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Dado Bier lança nova linha de cervejas
A cervejaria Dado Bier construiu uma nova fábrica em Porto Alegre e lançou uma linha de cervejas extra. A assessoria de imprensa gentilmente enviou um kit com os quatro novos sabores. De uma maneira geral, são muito boas.
São também uma prova de que Eduardo Bier resolveu mudar o rumo do negócio e voltar a ter uma marca de "luxo". Em 2001, a Dado Bier, até então vendida apenas na própria cervejaria, lançou uma versão em long neck produzida pela Ambev. Começou bem, mas depois que passou a ser vendida em latas em 2003 ficou simplesmente dantesca. Felizmente, será tirada do mercado.
Abaixo, os resultados da degustação.
A Dado Original é uma pilsen acima da média para essa categoria de cerveja. É bem leve, como uma pilsen deve ser, mas tem bastande odor e gosto de lúpulo. Ou seja, é amarga, como uma boa cerveja deve ser.
Já com a Dado Bier Red Ale começamos a falar de cerveja seriamente. Essa, sim, tem um sabor marcante, típico dos ales ingleses, além de uma bela cor âmbar. É bastante forte. Ao se derramar no copo, já dá para sentir um certo odor de álcool. O mérito dessa cerveja é que não há ranço de álcool, apenas o gosto dos cereais e lúpulo.
A versão Royal Black também é muito boa. Trata-se de uma cerveja bock comme il faut: toda a doçura vem do malte, não há nenhum traço do caramelo que empesteia as bocks de quinta categoria; ao mesmo tempo, o sabor amargo de lúpulo é acentuado e o teor alcoólico elevado contribui para dar força à bebida.
A versão Weiss é a única decepção. Trata-se de uma cerveja cujo cereal principal é o trigo, ao contrário da cevada. Costuma ter um sabor marcante, um pouco mais fresco e frutado do que a cerveja normal. Infelizmente, a Dado Weiss não tem nenhuma dessas características. Não há grande diferença dela para uma pilsen boa.
Todas as novas Dado Bier seguem a lei de pureza editada na Baviera no século XVI, que permite nos ingredientes apenas malte de cevada, lúpulo, água e fermento. Conforme a assessoria de imprensa, a empresa tem um caminhão-pipa que busca água em uma fonte mineral para a produção. Cada garrafa custa entre R$ 2,50 e R$ 3 nos supermercados.