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O post anterior ensejou a lembrança de outros temíveis nomes do futebol brasileiro que mereciam citação.

Moisés é uma ausência sentida. Do tipo que não hesitava em acertar sem pena o adversário (ou, como ele mesmo diz, "usar a lei a seu favor"), levou o terror aos gramados cariocas e é autor da frase "Zagueiro que se preza não ganha o Belfort Duarte". Belfort Duarte é o prêmio dado a qualquer jogador que fique dez anos sem ser expulso. Seu raciocínio era o seguinte: cada zagueiro tem direito a uma falta violenta. Quase ninguém é expulso de primeira. Então batia forte na primeira chance e se o atacante tivesse juízo, ia jogar longe dele.

Outro nome lembrado é o inacreditável Mário Sérgio. O atual técnico do Figueirense, que sempre parece tão calmo na televisão, é protagonista da seguinte história: em 81, após um São José x São Paulo, final de turno do Campeonato Paulista, os torcedores locais atacaram o ônibus são-paulino. Foram postos para correr por Mário Sérgio, que sacou um revólver da bolsa e começou a dar tiros para o alto. No jogo de volta, em vez do seu nome, o letreiro do Morumbi estampou: "O Rei do Gatilho".

Schiavi, dos tempos de Boca Juniors, é dos poucos em atividade que merece ser alguma deferência. Antonio Carlos, punido por racismo, também. Mas injustiça mesmo foi a não-inclusão de Darzoni. Merece entrar direto no segundo lugar da lista. Em 1999, o jogador do Santo Ângelo deu na covardia um soco na cabeça de Régis, do Caxias. Régis deixou o campo em coma, passou vários dias numa UTI. Em março deste ano, Darzoni foi condenado a dois anos de prisão pela agressão, sendo, pelo que sei, o único jogador a receber esse tipo de punição por um ato cometido em campo. As seqüelas da agressão acabaram com a carreira de Régis aos vinte e um anos. Darzoni continuou jogando.

Como se tratava de uma lista bandida, também houve um golpe sorrateiro com a inclusão de onze e não dez nomes. Mas futebol é assim mesmo. Cheio de trapaceiros.

# alexandre rodrigues | 10 de agosto Comentários (0) | TrackBack (0)