Café brasileiro está melhorando
Há pouco mais de um mês, derretia-me pelo café colombiano. Neste meio tempo, pude compará-lo com dois cafés brasileiros de primeira linha: o Melitta especial e o do sul de Minas Gerais vendido pelo Café do Mercado.
O café colombiano é melhor do que o produto especial da Melitta. Este, aliás, corre cabeça a cabeça com os grãos mais baratos do Café do Mercado. Na verdade, corria. Ao entrar em contato com a assessoria de imprensa da Melitta, para descobrir se os grãos usados são robusta ou arabica, fui informado que a linha especial será "descontinuada". Provavelmente não venderam tanto quanto esperavam, até porque o brasileiro tem péssimo gosto para café e não paga mais por um produto cujo gosto vai sumir sob um caminhão de açúcar ou adoçante, de qualquer jeito. É lamentável, porque se tratava de uma opção barata de café decente, em especial para quem não mora perto de um bom fornecedor.
Por outro lado, o café do sul de Minas se saiu muito bem na comparação com o colombiano. A balança pende um pouquinho para os hermanos, por conta do odor mais acentuado e menor acidez, mas talvez isso se deva à diferença na moagem do grão — o mineiro foi moído muito mais fino pelo atendente do Café do Mercado, de modo que as substâncias químicas presentes no pó se soltam melhor, para o bem e para o mal. É bom ver que o Brasil está aprimorando a qualidade de seu café e ainda consegue oferecer seu melhor produto por um preço razoável, a R$ 25 o quilo.