EXTRA! Sorvete de pistache de verdade!
Amo pistache. Passei a vida pedindo sorvete de pistache quando ia pela primeira vez a uma sorveteria e passei a vida me decepcionando. Na praia de Garopaba, Santa Catarina, finalmente consegui superar essa frustração de provar "sorvetes de pistache" com sabor de perfume.
A sorveteria .BOM oferece um sabor chamado "pistache verde de Bronte" que tem o sabor exato da castanha. Chega a ser quase salgado. Custa uma pequena fortuna -- R$ 6,50 -- por um pote relativamente bem servido, mas vale a pena, acreditem. Bronte é uma região da Itália, na ilha da Sicília, cuja principal atividade econômica parece ser a produção de pistache. Não sei se a essência do sorvete é feita lá, ou se é apenas uma referência cultural.
A sorveteria .BOM tem bufê, com sabores mais ou menos tradicionais, e vende sabores especiais por bola, com valores entre R$ 4,50 e R$ 6,50. O sorvete é artesanal, feito com creme de leite no lugar de gordura vegetal hidrogenada. Outras opções excelentes são avelã, torta de limão, pêssego com Amaretto, tiramisú e goiaba.
SORVETERIA .BOM
Av. Prof. João Orestes de Araújo, 300 - Mapa
Garopaba - Santa Catarina
Marcelo Träsel | 9.01.2009, 20:38 | Comentários (11)
Molho de carambolas
Minha madrinha tem uma árvore de carambolas no jardim. Há algumas semanas, ela me presenteou com uma sacola da fruta. Guardei as melhores e, com as que estavam prestes a passar do ponto ou já tinham passado, fiz um molho para regar o sorvete de creme. Tenho sempre sorvete de creme em casa, sobre o qual costumo espalhar algum tipo de geléia aquecida com um pouquinho de água no microondas. É muito melhor do que calda de chocolate ou coisas do gênero.
Fazer esse molho de carambolas é simples: pique grosseiramente as frutas, retirando o máximo possível de sementes e dispensando o bagaço do meio. Em uma panela, aqueça a carambola no fogo baixo e vá acrescentando açúcar aos poucos. Sem nunca parar de mexer, cozinhe por cerca de 20 minutos, até que a maior parte do líquido seja puxado de dentro das carambolas pelo calor e pelo açúcar. O ponto fica no meio do caminho para uma geléia. Pode ser guardado na geladeira indefinidamente.
Marcelo Träsel | 4.08.2008, 10:15 | Comentários (2)
Bancada improvisada
Nem todas as cozinhas hoje em dia contam com um balcão ou bancada adequados para cortar ingredientes. Uma mesa normal é muito baixa para a maioria das pessoas. A bancada da pia volta e meia está lotada com outras coisas. Há um tempo atrás vi em uma loja uma tábua de corte que se adaptava sobre a cuba da pia.
Achei a idéia excelente, mas custava uma pá de dinheiro -- era uma loja refinada. Nada que uma visita ao atacado de equipamentos de cozinha Knetig, na avenida Farrapos, não resolvesse. Comprei uma tábua de acrílico grande o suficiente para ficar sobre a cuba por menos uns R$ 20. Não ficou do tamanho exato, ainda estou procurando uma um pouco maior. Se alguém quisesse ganhar dinheiro, poderia fabricar tábuas de corte no formato adequado, inclusive com encaixes para não dançar sobre a pia.
Marcelo Träsel | 11.07.2008, 17:45 | Comentários (6)
Tomates diferentes
No Gomestic, uma coleção de tomates russos, americanos e mexicanos de tirar o fôlego. De cara, fiquei a fim de experimentar estes russos. Krim negros? Para os mais afoitos, há sementes.
E um vídeo bônus. Dois meses na vida de um tomate:
Rico Ferrari | 28.06.2008, 16:36 | Comentários (11)
Bem em Curitiba
Essa semana estou em Curitiba e tenho conseguido ir a alguns estabelecimentos locais no centro da cidade. Entretanto, nada se destacou mais do que o sorvete de tiramisu da confeitaria Lancaster (site horrendo).
Sério, deve ser um dos sorvetes mais deliciosos que já provei no Brasil. O equilíbrio dos ingredientes é por demais fatal, e a consistência estava simplesmente perfeita.
É provável que eu volte para cá na semana que vem. Aceito sugestões de bons lugares para se comer.
Bruno Galera | 10.04.2008, 19:58 | Comentários (12)
Alguns mitos da cozinha desmistificados
Mark Bittman evidencia a falsidade de seis mitos culinários na seção de gastronomia do New York Times. Os leitores aproveitaram para acrescentar alguns no espaço para comentários. Os que já tinha ouvido são:
Marcelo Träsel | 20.02.2008, 13:17 | Comentários (14)
Búzios é caríssima, mas dá para achar boa comida
Gasta-se uma Babilônia em dinheiro comendo, dormindo e se bobear, até respirando, em Búzios, famoso conjunto de praias no litoral fluminense. Porém, em geral o investimento vale a pena. O principal meio de evitar dissabores é ficar longe dos estabelecimentos da Rua das Pedras, quase todos arapucas para turistas.
Os restaurantes da Orla Bardot -- tem esse nome porque Brigitte Bardot passou um verão por lá e até hoje a região vive dessa memória -- são tão caros quanto, mas a comida e o ambiente são melhores. Seguem impressões sobre alguns locais.
Sawasdee -- Sim, fui até Búzios só para comer comida tailandesa. Pior ainda, nem pedi peixe: ataquei num magret de pato com curry de laranja e purê de banana. A entrada foram bolinhos de carangueijo e de salmão com molho picante. O pato e o bolinho de carangueijo eram pratos sazonais, ou seja, são servidos apenas em certa época do ano. Equivalem a recomendações do chef. O curry de laranja e o purê de banana são incríveis, mas o magret estava um pouco passado demais. O bolinho de caranguejo se saiu melhor do que o de salmão, que é muito normal. Para acompanhar, tive a boa surpresa da cerveja local Mistura Clássica Premium. O jantar custou R$ 85 por pessoa. Se for investir em apenas uma refeição, que seja no Sawasdee. Se não estiver chovendo, pegue uma mesa na rua e contemple o movimento na Orla Bardot.
Cantina do David -- Essa casa de frutos do mar fica na rua Manoel Turíbio de Farias, 260, uma paralela à das Pedras. Serve pratos honestos de peixe, moluscos e crustáceos a preços de paraíso tropical. Comi, no entanto, uma boa caldeirada com polvo, camarão, lulas, mariscos e peixe, acompanhada de um pirão bem aceitável e um chope meio aguado. Se quiser esbanjar, há um aquário com lagostas vivas (R$ 150 o prato para dois). Os garçons estavam afobados porque já era bastante tarde, o que é péssimo. Se estavam com pressa de fechar, não deveriam nem ter nos deixado sentar. A caldeirada, acompanhada de alguns chopes, saiu por R$ 50. No cartão que me deram, há a promessa de uma caipirinha cortesia por pessoa, mas não nos serviram nenhuma.
Sorveteria Itália -- É difícil eu não gostar de sorvete, mas deixem a suspeita de lado e ouçam quando digo que vale a pena investir R$ 5 numa casquinha com um sabor nessa sorveteria. Comi de chocolate com amêndoas e quase chorei de emoção.
Pizza Quadrada -- A R$ 3,50 o pedaço, é um dos melhores negócios gastronômicos de Búzios. Um italiano da região de Nápoles prepara pizzas que de napolitanas não tem nada, mas ainda assim merecem atenção. Provei a margherita e estava muito boa. Tenho a teoria de que, para conhecer um pizzaiolo, deve-se provar uma margherita. Se ele for competente nessa variedade, provavelmente será nas outras também. Aliás, quando perguntei qual sabor recomendava, o pizzaiolo respondeu: "eu sempre como a margherita". Podem confiar. Praticamente uma barraquinha, fica na confluência principal de Búzios, defronte à loja do Bob's.
Se Chegue -- Restaurante medíocre na Rua das Pedras, seguindo pelo corredor ao lado da Pizza Quadrada. No primeiro dia comi lá numa turma grande, uma janta de pizza com cerveja e música ruim numa TV de plasma e aquela coisa toda. Saiu R$ 25 por pessoa, com bebidas. No entanto, esse local tem uma vista muito boa da praia. O sujeito praticamente come sentado na areia.
Para tomar uma cerveja honesta longe da playboizada, a pedida é o Bar Nascimento, onde tem roda de samba com nativos de verdade. A cerveja mais barata é numa birosca num beco atrás da loja do Bob's, onde se pode comprar uma long neck por R$ 2. Uma alternativa é apelar para os supermercados. Na praia da Tartaruga, o bar mais barato fica no final da orla, chama-se Raphael. Único lugar onde se encontra uma garrafa de cerveja de 600ml em Búzios, por R$ 4. Uma pechincha! Aproveite a grana que sobrou para comer uma ostra fresquinha, vendida na areia pelos nativos por R$ 2,50 a unidade ou R$ 25 a dúzia.
Agradeço aos leitores que deram dicas de restaurantes em Búzios e me advertiram para preparar adequadamente o orçamento. Aproveito para ensinar como consegui comer em todos esses lugares. A técnica consiste em tomar café da manhã no último horário possível no hotel e encher bem a pança.
Marcelo Träsel | 11.02.2008, 19:32 | Comentários (6)
Sabores avançados (para leigos)
Independente de gostar ou não da pizzaria Fratello Sole, em Porto Alegre, recomendo-a para quem quiser provar uma sobremesa bastante interessante. Na capital mundial dos congelados lamentáveis, é um alívio saber que ainda existem estabelecimentos que preparam seus próprios doces.
Em questão está a sopa de frutas vermelhas com pimenta e sorvete de manjericão. Um grosso caldo quente de morango, framboesa e outras berries que leva junto grãos de pimenta-rosa e uma improvável bola gelada de manjericão. O resultado é inesperado e bastante rico para o paladar. Demora um tempo depois de uma colherada para identificar cada ingrediente derretendo sobre a língua.
Procurando receitas semelhantes, achei uma que leva ingredientes parecidos. A exceção é o sorvete, que nesse caso é de hortelã.
Talvez seja algo bem mais comum do que pareceu. Mas, como dito, é raro encontrar algo minimamente fora do padrão por essas bandas. Cabe ressaltar que, de início, eu e meu pai nos acovardamos em fazer o pedido, restando à minha mulher manter a centelha de dignidade que ainda paira sobre nossa família. Se não fosse por ela, eu acabaria a noite apenas com o velho e provinciano petit-gâteau que, pelo que venho notando, é o novo tomate seco no lugar comum das coisas um pouco acima da média.
Fratello Sole
Av. João Wallig, 1800 - loja 1278 - Shopping Iguatemi
(51) 3328-0551
Porto Alegre - RS
Bruno Galera | 3.02.2008, 20:23 | Comentários (5)
Dicas de restaurante em Búzios
Vou nesta sexta-feira para Búzios, passar quatro dias. Se algum leitor tiver dicas de restaurantes ou qualquer atração alimentícia imperdível, por favor deixe nos comentários. Não sei nada sobre a cidade.
Marcelo Träsel | 23.01.2008, 15:52 | Comentários (15)
Pastéis no grill
Aprendi com a minha sogra uma nova técnica para usar massa pronta de pastéis. O meu sogro não pode comer nada com muita gordura, mas adora essas massas recheadas. A primeira alternativa foi tentar fazê-las no forno, mas o resultado não era bom. Até o dia em que minha sogra tentou seu grill elétrico e funcionou bem melhor. Basta rechear a massa de pastel com o que bem entender e depois aquecer no aparelho até dourar de ambos os lados. Na verdade fica mais parecido com uma empanada de massa fina do que com um pastel propriamente dito. Nada muito refinado, mas não suja louça e serve para um lanche sem compromisso.
Marcelo Träsel | 3.01.2008, 11:48 | Comentários (11)
Como tirar o máximo proveito dos restaurantes
Entramos no terceiro ano deste blog e, pela segunda vez, não preparamos nada especial para o Natal. Ano passado rolou uma gambiarra com receitas já publicadas para compor uma ceia. E, claro, a famosa lista de livros de culinária para presentear seus entes queridos. Neste Natal, não deu nem para pensar em alguma enganação como essas. Então, aqui vai uma coluna escrita para um guia de restaurantes e bares de Campinas.
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A grande verdade é que, apesar de editar um blog sobre gastronomia, vou muito pouco a restaurantes. O principal motivo é a falta de paciência para aturar comida de má qualidade servida por lacaios incompetentes. Sou um cara muito, mas muito chato. Quando pago bom dinheiro num restaurante, tenho mania de pensar que mereço saborear um prato preparado na hora e não deveria desenvolver uma bursite toda vez que preciso chamar o garçom. Essas idiossincrasias restringem muito o número de estabelecimentos freqüentáveis. Depois de alguns anos, porém, consegui desenvolver algumas técnicas para não me incomodar.
É claro, essas regras devem ser quebradas quando as circunstâncias assim o exigirem. Nenhuma delas se aplica a estabelecimentos com três estrelas no Guia Michelin, por exemplo, mas servem para quando se está em uma cidade ou região em que não se conhece os restaurantes.
Marcelo Träsel | 24.12.2007, 8:29 | Comentários (3)
Como guardar bacon
O grande problema de quem mora sozinho e não cozinha todos os dias é que as porções de certos ingredientes vendidas no supermercado são muito grandes. O molho de tomate em pacote, por exemplo, sempre estraga entre uma pizza e outra, porque se usa no máximo uns 100g das 350g ou 500g da embalagem por vez. A solução que encontrei é congelar numa forma de gelo. Mesma coisa com o leite, tomo muito pouco e aquele litro fica semanas na geladeira. Sobre o leite não há muito o que fazer, e de qualquer modo uma caixinha de 500ml custaria pouco menos que o valor do litro inteiro.
Outro problema era o bacon, que nunca vem em peças pequenas. A Sadia e a Perdigão até oferecem embalagens com porções pequenas, mas são muito mais caras e só trazem as aparas do bacon de qualidade. Esses dias me dei conta de que podia picar uma peça maior e embrulhar em filme de PVC, como na foto. Depois, basta pôr em uma sacola de supermercado bem fechada e congelar. Pode-se tirar direto do congelador para a panela.
Marcelo Träsel | 24.08.2007, 10:58 | Comentários (17)
Solução colona para o seu laticínio vencido
Entre os muitos tabus adquiridos na infância deste que posta está o de, em hipótese alguma, jogar comida fora. Ou pelo menos não antes de fazer o possível para evitar o desperdício.
É a coisa mais comum do mundo o cara comprar aquele pedaço de queijo prato (lanche) e não conseguir terminar antes que fique endurecido e malcheiroso. Mesma coisa aquele pedaço de queijo minas. Mais comum ainda é o leite talhar na caixinha. Pois juntei tudo isso e coloquei no liquidificador.
Continue Lendo...Hermano | 18.06.2007, 16:21 | Comentários (11)
Infarto engarrafado
Percebam todos os elementos malignos desta imagem. A manteiga dourada, mantida derretida em alta temperatura dentro da garrafa. A cachaça, nem completamente branca nem muito amarela, no ponto entre o envelhecimento e o frescor. A pimenta vermelhinha, saborosa e ardente na medida. A carne seca bem desfiada, com pouca gordura, frita na cebola e acompanhada de aipim. Tudo isso na Adega da Velha, escondida em alguma travessa da Voluntários da Pátria, em Botafogo. O prato econômico, que também pode ser servido com carne de sol e uma infinidade de outros produtos nordestinos autênticos, sai por justos R$ 10. Aprende, Saulo (rs).
Hermano | 17.06.2007, 17:38 | Comentários (10)
Para um feliz dia dos namorados
A idéia inicial era dar aqui uma receita de dia dos namorados, para que os pombinhos leitores desse blog pudessem escapar das humilhações e desconfortos proporcionados por restaurantes cheios. Mesmo com reserva, é sempre uma droga ser atendido por garçons apressados e comer um prato que teve menos atenção do chef do que o normal.
Só que na verdade essa história de jantar à luz de velas com pratos altamente refinados feitos em casa não é muito menos estressante. Ainda mais se você não escolher sabiamente receitas que possam ser preparadas com antecedência e simplesmente aquecidas na hora do evento, ou até comidas frias.
Minha sugestão é a seguinte:
Continue Lendo...Marcelo Träsel | 12.06.2007, 0:07 | Comentários (26)
Melhores pratos nos melhores restaurantes
No post anterior, Fê Aldabe foi além da conta e deixou um Top 10 de seus restaurantes porto-alegrenses. Devo admitir que, mesmo sendo extremamente nojento para comer (na verdade, nem sei como o Träsel deixa eu colaborar para esse blog), fiquei tentado a experimentar.
Não deixem de ler os outros comentários no post, que incluem meia América Latina. Muitos, muitos experimentos tentadores.
Cisco | 11.05.2007, 9:15 | Comentários (12)
Novela do Manoel Carlos
Quase me custou uma queimadura de sol, mas depois de rodar muito pelas ruas do Leblon e Ipanema, achei o que procurava para o almoço: um bar que tivesse comidas de boteco, como pastel e bolinho de bacalhau, e que aparentasse alguma qualidade e assepsia.
Pois o tal que achei leva na fachada os dizeres Espelunca Chic. Como sugere o nome, o lugar combina cardápio de boteco (ainda que também tenha opções mais elaboradas de petiscos) com ambiente de restaurante (ainda que a aura de bar e as mesas na calçada também estejam lá).
Optamos por uma porção de carne de sol com cebola, acompanhada de aipim frito, farofa e manteiga derretida. Para dar o toque final, molho de pimenta e muito azeite de oliva. Resultado: duas pessoas alimentadas a um custo condizente com a proposta e a localização do estabelecimento: R$ 23,00*.
Espelunca Chic
Rua Maria Quitéria, 46
Ipanema - Zona Sul - 2247-8609
Rio de Janeiro
*valor do prato apenas.
Saulo | 17.04.2007, 23:52 | Comentários (10)
Banha de porco
No último ano, tenho usado banha de porco para quase todas as atividades de refogamento, fritura e grelhamento em minha cozinha. Só não uso para pratos em que o sabor de algum vegetal precise ser ressaltado acima dos outros, caso em que prefiro óleo vegetal ou azeite. Posso atestar aos caros leitores: banha funciona muito melhor do que manteiga, óleo de soja ou -- ugh! -- margarina. A banha atinge rapidamente uma temperatura boa para fritar e, depois de se dissolver, cria uma película duradoura sobre o metal, que não sai tão fácil com o raspar da colher. Por esse mesmo motivo, pode-se usar menos banha do que azeite ou manteiga. Outra vantagem é que dá menos cheiro do que outras gorduras e ainda dá um sabor especial de carne ao arroz, por exemplo.
Muitos leitores podem torcer o nariz a essa sugestão. Um motivo seria o simples nojo ao pensar na maneira como a banha é produzida -- para quem não sabe, trata-se do óleo filtrado obtido ao se cozinhar a gordura do porco, solidificado ao esfriar; a pele que sobra é o que chamamos de torresmo. Minha resposta a isso é: procurem saber de onde vem a margarina. Outro motivo é a saúde. A banha de porco supostamente faz mal. Entope as veias, aumenta o colesterol, aquela lengalenga de sempre. A primeira resposta a isso seria: procure saber mais sobre a margarina, que os médicos nos venderam por décadas como uma alternativa saudável. A segunda resposta é: a banha em si não faz mal. Se você usa uma colher de sopa de banha para preparar seu arroz, não é isso que vai causar um infarto. O que causa infarto é comer um monte de produtos industrializados lotados de gordura vegetal, sal e açúcar, é o fast-food, são os doces. Arroz com feijão e bife, por mais que sejam preparados com banha em vez de óleo de soja, dificilmente levam a uma doença grave. O que faz mal é não saber equilibrar a alimentação.
Marcelo Träsel | 13.04.2007, 10:48 | Comentários (52)
O Melhor Hambúrguer de Supermercado
Como um amante de hambúrgueres, preciso dizer algo para os amantes de hambúrgueres que visitam o Garfada: comi um dos melhores hambúrgueres da minha vida. O mais incrível de tudo: comprei-o em um supermercado. Até então, quando queria comer um hambúrguer muito bom, feito de carne carne precisava desembolsar uns R$ 25 em algum Friday’s ou Joe & Leo’s da vida. Mas agora, graças ao excelente Burger Wessel, posso comprar um hambúrguer de qualidade no supermercado mais próximo de casa.
Continue Lendo...Renato Parada | 12.04.2007, 20:05 | Comentários (19)
Para emergências, molho béchamel
Volta e meia o cozinheiro se vê tendo de preparar alguma comida com poucos ingredientes à mão. Pode ser para impressionar uma visita inesperada, substituir um prato que deu errado, ou mesmo porque você precisa jantar, está com preguiça de ir ao armazém, mas não quer comer qualquer porcaria. Nesses casos, o molho béchamel,
ou molho branco, sempre salva. Aprendi a fazer numa receita de croque monsieur e gostei tanto do resultado que passei a usar em outros pratos. Como nesse tortéi aí na foto. Sempre causa boa impressão, ainda mais com temperos frescos como pimenta, queijo parmesão ralado, salsinha ou cebolinha espalhados por cima.
Marcelo Träsel | 9.04.2007, 2:54 | Comentários (11)
Creme não é arroz
A Nestlé colocou nas prateleiras uma série especial e limitada de sorvete de creme inacreditável. Sim, eu sei, é estranho pensar que o tão comum sorvete de creme possa ser uma experiência superior de gastronomia. Foi exatamente o que achei quando minha mãe apontou o pote (azul, mais largo e mais baixo que o convencional da marca) no freezer.
Em termos de sabor, não chega a ser um Freddo ou um Haagen-Dazs. Agora, no quesito cremosidade, ouso dizer que não há comparação no mercado. É um verdadeiro mousse, ausente de qualquer matéria que lembre gelo. Vou aproveitar enquanto dura.
Saulo | 16.02.2007, 22:26 | Comentários (10)
Resenhamos um curso do La Gourmandise
Por Emmanuel Kanter
Recentemente realizei, no estabelecimento La Gourmandise, um curso de culinária básica. Como muitos leitores do blog gostam de cozinhar, mas às vezes todo conhecimento que têm é autodidático, imagino que, como eu, alguns sintam falta de um conhecimento mais acadêmico e básico. Assim, resolvi resenhar o curso, para poderem saber o que esperar sem ter que pagar pra ver.
O Curso Técnicas Básicas de Cozinha (para iniciantes) da foi realizado em quatro encontros na escola cozinha – uma sala de aula regular (aka mesas e cadeiras) com uma cozinha. Há três câmeras, uma para cada lado do balcão e uma para o fogão, e dois monitores. Os encontros duravam aproximadamente três horas e foram ministrados pelo prof. Chef Enio Giacomini, professor de cursos na PUC e da faculdade de gastronomia da Unisinos. O custo, salgado, foi de R$ 340 pelas aproximadamente 12 horas de aula.
Continue Lendo...Marcelo Träsel | 23.01.2007, 11:22 | Comentários (8)
Como usar uma chaira
Marcelo Träsel | 17.01.2007, 10:20 | Comentários (5)
Eureka
Comer chili para mim sempre foi uma experiência dividida em dois momentos, distintos como água e azeite. Primeiro, claro, o prazer imenso de saborear essa delícia de feijão, carne moída e queijo. Mas logo depois, ou quase ao mesmo tempo, às vezes, a vontade angustiada de entender de onde vem aquele sabor maravilhoso que deixa ainda melhor a mistura de feijão, carne moída e queijo.
Pois eu descobri. E totalmente sem querer, diga-se. Estava comendo umas almôndegas feitas pela minha tia quando senti o sabor inconfundível da iguaria mexicana.
— Cominho, um tempero de carne - respondeu ela quando perguntei se havia algo diferente no preparo da almôndega.
Peguei o pote que ela apontou, quase cheio com um pó terroso, cheirei e constatei aliviado: cominho a gosto, eis o segredo do bom chili mexicano.
Saulo | 21.11.2006, 12:26 | Comentários (16)
Dicas de cozinha
Se alguém perguntasse qual a principal habilidade que um cozinheiro precisa ter, responderia: a capacidade de levar adiante tarefas cotidianas com um ou mais cortes nos dedos. Já a primeira lição a aprender: jamais, jamais aplique força sobre uma faca cuja lâmina esteja voltada para você mesmo. A tragédia: por mais que se corte, você sempre acaba esquecendo dessa primeira lição.
Toda essa lógica se aplica a queimaduras, também.
Marcelo Träsel | 30.08.2006, 10:23 | Comentários (8)
Cozinha nipo-britânica
Belíssimo blog gastronômico, o Nordljus. É produzido por uma japonesa residente em Suffolk, Reino Unido. Percebe-se o habitual senso estético japonês pelas fotos da moça.
Dica da Jules.
Marcelo Träsel | 16.08.2006, 10:39 | Comentários (4)
Lugar de homem é na cozinha
Senhor Prendado, outro blog gastronômico de grande qualidade. Dica roubada do Pedro Doria.
Marcelo Träsel | 18.07.2006, 13:56 | Comentários (4)
Por falar em listas...
...se fosse fazer a minha dos melhores blogs gastronômicos em português, o Trem Bom seria o primeiríssimo.
Marcelo Träsel | 25.06.2006, 10:24 | Comentários (11)
Sanduíche aberto
A melhor coisa a se fazer com sobras de um lombinho assado é arranjar uns pães integrais de boa qualidade, pepino em conserva, tomate, queijo e alguma mostarda. No caso dos pães, sugiro aos moradores de Porto Alegre os da padaria Weidmann ou da marca Vital. Mostarda do Ribs nem pensar para esse caso, prefira uma Colman's ou Maille. Podem ser caras, mas valem o investimento. Aliás, não entendo o amor pela mostarda do Ribs, mas outra hora falo mais a respeito. Voltando à vaca fria — ou ao lombo frio — tire fatias fininhas da carne e vá montando seus sanduíches abertos com diversas variações. Só lombo e queijo, lombo e pepino, lombo e tomate, mostarda e lombo, todos juntos ao mesmo tempo agora. Com uma Heineken, Bohemia Weiss ou Kaiser Gold para acompanhar, é diversão garantida. Perfeito para assistir ao jogo da Alemanha amanhã.
Marcelo Träsel | 23.06.2006, 20:50 | Comentários (7)
Mil guacamoles
O Daniel Pellizzari enviou uma lista de receitas de guacamole, molho conhecido no México desde os aztecas. A base é abacate e suco de limão, mas a versão mais conhecida leva tomate, cebola e coentro. O suco de limão é importante para evitar a oxidação do abacate, o que o deixa escuro. Mesmo assim, uma guacamole não dura mais de dois dias na geladeira. O melhor é preparar na hora.
Toda vez em que os abacates estão em safra, compro um no supermercado e misturo com um tomate picado, suco de um limão, salsinha picada, sal e um pouquinho de molho de pimenta dedo de moça. Não uso coentro porque é caro e dificilmente uso em alguma outra coisa. Costumo acrescentar cebola, também, mas sugiro "dar um susto" nela, para tirar um pouco da substância sulfurosa que dá o cheiro forte. Pique a cebola normalmente e mergulhe em água fervente, com um coador ou algo assim, por um minuto. Misture todos os ingredientes e coma a guacamole pura, com pão ou, melhor ainda, com Doritos. Como acompanhamento de feijoada também é ótimo.
Marcelo Träsel | 15.06.2006, 19:10 | Comentários (7)
Comendo em São Paulo
Na terra da garoa come-se muito bem. Mesmo nos botecos de esquina e restaurantes populares, nota-se um esforço para fazer o melhor possível com os recursos à disposição. Percebe-se sempre um cuidado na apresentação do prato, mesmo que seja um xis-calabresa com bacon. Enquanto em Porto Alegre os lanches chegam ao cliente destrambelhados muito mais vezes do que seria razoável, isso raramente acontece em São Paulo. Nos pratos mais elaborados, a diferença é ainda mais gritante.
Tenho uma teoria a respeito. Na maior cidade da América do Sul, milhões de pessoas lutam diariamente por seus empregos e milhares de restaurantes batalham o tempo todo pelos clientes. Se um chapista de padaria é ruim, haverá centenas querendo o lugar dele. Se um garçom é antipático, pode ser logo substituído. Se um restaurante oferece comida menos do que boa, há dezenas ao lado para o cliente escolher. As possibilidades de comparação também se ampliam. Fica difícil aferir a qualidade de um restaurante italiano, quando temos em Porto Alegre apenas dois ou três que prestam. Quando há dezenas, como em São Paulo, o nível de exigência tende a subir.
A seguir, algumas dicas de onde comer.
Continue Lendo...Marcelo Träsel | 12.06.2006, 12:18 | Comentários (19)
A alimentação na Idade Média
Este belíssimo site da Biblioteca Nacional da França mostra em texto e imagens os tipos de alimentos, as formas de preparação e o funcionamento dos banquetes medievais. A primeira lição é que a vida devia ser muito dura naquela época.
Link sugerido pelo Mojo.
Marcelo Träsel | 31.05.2006, 10:27 | Comentários (2)
Descasque a batata em um golpe só
Japoneses são melhores em tudo. Neste vídeo, que já anda rolando pela rede há semanas, mas ainda não fora indicado aqui por distração, mostram como descascar uma batata com o menor esforço possível. O único porém é que a batata tem de estar cozida. Depois, basta mergulhá-la em água gelada e puxar a casca. Por sinal, o mesmo truque funciona com ovos cozidos.
Marcelo Träsel | 19.04.2006, 10:14 | Comentários (2)
Arroz com legumes
É difícil tecer elogios suficientes ao arroz. Não há cereal mais gostoso, saudável e fácil de usar. Quase qualquer coisa fica boa com o honorável grão. No ano de 2002, descobri em Berlim uma técnica óbvia, mas pouco conhecida ou usada no Brasil: em vez de cozinhá-lo com alguns ingredientes, como em um risoto, fritá-lo, como em um nasi goreng. Quando encontro apenas arroz cozido na geladeira, simplesmente pico os legumes mais à mão, como cebola em rodelas, pimentão e cenoura, talvez alguma carne, frito nessa ordem e, quando está pronto, misturo o arroz umas duas ou três vezes e desligo o fogo. Único caso em que uso algumas gotas de shoyu, ainda na fase de fritura dos legumes. Brotos de feijão e cogumelos em vez de carne são boas pedidas.
Marcelo Träsel | 17.04.2006, 10:41 | Comentários (1)
Brillat-Savarin e Takeshi Kitano
Para quem fala francês: o que acontece quando se misturam as culturas culinárias européia e japonesa? Que tal um tiramisú de chá e tofu? Mais no Clea's Cuisine.
Marcelo Träsel | 8.04.2006, 14:33
Tutorial do sushi
Sarah Gim publicou a última parte de seu tutorial do sushi no Slashfood. Descubra o que são aquelas uni, ikura e toro no cardápio do restaurante japonês.
Marcelo Träsel | 26.03.2006, 10:01
Aproveite, que a Argentina está barata
A jornalista Fernanda Aldabe andou em Buenos Aires e gentilmente enviou algumas dicas de turismo gastronômico para os leitores deste blog. Confira abaixo.
· O Hotel Alvear tem um dos melhores chás da tarde da cidade. São torradas, geléias, salgadinhos, docinhos, tortas e uma carta de mais de 20 tipos de chás. O Chá Alvear custa 46 pesos e é o mais completo. Tudo é servido fresco, desde o salmão cru dos salgadinhos até o açúcar de confeiteiro que é posto na hora em cima da torta de maçã. Eu recomendo o chá sabor baunilha. O chá é servido das 17 até ás 19 horas, todos os dias. O Hotel fica no bairro Recoleta, na Av Alvear, 1891.
Marcelo Träsel | 22.03.2006, 15:21 | Comentários (24)
Gastronomia até a sétima casa decimal
O Epicurean oferece uma calculadora para transformar diversos tipos de medidas culinárias, como xícaras para colheres de sopa, litros para galões e tudo o mais.
Marcelo Träsel | 15.03.2006, 16:43 | Comentários (3)
Comida indonésia
O Indochef traz algumas receitas clássicas da Indonésia muito bem explicadas, com a vantagem de tecer alguns comentários sobre substituição de ingredientes para quem mora na província e não tem acesso a, digamos, kécap manis, o molho de soja doce típico de lá. O Asia Recipes é feio, mas parece sério e dá algumas explicações extras sobre a cultura gastronômica da Indonésia e um monte de outros países do continente.
Marcelo Träsel | 8.03.2006, 10:21
No Litoral Norte
No próximo verão, quando estiver passando alguns dias no Litoral Norte, faça a si mesmo o favor de jantar um dia no restaurante Gabriela, em Pinhal. A qualidade é razoável e a quantidade é legendária. Um filé a parmeggiana inteiro (R$40,00) alimenta 6 pessoas, com folga. Meia porção é mais do que o suficiente para um casal faminto jantar e ainda ter restos de qualidade para esquentar no forno para o almoço do dia seguinte.
Garopaba bleg - Feedback
Depois de pedir dicas sobre onde comer em Garopaba, achei que era uma boa oferecer um feedback:
Na segunda parte, comentários sobre o Bavária Mar Hotel, onde fiquei hospedado:
Continue Lendo...Cisco | 13.02.2006, 10:46 | Comentários (2)
Outback em Porto Alegre
No Cafeína, a Mirella resenha o Outback restaurante americano-australiano que abriu no Iguatemi de Porto Alegre. Dá vontade de ir, até que o Bruno comenta, e a Cássia confirma depois:
Se o boato for verdadeiro (de que os garçons tentam ser AMIGOS e até SENTAM NA TUA MESA pra te ajudar a escolher), nunca irei.
Assim não pode. Garçons devem ser respeitosos, seguir o cliente quanto ao nível de intimidade e trazer a comida sem pôr os dedos no molho. Mesmo em locais em que sou tratado por nome pelos garçons, cadeira é para cliente. Chamem de conservadorismo, mas só se põe a mesa quem está disposto a rachar a conta.
P.S.: Nos comentários, o Solon (via Mirella) esclarece que ninguém sentou na mesa deles:
Continue Lendo...Cisco | 6.02.2006, 19:57 | Comentários (5)
Garopaba bleg
Em uma semana, devo estar indo de viagem para Garopaba junto com a Karina, o Douglas e a Aline para passar o fim-de-semana por lá. Leitores (e colaboradores) do Garfada, onde vocês sugerem que jantemos por lá? E o que pedir?
Cisco | 3.02.2006, 23:04 | Comentários (8)
Conserva de pimenta: conclusão
A cebola fodeu tudo. A conserva que tinha cebola ficou intragável. A que tinha alho ficou palatável, mas a que tinha só pimenta foi a que se revelou melhor. E vai ficar ainda melhor: decidi deixar fechada e cheia atá a boca uns seis meses.
Hermano | 27.01.2006, 14:14 | Comentários (2)
Conserva de pimenta
Ela olhou pra mim, a bandeja de pimenta, vermelhinha, e não resisti. Está no inconsciente coletivo os milênios que nos separaram desta especiaria, as viagens de desbravamento para melhor dispor delas, o realce dos pratos com seu sabor venenoso incomparável. Comprei as frutinhas, custaram centavos a mais de um real e tinham destino certo: os potes de geléia vazios que estavam dando sopa na prateleira.
Continue Lendo...Hermano | 20.12.2005, 19:18 | Comentários (7)
Natal do povão
Um dos grandes desafios culinários é fazer um prato elaborado para alimentar multidões. Tipo ceia.
Enfrentei odisséia semelhante na semana passada, aquela coisa de confraternização de fim de ano da galera. No menu, entradinhas de festa, como pastinha de ricota e gorgonzola, amendoim e biscoito Torcida, só pra acompanhar a cerveja. E no forno desde às 16h, dois Tender ao molho de laranja, um Chester recheado com farofa de bacon, e um lombinho na mostarda com coentro e limão. Acompanhando tudo isso, arroz com nozes, mais da farofa de bacon, e umas batatas-doces cozidas.
Vamos ao passo-a-passo.
Continue Lendo...Mesa tailandesa
O Thaitable é um dos melhores sites sobre gastronomia por aí. Peter Kuykendall e Natty Netsuwan — esta a cozinheira em si, criada no oriente — não apenas ensinam receitas, inclusive com fotos passo-a-passo, como dão explicações sobre os ingredientes menos conhecidos, oferecem uma busca de mercados tailandeses nos Estados Unidos e dicas sobre como aprender a cozinhar. De acordo com eles, há quatro princípios filosóficos na culinária tailandesa: cozinhe com sua língua; não medir nada; seguir o gosto pessoal; e o dos quatro sabores da comida: "azedo", "doce", "cremoso" e "salgado", mais o suprasabor a que chamam "calor" — ou seja, apimentado.
Marcelo Träsel | 13.12.2005, 22:06
Hiperatividade
Dezenas de receitas com café. Mousse, torta e bolo parecem boas idéias, mas tenho algum ceticismo quanto a pratos salgados que levam café no molho. Sem o açúcar, o grão tende a dominar demais o sabor. Só é estranho não ter a clássica receita de irish coffee.
Marcelo Träsel | 4.12.2005, 21:22
Florianópolis
Algumas considerações gastronômicas sobre minha recente visita a Florianópolis:
— Provei o famoso peixe escalado. Trata-se de peixe salgado e seco em varais, daí o "escalado". Comi no restaurante Chão Batido, em Santo Antônio de Lisboa. Meio decepcionante, na verdade. Diria que faltou tempero no "peixe à Santo Antônio de Lisboa", visto na foto aí ao lado. Estava meio insosso. A receita é uma clássica de bacalhau: cebola, tomate, batata e azeitona, tudo cozido na mesma panela. A moqueca de ostras, mexilhões, polvo e camarões pode ser uma escolha melhor.
Continue Lendo...Marcelo Träsel | 1.12.2005, 18:48 | Comentários (3)
Como decantar vinho
Já que estamos falando em vinho, por que não falar em decantação? Esta matéria do LA Times dá várias dicas sobre o processo. Para os especialistas consultados, qualquer vinho pode se beneficiar da decantação, mesmo os brancos. Basta pegar uma jarra qualquer de vidro ou cristal — materiais inertes — e despejar o conteúdo da garrafa lá dentro um pouco antes de servir. Isto "abre" o vinho, fazendo com que os ésteres que compõem o sabor se libertem com a oxigenação. Evidentemente, pode não ser uma boa decantar vinhos ruins: deixaria o sabor ainda mais forte e ainda pior.
Marcelo Träsel | 24.11.2005, 17:04
Escolhendo vinho com pouca grana
Se também lhe falta a verba pr'aquele magnífico tinto italiano de 1825 que você queria pra usar num molhinho, uma boa dica na hora de escolher vinho vagabundo é privilegiar aqueles de um tipo de uva apenas, fugindo das assemblages.
fred | 24.11.2005, 15:23 | Comentários (1)
Escolhendo vinho pelos fundilhos
Um sujeito se prestou a comprovar que os vinhos mais caros vêm em garrafas com reentrâncias maiores no fundo — se nunca percebeu a reentrância, vá ao supermercado e apalpe os fundilhos das coitadas. Falta descobrir se isso se aplica a vinhos brasileiros. Maiores informações na seqüência.
Marcelo Träsel | 16.11.2005, 0:48 | Comentários (1)
Batata em pó
Com família morando na roça, onde o custo de vida é inevitavelmente menor, aproveito para "encomendar" minhas compras de mês com minha mãe. Assim, economizo uma grana — chega a sair por metade do que eu gastaria se fizesse as mesmas compras no Rio. Mas às vezes tenho que encarar algumas dessas maluquices de mãe, tipo "purê de batata em pó".
Claro que é um lixo. Mas, assoberbado por uma gripe de fim-de-semana, decidi finalmente encarar o pacotinho, sob a desculpa da "comida de doente". Não sem antes separar uma meia dúzia de ingredientes para enriquecer a receita — e que agora compartilho com vocês.
Continue Lendo...fred | 4.11.2005, 10:08 | Comentários (5)
Cozinhando por números
Muito útil o Cooking by numbers. Você marca os ingredientes que tem na geladeira e na despensa. O sistema então retorna diversas receitas possíveis, sendo as que usam menos ingredientes em primeiro lugar. Ótimo para quando você está sem a menor idéia do que fazer e não está com saco de escarafunchar seus livros de culinária.
De vez em quando aparecem receitas como "surpresa de bacon" — que consiste em simplesmente cozinhar as tiras —, ou para "xícara de café", caso tenha apenas café em casa. E água.
Cortesia de Daniel Pellizzari.
Marcelo Träsel | 18.10.2005, 15:08 | Comentários (5)
Festival de temperos
Para quem gosta de comida apimentada, bem temperada e ao mesmo tempo leve, o Indian Food Forever é alegria interminável. Há inclusive receitas com carne, raras de se achar em livros ou sites de culinária indiana, bem como receitas para micro-ondas.
Marcelo Träsel | 6.10.2005, 9:50 | Comentários (1)
Vou lhe fazer um molho que você não pode recusar
Dica do chef Clemenza:
Venha aprender uma coisa. Talvez você tenha de cozinhar para vinte homens ou mais. Comece colocando um pouco de óleo, depois frite o alho. Coloque tomates, massa de tomate, frite e não deixe grudar. Deixe ferver, coloque as salsichas e as almôndegas. Adicione um pouco de vinho. E um pouco de açúcar. Esse é o meu segredo.
Sushi para diletantes
Sarah Gim, do Slashfood, está com uma ótima série a respeito da etiqueta do sushi. Neste segundo texto, ela ensina que deve-se molhar o peixe, NÃO o arroz, no molho de soja. O motivo é que o mais importante no prato japonês é a maneira como o sushiman tempera e prepara o cereal; banhá-lo com shoyu mascara completamente o tempero.
Os textos anteriores versam sobre a diferença entre sushi e sashimi e a pouco conhecida regra de etiqueta japonesa segundo a qual deve-se comer os nigiris, norimakis e quejandos com os dedos.
Marcelo Träsel | 29.09.2005, 20:29 | Comentários (1)
Tomate pela hora da morte
O preço do tomate anda insuportável. Ao menos em Porto Alegre. Um quilo daquela porcaria de tomate longa vida, invariavelmente desidratado e sem sabor, custa entre R$ 2,50 e R$ 3 nos supermercados. O tomate gaúcho não sai por menos de R$ 4. Mas existe uma alternativa.
Continue Lendo...Marcelo Träsel | 28.09.2005, 10:14 | Comentários (13)
Tabela periódica
Em dúvida sobre aquela mostarda aberta há dois anos na geladeira? Ou sobre o óleo de oliva que já fez aniversário? Confira a tabela de condimentos que periodicamente estragam. Cortesia do Mojo.
Marcelo Träsel | 27.09.2005, 10:03 | Comentários (2)
Ah, a eficiência alemã!
Difícil decidir se os alemães que escreveram este artigo sobre as técnicas de preparação e degustação de Weisswürste estão falando sério ou fazendo uma piada muito sutil.
O Artigo, afinal, ensina desde o modo de cozinhar até a maneira de se dar uma mordida na salsicha branca. Leia abaixo como fazê-lo sem danificar a pele do embutido:
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