Lagosta à Cubana
Lagosta à Cubana
Comer em Cuba é sempre uma aventura. E foi numa dessas, entremeada por um show de travestis e algum conhecimento revolucionário que comi a minha melhor refeição em dois meses: lagosta, porsupuesto.
Pode-se pensar que comer lagosta em Cuba é fácil como no nordeste brasileiro. É uma ilha, não? Esqueça seus paradigmas! É Cuba! Como os mais espertos podem imaginar, só o governo e autorizados por ele podem VENDER o que se pesca. O resto é CLANDESTINO. O que eu comi era uma lagosta ilegal, como quase tudo que eu fiz em Cuba. Lá, até o capitalismo que eles vivem, velado, é ilegal, então tá beleza.
As condições de higiene me assustaram um pouco. Um gatinho roubava a carne de lagosta de um balde sujo de terra. Eu espero que só por fora. Chega o prato: lagosta, banana frita empanada em rodelas salgada, arroz com caldo de feijão, muito, e salada de pepino. Saladas, aliás, são coisas raras em cuba. Como também devem estar pensando aí a lagosta era de um preparo simples, mas saboroso. A carne já tinha sido retirada do seu antigo recipiente calcário e foi preparada com um molho de tomate que levava, além do ingrediente principal, cebola, alho, azeite e sal. O sabor do tomate era forte e a cebola estava completamente desmanchada. Para acompanhar, mojitos com Havana Club, água com gás, gelo picado, açúcar e muita, muita hortelã.
Carol Andreis | 26.12.2005, 22:03 | Comentários (1) | TrackBack (0)