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Sopas de pacote são esquisitas. Todas da Maggi têm o mesmo sabor, ou seja, praticamente nenhum daquele prometido e muito de tempero industrializado. Ontem jantamos sopa de batata, queijo e alho poró para combater o frio. Sobrou um pouco. Colocava fora de manhã cedo quando bati os olhos no pote de mel em cima da bancada da cozinha e me dei conta de que nunca entendi a expressão sopa no mel. Por que pôr sopa no mel seria algo desejável, como tenta convencer a expressão? Havia empecilhos evidentes. O primeiro era a combinação propriamente dita. Imagine que alguém está a fim um pouco de mel e aí tem a idéia "E se eu misturar uma canjinha de galinha?" O segundo seria a quantidade. Mel e sopa se ingerem em proporções diferentes. Haveria antigamente o hábito de tomar uma tigela de mel e por isso punham uma colher de sopa para dar sabor? Nada disso. A expressão, segundo Casa da Mãe Joana – Curiosidades nas Origens das Palavras, Frases e Marcas, vem do antigo uso da palavra sopa. Antes de designar qualquer caldo, "sopa" era um pedaço de pão molhado em algum líquido (não água, o pessoal já tinha alguma criatividade). A expressão deriva do alemão "suppa" e também existe em português. Daí alguém correr o risco de acabar "ensopado" quando pega chuva. Sopa no mel, então, vem do hábito de molhar o pão na sopa e depois no mel para tornar a refeição mais nutritiva. Está explicado, mas continua meio nojento. # alexandre rodrigues | 12 de julho Comentários (1) | TrackBack (0) |
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