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Sobre a transformação de toda a existência em um concurso de Miss Universo Agorinha há pouco terminou o concurso de Miss Universo. Ganhou a miss Porto Rico. Imerecido. Merecia mesmo a canadense, que os apresentadores lembravam sempre, "é a mais alta de todas". A vida toda - de fato - teria muito mais graça se tivesse algumas regras desse concurso. Não, não concurso de biquíni, que essa é uma piada muito óbvia, mas a parte em que, classificadas as dez finalistas, cada uma foi anunciada com informações como "Catalina está muito focada na própria carreira. Ela quer ser atriz de tevê". Ou "os hobbies de Mercedes são a ioga e a caridade". Uma idéia dessas merecia imediata aplicação em entrevistas de emprego, namoro e, é óbvio, eleições. Chegaria o dia 4 de outubro (ok, pode ser outro dia, estou com preguiça de procurar, podem dizer que eu sou burro) e o presidente do STF, terminada a contagem dos votos, poderia proclamar "Luiz Inacio é fã de cachaça e do Corinthians", ou "Geraldo gosta de comemorar em igrejas", sem descartar "Heloísa prefere falar alto e usar camisa de homem" e "todos os dias Cristovam penteia seu cabelo pensando no Bozo". No caso dos namoros, poderia haver ainda um desfile de candidatos, que poderiam destilar suas habilidades e interesses para as amigas da almejada. Ou o contrário. Escritórios cheios de gente entediada ganhariam subitamente vida com a apresentação dos novos colegas: "Nas horas vagas, Marinho aprecia pimenta e sadomasoquismo". O que leva a falar dos prêmios de escritores ("Paul Auster foi influenciado por Melville e inventou um beisebol com cartas") e dos funcionários dos correios, que.... (post interrompido graças à irrupção de um sujeito de uniforme militar, que começou a discutir com todos e acabou com qualquer esforço sério de terminar o trabalho, berrando "its silly. it´s silly"). # alexandre rodrigues | 23 de julho Comentários (4) | TrackBack (0) |
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