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Wok, novo oriental em Porto Alegre

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O Wok, que abriu há algumas semanas no bairro Auxiliadora, é mais uma casa que oferece comida do sudeste asiático na capital gaúcha. Como sou um grande fã da culinária dessa região, aproveitei a primeira desculpa para jantar fora e fui conhecer o restaurante, cujo chef é Rafael Jacobi. O cozinheiro morou alguns anos na Austrália e trabalhou com cardápios vietnamitas, tailandeses e indonésios, inclusive na própria Tailândia. As referências, portanto, são boas.

O Wok fica bem localizado e é fácil conseguir lugar para estacionar o carro. É um ambiente pequeno, mas as mesas não são muito juntas. O único problema é que há um rádio tocando música, mas ao menos é lounge, então não chega a atrapalhar o clima. Pensei em levar a câmera para fotografar o local e a comida, mas como era um jantar comemorativo, seria meio déclassé. Fotografar a comida definitivamente não combina com champanhe. Permiti-me levar somente uma caderneta para anotar os pratos. Toda a equipe que atende os clientes é muito atenciosa e gentil. Não percebi o menor sinal de impaciência nos garçons, mesmo tendo ficado uma boa meia hora como o cliente chato jogando papo fora, que não deixa o restaurante fechar.

Mas interessa mesmo é a comida. O couvert era caldinho de camarão com leite de coco, servido em martelinhos. Como entrada, pedimos ostras gratinadas (R$ 3,50 a unidade). Os pratos principais foram pad thai (R$ 37) e malacca rendang (R$ 29). De sobremesa, crème brûlée de gengibre e capim-santo (R$ 7) e panqueca com creme de baunilha e abacaxi e sorvete de creme (R$ 8). O pad thai -- aliás, uma bela porção -- veio com um enorme camarão empanado no topo e montes do crustáceo entre o macarrão de arroz e os legumes, que eram broto de feijão e pimentão amarelo, até onde consegui identificar. Volta e meia, aparecia uma folhinha de coentro. O vietnamita malacca rendang é feito de iscas de filé ou frango salteadas com legumes da estação -- vagem e cenoura, no caso -- cogumelos japoneses e ervilha torta, tudo isso em um molho de leite de coco e manjericão roxo. Acompanha arroz jasmim.

Toda a comida foi muito correta, com exceção do malacca rendang, que em minha opinião veio com um molho ralo e em excesso -- mas isso também não chega a prejudicar o sabor, apenas a apresentação, que no caso dos outros pratos foi impecável. Destaque para o crème brûlée, um prato tradicional da culinária francesa que combinou perfeitamente com os ingredientes orientais. Os pratos também podiam ser mais apimentados, mas dá para entender o chef, uno tiene que ganar su plata e estamos bem longe da Bahia. Só poderia haver algum tipo de molho de pimenta à disposição, ou quem sabe a alternativa de pedir algo mais forte.

Um jantar da entrada à sobremesa custou cerca de R$ 50 por pessoa, descontando a bebida -- aliás, não entendo de vinhos e harmonização, mas poderia haver uma oferta melhor de brancos, que combinam mais com comida oriental. Ou beba cerveja, que cai muito bem também. No mais, recomendável. Antes de ir, só confirme por telefone se o problema com os cartões Visa já foi solucionado, porque até segunda-feira não estavam aceitando.

WOK
Rua Carlos Von Koseritz, 1604
Auxiliadora
51 3023-7120

Marcelo Träsel | 8.08.2007, 10:51 | Comentários (14)