Devolvam a minha alma
Em alguns meses entre São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, tornou-se flagrante a incompetência de estabelecimentos gaúchos em oferecer um mísero tipo de suco natural que seja em seus cardápios.
É uma situação simplesmente inaceitável. Tente pedir ums suco de laranja em qualquer café descolado de Porto Alegre, e provavelmente você vai ter como resposta alguma daquelas garrafinhas com pó de Tang mal batido. No último sábado, passando pelo Brique, questionei a atendente de um lugar desses sobre opções de sucos naturais, e ela respondeu: "temos várias polpas congeladas".
O que passa pela cabeça dessa gente? Talvez o que alguns amigos paulistas me confidenciaram, pensando que não existia fruta alguma no Rio Grande do Sul, por causa do "frio que faz o ano todo" (aham). Podemos não ter nada mais que razoável, mas em qualquer Zaffari ou Nacional da vida dá para descolar pelo menos um mamão tragável. Ou sei lá: vá até a Lancheria do Parque e eles têm um monte de coisas para jogar naquele liquidificador que faz o tradicional suco misto, tosco ao extremo, mas que é uma das únicas opções em toda a capital.
Gosto muito dos smoothies do Saúde no Copo, mas o preço bastante salgado e a proximidade excessiva com o conceito de Havaianas da Adidas me despertam temor. E saudosismo em relação ao suco de melancia encontrado em qualquer biboca a partir da região sudeste.
Por conta disso, espero obter apoio à campanha Vão à CEASA e depois comprem um liquidificador, seus malditos. Pela morte do Minute Maid, Del Valle, polpas congeladas de tangerina e os famigerados "laranja de garrafinha", feitos com gelatina derretida ou coisa que o valha.