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Ratatouille

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Ratatouille, o novo desenho animado da Pixar, não tem apenas uma grande coleção de pratos, ingredientes e instrumentos de dar inveja a todo e qualquer leitor do Garfada: tem também uma ética culinária. Essa ética pode ser resumida em três pontos pontos, um estético e dois políticos, um quase anarco-capitalista e outro anti-modernista.

  1. Cozinhar e comer são experiências estéticas.
  2. "Qualquer um pode cozinhar", o lema do restaurante do filme. A idéia aqui não é igualdade, mas liberdade de entrada e competição.
  3. A industrialização como violação da criatividade. O pior destino imaginável é... ficar inventando receitas de comida congelada.

Meu problema com essa ética é que ela dá a entender que não há nada de saboroso ou criativo em trabalhar com comida industrializada e padronizada. O prazer, a estética, estão limitados a haute cuisine. Para tudo mais, comida é combustível. Os dois pontos políticos estão em conflito. O único defeito do filme é que ele sequer percebe tal conflito.

(Agora estou interessado em saber o que o nosso destemido editor pensou do filme enquanto gourmet.)

Cisco | 8.07.2007, 12:13 | Comentários (9)