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Restaurante São Rafael - Cisco
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Minha primeira experiência com trufas »
Restaurante São Rafael - Cisco
ATENÇÃO: Este blog se mudou. O novo endereço é
www.trasel.com.br/garfada
As informações sobre a localização do restaurante e o cardápio do jantar estão neste post. Abaixo, meus comentários:
- Eu sou nojento para comer. Muito nojento. Perguntem para minha mãe. Mas nesse jantar descobri que como agrião, creme de berinjela e o palmito do São Rafael. Mas, palmito, só se for igual ao do São Rafael.
- Quando o prato chegou, o Träsel teve dificuldade de acreditar que o item no centro era um camarão. É exatamente assim que os camarões devem ser: grandes, crocantes sem terem uma casca dura, macios sem serem molengas. Eu trocaria um braço pela chance de comer camarão assim sempre que quisesse.
- Normalmente, não sou grande fã de combinações de doce com salgado, mas o pato com coulis de frutas vermelhas foi bom o suficiente para ser o único prato que me fez pensar "maldição, eles podiam ter servido o triplo disso".
- O risoto de ervas estava excelente, melhor do que a costela de cordeiro (meu pedaço tinha mais nervo do que carne, problema que não aconteceria com uma porção de tamanho normal). O molho de hortelã era sutil e funcionou bem com a carne.
- Algumas informações sobre o restaurante: o almoço é bufê executivo, com grelhados e mini-bufê de sobremesa (R$18,90 por pessoa). Obviamente, não posso comentar a qualidade do almoço, mas experimentarei da próxima vez que estiver nas redondezas a trabalho. O restaurante costumava ser uma churrascaria, mas a mudança do perfil gastrônimo da região e o fortalecimento da competição levaram à reforma em fevereiro.
- Segundo a chef, Valérie La Fay, a cozinha do restaurante é uma das mais completas do país, com equipamento para trabalhar com todo o tipo de técnica. Há inclusive uma churrasqueira, herança da identidade passada do restaurante. Variedade costuma ser um ponto positivo, mas não tenho certeza que a presença de tantos equipamentos e materiais não acabe por impedir a especialização do menu. Mission creep não é um problema apenas para operações militares e burocracias estatais, afinal. Leitores?
- O serviço é bom, mas ainda tem o tom errado. Como o restaurante costumava ser uma churrascaria e manteve a equipe do passado, o resultado é um restaurante para executivos onde os garçons chamam o cliente de "amigão" e o maître informa que o chope "é Brahma e vem geladinho". Meu gosto pessoal por serviço em restaurantes me faz preferir este tipo de atendimento, mas ele não se encaixa no ambiente e provavelmente não agradará ao novo público-alvo. O treinamento da equipe realinhará os à nova identidade do local com o tempo, mas por hora há um forte contraste entre o ambiente sofisticado e a equipe informal.
- Durante o jantar, o Träsel comentou que todas as carnes estavam no ponto certo: nada estava cozido ou assado ou crocante de mais ou de menos. Crocância, maciez, suculência: classifiquem a carne como quiserem, tudo estava equilibrado. Estamos tão acostumados a avaliar a comida pelos defeitos que evocam que foi difícil, pelo menos para mim, notar que não havia nada explicitamente de errado para observar.
- Como o jantar era uma degustação, as porções servidas eram pequenas. As fotos que o Träsel tirou dos pratos (e que aparecerão em outro post) devem ser interpretadas como miniaturas dos pratos reais. Cada um jantou três pratos diferentes, mas os pratos servidos em dias normais (que variam entre R$30,00 e R$50,00) servem duas pessoas, segundo o maître.
- A equipe do Garfada foi convidada a jantar no restaurante; logo, ninguém pagou nada, a bebida fluiu livremente e a comida certamente foi preparada com ainda mais atenção e qualidade do que de costume. Escrevi mais comentários sobre a situação neste post em meu blog pessoal.
Aí está. Comentaristas, especialmente os que também conhecem o Restaurante São Rafael, estão convidados a pitaquear.
Cisco | 28.05.2008, 2:39
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