, não por ser influenciado por resenhas, mas por pequenas pistas, aqui e ali, num processo meio sinestésico. E existe também o contrário: artistas dos quais as primeiras, pequenas e quase sempre decisivas impressões não foram lá muito felizes, mas que mesmo assim conseguem romper o bloqueio do pré-conceito. Sufjan Stevens, por exemplo. No começo, tive preguiça de ouvir, achei que fosse mais um desses americanos neo-ripongas, e o fato dele ter resolvido escrever um álbum inteiro para cada um dos cinqüenta estados da federação não ajudou muito. Só que aí começaram a aparecer pelo caminho coisas tipo "That was the worst christmas ever", e aí, bem, não há má vontade que resista.