por Marcelo Firpo

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Centenário

Desde o primeiro fiapo de ideia até a última edição deste trabalho, passei o tempo todo relembrando o meu avô Santiago, a melhor pessoa que conheci na vida e um grande colorado. Dedico a minha participação nesta campanha a ele.

31/03/2009 17:41 | Comentários (9) | TrackBack (0)


a/c Cronos

Santiago, quinta-feira à noite, ao ser informado de que o dia seguinte seria uma sexta:

"Mas quem controla os dias? Eu quero que seja sábado."

28/03/2009 00:01 | Comentários (2) | TrackBack (0)


Put a donk on it

Quanto mais eu me informo sobre essa ceninha donk, mais eu gosto. Esse vídeo aí em cima me dá vontade de voltar a djzar imediatamente.

15/03/2009 00:19 | Comentários (0) | TrackBack (0)


Rewind

Baixei dois discos de um DJ chamado Burial pra ouvir no carro. Ele toca dubstep, que é um ritmo descendente do UK garage e vagamente aparentado com o jungle. É soturno, feérico e sujinho. Lembra também a fase inicial do trip hop.

Uma das músicas tem umas vocalizações meio etéreas. Santiago pergunta:

"Papai, tem umas crianças cantando nessa música?"

"Tem."

"E elas ouvem a gente quando a gente fala?"

"Não, elas fizeram a música antes e botaram no CD, mas elas não ouvem a gente."

"Ah, tá. E como é o nome dessa música?"

"Hm... Dã-bis-té-pi."

"Ah, bom. Papai..."

"Sim?"

"Eu gostei da música do bisteca. Quero ouvir todos os dias, tá?"

12/03/2009 23:13 | Comentários (1) | TrackBack (0)


Who watches the scriptmen?

Imagine a cena: seu time tem a chance de ser campeão pela primeira vez em cerca de vinte anos. Estamos nos descontos de um jogo que, se seguir empatado em zero a zero, dará o título ao time adversário.

Súbito, o volante do seu time pega uma bola no setor defensivo, gira o corpo, limpa o primeiro adversário, avança para o meio do campo, dá uma meia-lua no segundo, depois entorta a coluna do terceiro, adentra a grande área, dá uma paradinha enquanto um dos zagueiros passa lotado, aplica uma janelinha no outro, aproveita o embalo para dar um chapéu antológico no goleiro, prepara o chute e, estando a cerca de dois metros das traves, o grito de campeão já brotando na garganta da torcida, isola bisonhamente a bola lá na bandeirinha do escanteio. O juiz apita final de jogo, o adversário comemora.

Foi um pouco assim que eu me senti ao ver "Watchmen" ontem.

Sim, esse post é sobre "Watchmen". Se você ainda não viu e não quer ler nada sobre o filme até assistir, esta é a sua parada.

Eu avisei. Vamos adiante.

O começo, com a cena do assassinato do Comediante, parece te dizer, parafraseando Dante: "Ó vós que entrais, deixai aqui toda a desconfiança." A cena é muito boa, dá o tom pra todo o resto do filme e tem uma certa tridimensionalidade que hoje percebo que falta em "Sin City" e "300". É meio difícil de explicar, mas é como se tu realmente estivesse dentro da história em quadrinhos, e por si só esta constatação já dá uma idéia do grau de detalhismo da reconstituição.

Aí entram os créditos, ao som de Bob Dylan, retratos desacelerados de alguns momentos da narrativa, uma solução de gênio pra pincelar um pouco da história antes mesmo dela embalar de vez e estabelecer de vez a atmosfera.

Depois disso as cenas se sucedem, uma mais perfeita que a outra, muitas das quais eu nem lembrava, já que faz uns bons dez anos que não releio "Watchmen". A caracterização dos Minutemen, perfeita; a dos Watchmen, perfeita; o Dr. Manhattan, absolutamente crível; a Miss Júpiter, praticamente esculpida em 3D especialmente pro filme, assim como o Nite Owl, o Comediante e o Rorschach. Atores que são praticamente sósias dos personagens dos quadrinhos, mas sem deixar de serem excelentes atores, movimentando-se num mundo pensado nos mínimos detalhes para ser uma versão tridimensional da história. O Rorschach diz até mesmo "Hurm" de tempos em tempos.

Estou esquecendo de alguém? Sim, do Veidt. E é precisamente aqui que começam os nossos problemas.

Se você leu a história, você sabe: Adrian Veidt é o pináculo da raça humana, o homem mais inteligente e mais rico do mundo. Para ser mais do que ele é, só se fosse o Dr. Manhattan, mas aí já não seria mais humano. Loiro, alto e de uma beleza olímpica, Veidt representa a fronteira mais avançada da experiência ainda humana sobre a face da Terra, um Alexandre o Grande 2.0.

Pois bem, o ator que escolheram pra esse papel não é nada disso. É um loirinho magriço, com a cara chupada e macilenta e uma fisionomia que até dá as tintas de uma glória passada mas absolutamente irrecuperável. Imagine um filme sobre um ex-patinador artístico que começou a usar drogas e perdeu tudo. Ele seria o cara certo pra esse papel.

Ou seja, ao contrário do que acontece na história, tu bota o olha no Veidt do filme e percebe que tem qualquer coisa de errada com o sujeito. Como diria o grande bardo de Manchester, "it's written all over my face".

Mas esse é apenas um erro circunstancial. O grande bico em direção à bandeirinha do escanteio está lá no final do filme.

Tenho pensado no assunto desde ontem e ainda não consegui chegar a uma conclusão. "Por quê?"

Se você não viu o filme mas mesmo assim resolveu ler este post,é hora de ser apresentado aos fatos da vida: eles mudaram o final. E, mudando o final, abriram mão do quadrinho mais inesquecível da série toda.

Na versão do cinema, Veidt não teletransporta um alien fajuto e feito em casa pro coração de Manhattan. Logo, não existe aquela cena em que vemos um monstro gigantesco, com tentáculos de polvo e bico de passarinho, irremediavelmente morto e fundido a um edifício.

Na versão do cinema, ele faz com que os ataques pareçam obra do Dr. Manhattan. Sapequinha.

Ou seja, o plano perde muito em mirabolância, e nos priva de uma cena antológica. Sério, se me pedirem pra lembrar de uma cena do Watchmen original, é essa. A segunda talvez seja a do Veidt de braços abertos, à frente de um mural de pinturas do Alexandre o Grande gritando "Eu venci!". Posso estar cometendo algum engano nos detalhes, cito de memória.

E aqui também entra a segunda parte do problema: não é só um preciosismo de roteiro. Em função desta escolha equivocada pela simplificação, o próprio tempo e o peso dedicados à explicação do Veidt são drasticamente diminuidos. O plano do homem mais esperto da Terra vira um planinho, contado em, sei lá, cinco minutos, e sem a complexidade e a dramaticidade necessárias. As repercussões da hecatombe, os boletins jornalísticos do mundo todo, que poderiam ser muito melhor explorados no filme do que são na história, passam batidos. Nem me lembro se o Veidt grita "Eu venci!", mas se existe essa cena, ficou sem força. A cena em que ele diz que não é um vilão de quadrinhos e já fez tudo o que está falando está lá, sim, mas é uma pálida sombra do que acontece no original.

O final todo, além de escandalosamente conpurscado, parece comprimido, simplificado, feito a toque de caixa. Até a ambientação da fortaleza do Veidt na Antártida me pareceu mais pobrinha, mas talvez seja efeito de todo este contexto.

Então a sensação que fica é essa: durante o filme inteiro fiquei pensando "Ah, te pára, Alan Moore, deixa de ser barrão", pra chegar no final e ter que reconhecer que, mais uma vez, o barbudo tinha razão.

07/03/2009 18:43 | Comentários (5) | TrackBack (0)


Tédio

Mais um grenal, mais uma vitória do colorado.

Obrigado, Roth. Obrigado, Tcheco. Continuem assim.

01/03/2009 22:01 | Comentários (0) | TrackBack (0)