Batata em pó
Com família morando na roça, onde o custo de vida é inevitavelmente menor, aproveito para "encomendar" minhas compras de mês com minha mãe. Assim, economizo uma grana — chega a sair por metade do que eu gastaria se fizesse as mesmas compras no Rio. Mas às vezes tenho que encarar algumas dessas maluquices de mãe, tipo "purê de batata em pó".
Claro que é um lixo. Mas, assoberbado por uma gripe de fim-de-semana, decidi finalmente encarar o pacotinho, sob a desculpa da "comida de doente". Não sem antes separar uma meia dúzia de ingredientes para enriquecer a receita — e que agora compartilho com vocês.
O objetivo era acabar com todo o pacote de uma vez só, num panelão de purê de mentira. Também estava catando uma desculpa para usar meu recém-adquirido mixer. Já sabia que a receita original fica meio molenga demais, então optei por usar mais leite (integral, sempre) e menos água, e dissolver os tais flocos de batata desidratados na marra. Também caprichei na manteiga.
Agora, os acréscimos da criatividade: comecei com duas gemas de ovo (lembrem-se, era um panelão), que de cara melhoram a cor do purê, passando a parecer um pouco menos com comida de hospital. Troquei o sal por bastante queijo parmesão ralado na hora, e como é tudo laticínio, aproveitei pra encorpar o purê com um restinho de requeijão, e uns pedaços grandes de queijo minas, posteriormente triturados no mixer. Finalmente, fazendo toda a diferença do mundo, uma boa pitada de pimenta-do-reino.
Continua não sendo purê de batata, mas ao lado de um belo peito de frango à parmegiana, até que desce.