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Se você viu Brasil x Paraguai, teve o privilégio de testemunhar o nascimento do que tem tudo, tudinho, para ser a melhor seleção de todos os tempos do melhor futebol de todos os tempos (o brasileiro). E lá vai Clóvis Rossi especulando que Robinho, Ronaldinho, Ronaldo e Kaká podem ser no ano que vem melhores do que foram Pelé, Tostão, Rivelino e Gerson em 70. O quarteto-2006 (Kaká, Ronaldo, Ronaldinho e Robinho) tem tudo, tudinho, para ser ainda mais luminoso, ainda mais cintilante. É bom deixar claro que não vou comparar o time de 70 com o de 2006, posição por posição, tática por tática, que isso é coisa para especialistas. O que quero dizer é que, em termos de arte, os quatro de 2006 são fenomenais. Eu faço então a comparação. Na minha conta, da 4 a 0 para 70. Embora mesmo tendo trinta e oito anos eu só tenha visto um pouco o Rivelino e o Pelé, tudo o que se diz e os raros vídeos dos outros ainda são suficientes para considerá-los superiores. A missão inglória é a de Ronaldinho, visto que caiu na comparação com Pelé e vai perder sempre. Tostão perderia para Romário, mas ganha de Ronaldo. Mas se Ronaldo jogar nessa Copa o que jogou na outra, leva a parada. Robinho x Gerson, Kaká x Rivelino. Rivelino jogou muita bola em três Copas. Numa votação da Placar, Gerson estava na seleção de todos os tempos de Botafogo, Fluminense e São Paulo. E dava aqueles lançamentos. Ronaldo não jogou, e não dá para minimizar sua ausência. É verdade que ele está tendo desempenho irregular, mas, pela primeira vez na carreira, já espetacular, terá três parceiros luminosos para desviar a atenção dos rivais. Se Ronaldinho, por si só, faz a diferença no Barça; se Robinho, por si só, faz a diferença no Santos; se Kaká, por si só, faz a diferença no Milan (ainda que menos que os outros dois); imagine os três ladeando Ronaldo, que, por si só, fez a diferença na Copa-2002. Foram mesmo espetaculares as tabelinhas entre os três. O Gordo não pode nunca ser desprezado. Ainda mais em Copas do Mundo, os únicos momentos eternos do futebol. De repente, levando-se em consideração o futebolzinho de apenas alguns meses atrás, a seleção ficou excelente. Se dá ao luxo de ignorar o Rivaldo, principalmente, e uma penca de bons jogadores. Adriano, ao contrário do que diz o Rossi, não deixa a bola quadrada. Deve ser um horror ter que marcar um gigante bom de bola. Infelizmente o momento atual introduz o período mais chato da história moderna, aquele que antecede as Copas do Mundo, em que muitos começam a especular sobre futebol espetáculo x futebol competitivo, cronistas de política e economia viram cronistas de futebol, que por sua vez se dividem em posições do Rio x SP x RS, um ou dois volantes, e o Chico Buarque, em vez de lançar livros, escreve sobre táticas e marcação. Mas pelo menos temos craques. Aos montes. # alexandre rodrigues | 6 de junho Comentários (8) | TrackBack (0) |
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