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O PSDB fez uma ótima jogada anunciando Geraldo Alckmin como candidato à Presidência um dia antes do depoimento do Duda Mendonça à CPI. Não é à toa que Alckmin já falou hoje em ser o "candidato da ética". Depois de semanas de recuperação de Lula, os holofotes na oposição poderiam ser o reinício de um calvário do presidente não fosse a belíssima mãozinha que lhe deu esta tarde a divulgação da pesquisa CNI/Ibope que lhe dá vitória no primeiro turno (43% a 19%) já contra Alckmin. A despeito de Duda, da CPI e do candidato do PSDB, a vantagem de Lula agora é a manchete dos portais, certamente vai ser dos jornais amanhã e neutraliza o noticiário negativo no Jornal Nacional (*que não deu quase nenhuma importância ao depoimento do publicitário, mas dedicou quase um bloco inteiro à pesquisa). O presidente ainda não anunciou a candidatura e, como ocorre agora com a oposição, vai ter uma exposição maior quando for confirmá-la. Certamente vai ser no período que compreende a ida do astronauta brasileiro ao espaço (abril), o aumento do salário mínimo (maio) e a auto-suficiência do Brasil em petróleo (junho). Pena que tanta movimentação só sirva para uma campanha falsa. Lula ou Alckmin não têm a mínima idéia do que fazer para que a educação ou a saúde públicas se tornem algo decente simplesmente porque no ano que vem e nos próximos não haverá solução senão drenar quase todo o dinheiro do governo para pagar a dívida interna. Este ano a dívida chegou a um trilhão de reais e só os juros (16,5% ao ano) serão de cento e sessenta e cinco bilhões. Como o governo economiza uns oitenta bilhões por ano, os outros oitenta e cinco vão aumentar a dívida e só em 2007 vão nos custar uns dez bilhões. O que resta é jogo de cena. # alexandre rodrigues | 15 de março Comentários (0) | TrackBack (1) |
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