Piores Slogans

Aqui em Porto Alegre, o restaurante Curry Express usa o seguinte slogan: "Comida Indiana. Por isso Gandhi tinha sempre aquele sorrisinho". Na minha opinião, só poderia ser pior se fosse "os paquistaneses não sabem o que estão perdendo".

Leitores, estou errado? Há slogans culinários piores por aí?

Cisco | 31.01.2007, 12:30 | Comentários (11)

Risoto de pera com gorgonzola

Há tempos não se publica uma receita por aqui. A verdade é que ando sem tempo para cozinhar coisas novas e meus colegas listados aí ao lado não costumam esquentar a barriga no fogão, ou ao menos não escrevem sobre isso. Enfim. O fato é que amo risoto, amo pera e amo gorgonzola, e há algumas semanas me caiu nas mãos uma receita de risoto de pera com gorgonzola. Além de reunir três amores, é bem simples, então resolvi testar. O resultado foi meio decepcionante, esperava mais presença dos ingredientes no sabor. Ainda assim, é um bom risoto.

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Marcelo Träsel | 29.01.2007, 10:30 | Comentários (10)

Pizzaria Fornellone

Não sou um grande fã de pizzarias. O problema é que já fui a Nápoli. A pizza napolitana, com sua massa que consegue a proeza incomparável de aliar pouca espessura, consistência e flexibilidade, estragou a experiência de comer uma redonda em qualquer outro lugar pelo resto da vida. Por isso, se a idéia é pizza, em geral prefiro fazer uma em casa com massa pronta do supermercado, para poupar dinheiro, ou pedir em alguma tele-entrega que coloque a quantidade em frente da qualidade e tenha sabores como crocante (cobertura de batata palha) ou gemada — e, sim, esses dois sabores existem. Hoje posso dizer que a pizza da Fornellone, em Porto Alegre, é uma alternativa razoável.

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Marcelo Träsel | 26.01.2007, 18:28 | Comentários (19)

Resenhamos um curso do La Gourmandise

Por Emmanuel Kanter

Recentemente realizei, no estabelecimento La Gourmandise, um curso de culinária básica. Como muitos leitores do blog gostam de cozinhar, mas às vezes todo conhecimento que têm é autodidático, imagino que, como eu, alguns sintam falta de um conhecimento mais acadêmico e básico. Assim, resolvi resenhar o curso, para poderem saber o que esperar sem ter que pagar pra ver.

O Curso Técnicas Básicas de Cozinha (para iniciantes) da foi realizado em quatro encontros na escola cozinha – uma sala de aula regular (aka mesas e cadeiras) com uma cozinha. Há três câmeras, uma para cada lado do balcão e uma para o fogão, e dois monitores. Os encontros duravam aproximadamente três horas e foram ministrados pelo prof. Chef Enio Giacomini, professor de cursos na PUC e da faculdade de gastronomia da Unisinos. O custo, salgado, foi de R$ 340 pelas aproximadamente 12 horas de aula.

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Marcelo Träsel | 23.01.2007, 11:22 | Comentários (8)

Luto

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Momofuku Ando, criador do miojo e padroeiro dos estudantes de pós-graduação e viciados em informática, morreu no dia 5 de janeiro, aos 96 anos. Dizem que ele comia o sabor original de seu macarrão instantâneo, galinha, pelo menos uma vez ao dia até o fim.

Marcelo Träsel | 22.01.2007, 15:32 | Comentários (12)

Zero diferença?

Experimentei a Coca-Cola Zero neste fim de semana — é, em termos de público-alvo, sou alvo parado. A princípio, pareceu ser muito mais semelhante à Coca-Cola standard do que à Coca Light. Mas fui testar essa impressão provando as duas ao mesmo tempo e achei praticamente iguais. Provavelmente, porque a alcalinidade da bebida anestesiou as papilas gustativas. Então, fico com a primeira impressão, até porque supostamente o projeto da empresa era mesmo criar um refrigerante sem açúcar, mas com o mesmo sabor do original.

Pesquisando, descobri que na Austrália a campanha de marketing da Coca Zero usando spam e um blog fake acabou gerando o movimento Zero Coca-Cola.

Marcelo Träsel | 22.01.2007, 11:08 | Comentários (18)

Não deve nada às belgas

O Solon deu a dica e resolvi experimentar a strong golden ale, nova cerveja da Eisenbahn. Trata-se de uma cerveja de tipo belga de alto teor alcoólico, cerca de 8%, com sabor de lúpulo e temperos bem acentuado. Lembra muito as cervejas blond, como a Delirium Tremens — que era ótima e vinha servida num cálice com pequenos elefantes cor-de-rosa desenhados; eu roubei um do bar, mas quebrou em um acidente estúpido e... enfim, esqueçam. Junto com a Weihnachts ale e a pale ale, essa nova cerveja de Blumenau forma o pódio do pão líquido no Brasil. Seu único defeito é custar mais de R$ 6 a garrafinha.

Marcelo Träsel | 20.01.2007, 17:13 | Comentários (17)

Garfada visita primeira Starbucks brazuca

Nunca pensei que a primeira Starbucks brasileira chegaria acoplada a uma Saraiva Megastore, mas faz sentido. É raro que a cafeteria seja um estabelecimento independente em seu país original — normalmente também é um anexo de supermercado ou qualquer outra coisa do tipo.

Não consegui conter certa nostalgia. Nem sou muito fã da rede, mas ela era minha salvação nos States porque, para quem não sabe, o café vendido naquele país — em copos de papel que vão dos 300 aos 700 ml — é intragável. Muito fraco, causa azia que pode demorar, mas é certa. Nos Starbucks eu podia ficar dois dólares mais pobre para tomar uma dose dupla (double shot) de espresso e ficar esperto. Lembremos que em 2004 US$ 2 valiam R$ 6.

A Starbucks do shopping Morumbi acertou ao trazer um produto diferente. Eu realmente achei que se renderia ao gosto local pelo espresso, mas não caíram nessa: só existe dose de espresso para os drinques (exatamente como na gringa, em que a função do shot é de tornar a bebida mais poderosa). Continuando com a fidelidade, há um café do dia (special of the day) que é servido em copo tall (R$ 3,80), grande (R$ 4,50) e VANTI (R$ 5,50). Não perguntei o que isso quer dizer. Os muffins, cookies e outros docinhos terminavam a encenação de mundo de fantasia de prazeres negros.

Uma falha de minha apuração: não bebi nada. O cheiro foi o bastante para me inebriar bastante. Morasse perto, era bem prováveis vício e ruína. Por enquanto, isso só no BK.

Hermano | 18.01.2007, 23:57 | Comentários (3)

Como usar uma chaira

Marcelo Träsel | 17.01.2007, 10:20 | Comentários (5)

Carne de laboratório

Para os interessados em ética e tecnologia alimentar: uma história no Times de Londres sobre carne de laboratório. Eu não sei quanto ao resto do público (e dos autores!) do Garfada, mas mal posso esperar pela oportunidade de comer um churrasco de carne laboratorial. Preferencialmente uma picanha no formato do logotipo do PETA.

Pergunta chata: Vegetarianos éticos, vocês comeriam isso? Vegans ficam de fora, já que a tecnologia descrita envolve o uso de mioblastos, que precisariam ser extraídas de animais vivos (um processo basicamente indolor e não-letal).

Pergunta divertida: O artigo descreve a possibilidade de se criar carnes exóticas usando o sistema: filé de guepardo, presunto de hiena, etc. Nesse caso, carnívoros de plantão, entre os animais que hoje não são criados para o abate, quais deles vocês gostariam de experimentar? (Eu ficaria com um ornitorrinco.)

[Via BoingBoing]

Cisco | 16.01.2007, 11:30 | Comentários (17)

Iogurte com frutas

parfait_batavo.jpgBastante recomendável esse parfait de frutas amarelas que a Batavo lançou. Trata-se de iogurte batido com mel e geléia de maracujá, manga e pêssego. Posso pensar em mil maneiras como isso poderia dar errado, mas ficou bastante bom. O sujeito quase esquece que está comendo uma sobremesa industrializada. É bem mais aceitável que os tenebrosos iogurtes com sabor artificial de frutas.

Marcelo Träsel | 16.01.2007, 10:44 | Comentários (1)

Pimenta pode ajudar a prevenir câncer

É raro, mas volta e meia os cientistas descobrem que algum alimento gostoso previne, em vez de aumentar o risco de desenvolver um câncer. Pimenta era um dos únicos ingredientes da minha alimentação que ainda precisavam ser legitimados por um estudo científico, depois do café, chocolate, cerveja, vinho e tomate. Ainda faltam os embutidos e a carne vermelha.

Marcelo Träsel | 15.01.2007, 10:57 | Comentários (6)

Viagem gastronômica a Garopaba

Passei a virada do ano e a semana subseqüente em Garopaba, praia de Santa Catarina onde minha família tem casa há uns 20 anos. Pela primeira vez, freqüentei os restaurantes locais -- em geral, comia sempre em casa. Constatei que, como em qualquer cidade turística, há várias armadilhas para se evitar. Por outro lado, houve boas surpresas. A seguir, alguns comentários mais específicos.

Enseada de Barcos -- Abriu neste Natal e é provavelmente o melhor restaurante da cidade. Devo avisar aos leitores que um amigo gerencia a cozinha, mas garanto que a amizade não influiu na avaliação. Na verdade, quando entrei na casa fui informado erroneamente que ele não trabalhava lá, mas decidi ficar mesmo assim. Foi uma sorte. Primeiro, porque a comida é muito boa. Segundo, porque era mesmo o restaurante de meu amigo. Serve frutos do mar em porções ou em pratos como risotos e moquecas. Há também anchovas e tainhas assadas em forno a lenha. Pedimos um combinado, que vem com duas ostras, quatro mariscos, dois filés de salmão ou linguado, camarão ao bafo ou alho e óleo e lula à dorê. Além disso, acompanham uma salada verde, arroz e batatas sautée. Tudo muito bom, exceto pelo linguado um pouco sem sal. Os camarões eram enormes e, ao contrário de outros estabelecimentos, não era apenas o sabor do alho que se podia sentir. Conforme o Alexandre, que gerencia a cozinha, a diferença é que eles organizaram um esquema para buscar os peixes e frutos do mar o mais rápido possível, de modo que não seja preciso congelar. O ambiente é bom e a presença de Tabasco e azeite extravirgem no galheteiro denotam cuidado com os ingredientes. Com bebidas, saiu R$ 77 para duas pessoas, mas as porções são grandes e serviriam três pessoas sem muita fome.

Embarcação -- Um dos mais antigos restaurantes ainda em operação na cidade, e por bons motivos. Serve peixes e frutos do mar honestos a preços acessíveis, bem na beira da praia. Uma porção para duas pessoas da maioria dos pratos varia de R$ 20 a R$ 30. A porção de lula à milanesa sai por R$ 11. Já a porção de camarão à milanesa não vale muito a pena, porque é mínima e custa R$ 20. A "seqüência de camarão" tampouco, porque cobram R$ 80, contra R$ 64 do combinado no Enseada de Barcos. Todos os pratos são no mínimo razoáveis. Os clássicos, como o peixe ao molho de camarão, são bastante indicados. No dia que fomos, não havia garoupa na casa, mas esse é um peixe bem raro de se encontrar em restaurantes e peixarias ultimamente. A cerveja é R$ 3,50, perfeito para ficar nas mesas da varanda bebendo e olhando as argentinas tostarem ao sol.

Panquecas do Alemão -- A comida não é ruim, mas não vale a pena legitimar esse local com uma visita. Parece que os garçons e cozinheiros são estagiários do curso de gastronomia da Unisinos, então o atendimento não chega a ser tão impecável quanto você gostaria, mesmo dando-se os descontos habituais para a lerdeza litorânea. Fora isso, os aparelhos de som passam o tempo todo tronando com aqueles malditos hits de verão. É horrivelmente caro: uma panqueca com iscas de filé, queijo e ervas custa R$ 18. Mata bem a fome de uma pessoa, mas você fica pensando que por pouco dinheiro a mais, comeria um belo prato de peixe. Além disso, o alho-poró que prometiam no cardápio não fez aparição alguma no recheio. Dividimos essa panqueca em dois e depois pedimos mais uma de sobremesa, com recheio de chocolate e sorvete (R$ 19). Desafio qualquer pessoa a comer uma panqueca de chocolate inteira. Mesmo a metade parece demais, devem colocar umas duas ou três barras lá dentro. Outro grave problema é não servirem nenhuma cerveja extra, apenas Skol e Kaiser. Finalmente, eles parecem estar confusos sobre o conceito de panqueca. Aquilo lá me parece mais um crepe, pois é composto por uma massa redonda fina enrolada em torno do recheio. Panquecas, conforme a Larousse Gastronomique, são um pouco mais espessas e em geral servidas abertas. OK, tudo bem, reclamar disso já é rabugice minha.

Algarve -- Não vá a este restaurante. Fica no calçadão à beira da praia, mas evite-o a todo custo. Pedimos peixe ao molho de camarão (R$ 20) e anchova grelhada (R$ 25), ambos para duas pessoas. O peixe estava no máximo decente, enquanto a anchova foi completamente carbonizada. As batatas fritas têm gosto de gordura velha. Se você pega uma mesa na rua, gatos vadios ficam rondando e pedindo comida. E você é ignorado pelos garçons desatentos.

Todos os restaurantes recomendados ficam na rua principal de Garopaba, a Pref. João Orestes de Araújo. Se não encontrar, pergunte. Faltou ainda provar a comida do Bistrô do Cais, localizado na praça da Igreja Matriz, no centro antigo. O cardápio, oferecendo risoto de polvo com raspas de limão siciliano, prometia. Uma amiga diz que levou duas horas para ser atendida num dia cheio, mas que a comida é muito boa.

Marcelo Träsel | 11.01.2007, 11:34 | Comentários (13)

Jesus num palito

Já não era sem tempo, mas a Nestlé finalmente lançou um picolé do chocolate Alpino. É mais ou menos como o incomparável Tablito, da Kibon, há uma barra de chocolate no meio, envolta por sorvete de chocolate e por fora uma camada de cobertura de chocolate. Tudo com gosto de Alpino. Custa R$ 2,50 e a edição é limitada, então prove logo.

Marcelo Träsel | 10.01.2007, 18:25 | Comentários (5)