Arroz de carreteiro
Poucos pratos são mais simples, gostosos e convenientes do que o arroz de carreteiro. A versão tradicional leva charque ou lingüiça, ou seja, carnes curadas, que podiam ser transportadas por longo tempo e distância sem estragar. Daí o prato ser típico dos carreteiros, que cruzavam a campanha de carroça por semanas ou meses a fio.
Mas bom mesmo é usar restos de churrasco. Quase qualquer carne se presta, mas quanto mais gordura, melhor. Já fiz com gado, porco, lingüiça, carneiro e todos os anteriores misturados. Uma das vantagens é o sabor que a carne assada em churrasqueira dá ao arroz. Sem falar que cortes de churrasco costumam ser mais macios do que charque.
— Duas xícaras de arroz
— Duas xícaras de restos de churrasco picados
— 1 cebola média picada
— 2 dentes de alho inteiros
— 2 colheres de sopa de polpa de tomate
— 1/2 pimentão [opcional]
— Óleo ou manteiga — ou banha
— Sal
— 2 folhas de louro
— Pimenta do reino
— 1 raminho de manjerona ou tomilho [opcional]
Em uma panela média, esquente óleo suficiente para cobrir o fundo. Jogue os pedaços de carne e frite até a gordura começar a derreter. Acrescente a cebola, os dentes de alho e o pimentão, se estiver usando. Não gosto muito de picar ou amassar o alho, fica muito forte. Espere dourar e então ponha a polpa de tomate e o louro na panela. Não use muita polpa, pois o sabor do tomate tende a se sobrepor aos outros.
Logo depois, derrame o arroz e deixe aquecer um pouco. Adicione três xícaras de água previamente aquecida, o sal, a pimenta e a manjerona ou tomilho. Às vezes, gosto de pôr um pedaço de pimenta vermelha ou gotas de Tabasco. Baixe o fogo e espere a água evaporar.
Marcelo Träsel | 23.10.2005, 16:35 | Comentários (1) | TrackBack (0)