Croque monsieur
A contrabandista de bombons Fernanda Aldabe me enviou recentemente uma receita de croque monsieur — termo de difícil tradução, mas que remete ao ruído feito por uma mordida em algo crocante [croque] que o prato inflige a um cavalheiro [monsieur], sugerindo uma gafe nos salões chiques. Todavia, a experiência do croque monsieur vale qualquer constrangimento frente à alta sociedade. Ao mesmo tempo em que o pão fica completamente úmido pelo molho béchamel, não perde nada da consistência torrada. O sabor é delicadíssimo, muito bem equilibrado. Não foi à toa que se tornou um dos maiores clássicos da gastronomia mundial.
As receitas variam bastante, mas essa dá bastante certo.
CROQUE MONSIEUR
MOLHO BÉCHAMEL
Comece pelo molho béchamel. Coloque o leite para ferver. Enquanto isso, derreta a manteiga em uma panela e acrescente a farinha, mexendo sempre por alguns minutos. O melhor é afastar a panela do fogo, para que a manteiga não queime. Assim que o leite ferver, derrame sobre a mistura e mexa, cozinhando até que engrosse — você perceberá quando as bolhas começarem a aumentar de tamanho. A consistência é a mesma do molho branco. Tempere com sal, pimenta do reino moída na hora e um pouquinho de noz moscada.
Deixe o molho esfriando e enquanto isso toste oito fatias de pão de forma, de um só lado. No outro lado, passe o béchamel. Ponha uma fatia de presunto e uma de queijo em cima do lado com molho, feche com outra fatia e por cima despeje um pouco mais de béchamel e polvilhe queijo ralado. Arrume os quatro croques em uma forma e leve ao forno médio-alto por dez minutos, para gratinar.
Sirva quente, com uma boa cerveja pilsen ou vinho branco. O croque monsieur não exige condimentos, embora um pouco de salsinha ou cebolinha possa contribuir.