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ATÉ 2010

E, com uma resenha política, encerro oficialmente este blog:

Tá tristemente previsível o desfecho das eleições municipais na capital nordestina.

Marta começou muito bem surfando na popularidade do Lula e Alckmin ainda era mais conhecido que Kassab. Tudo mudou porque o prefeito soube usar bem a máquina estatal e, no fim das contas, também não fez tanta cagada a ponto de ter a rejeição de uma Marta. A suposta imparcialidade do também muito popular Serra, que não fez campanha nem para um nem para outro, minou a campanha do Xuxu, que era muito mais conhecido mas sempre teve o problema da falta de carisma.

Aqui um parêntese para o interesse do Serra na história. Não interessava a ele que Alckmin se fortalecesse nestas eleições porque poderia criar uma disputa interna no partido para a indicação à candidatura presidencial de 2010. Com um correligionário melhor na disputa, Kassab, Serra fica muito melhor que com mais um tucano bem cotado para 2010. Agora, Serra só precisa cuidar de acomodar o Aécio e está tudo bem.

A melhor estratégia para Xuxu era ter ficado quietinho e aceitado Kassab na cabeça de chapa do PSDB com ele de vice, para poder se candidatar a governador em 2010 com o Serra para presidente. Mas adivinhem só: ele não confia no Serra. Eu também não confiaria.

No fim, Kassab cresceu muito e vai para o segundo turno com Marta, que já está cacarejando de medo. Aposto que o prefeito vai dar uma sumanta de relho na Marta no segundo turno, juntando quem votou no Xuxu no primeiro. Acho ótimo, primeiro porque vai ter borrachada na cara de camelô por mais quatro anos, mas também porque dá um sacode no Lula - já sem a mesma capacidade de eleger o poste que achava-se que ele tinha.

Vai ser bom ter o Serra como presidente em 2011.

Boa sorte pra todos.

17/09/2008 23:08    | Comentários (3)


MEGADÉTI EM PAULO OU SONHO TARDIO REALIZADO

Metal sem nenhuma concessão por 30 minutos sem parar sequer um tempo entre uma música e outra. Pout pourri de 5 faixas de diversos álbuns, creio que dos mais novos porque não conhecia nenhuma. Estava um pouco constrangido, sentado no camarote, e não conseguia me mexer muito. Bruno também dava a impressão de se conter. O som me pareceu bom, percebia todos os instrumentos com nitidez. O público reproduzia os acordes com a voz. O baixista apontava o braço do instrumento para cima, numa pose. Dave Mustaine balouçava a cabeleira constrangedoramente volumosa à lá Renata Sorrah. Deu um "good evening" só depois de destroçar tudo por mais de meia hora. Foi até a mesa de som e fez gestos ameaçadores para o técnico. Tocou uma música inteira olhando para a direção da mesa. No meio de uma faixa, deixou os outros tocando sozinhos e saiu do palco sem uma palavra. Os instrumentistas ainda se mantiveram tocando, meio desnorteados, para seguirem o mestre pouco depois. Mais alguns minutos, um sujeito chega ao microfone e explica que a banda voltará após alguns minutos "por prblemas técnicos". Os jovens entoam coros de revolta contra o
Credicard Hall.

(Fim da parte 1)

07/06/2008 14:13    | Comentários (8)


HAMLET, O REPÓRTER

Uma ausência tão longa só poderia ser quebrada por uma história que valesse a pena. E é exatamente isso que a história de Hamlet é: uma história que vale a quebra de um silêncio de mais de dois meses.

Conheci Hamlet em uma dessas pautas em frente ao Deic. Me chamou atenção que ele, um cara que já foi loiro e hoje é grisalho, chamava aos homens "canalha" e às colegas de "criança", toda vez no tom mais sério que se pode imaginar.

Hamlet naturalmente não se chama Hamlet. Este foi o nome que dei a ele, sequer lembra em absoluto o original. É para preservar a identidade deste repórter, que existe mesmo.

Existe tanto que o governador José Serra, o Nosferatu, conhece Hamlet pelo nome. Na terceira vez em que o repórter insistiu na pergunta o governador, virou-se irritado para Hamlet: "o que é, fala Hamlet" e respondeu direitinho a pergunta.

Repito, o governador de São Paulo sabia o nome do repórter.

Na verdade, acredito até que foi uma forma de intimidar, porque não duvidaria que o próprio governador saiba da maior excentricidade do Hamlet: ninguém, absolutamente ninguém, sabe onde ele mora.

Isso ele contou às gargalhadas enquanto esperávamos o governador em uma coletiva.

"Ligaram para o meu celular da redação. Eu não atendi, normal, estava fazendo outra coisa. O chefe de reportagem falou 'ah, é? vamos ver se não vai me atender.' E mandou um carro ir na minha casa me buscar."

"Os motoristas todos disseram 'mas a gente nunca pega o Hamlet em casa, ele sempre combina em um lugar perto, sempre num ponto diferente. Ninguém sabe onde ele mora.' O cara espumava, ficou três meses sem falar comigo e ainda me deixou 40 dias morando em Cuiabá."

O Hamlet. Cheguei a ficar orgulhoso quando vi ele se abaixar para ver o que eu estava falando pra uma assessora da presidência. Como todo diabo velho, não despreza nenhuma concorrência.

25/03/2008 22:58    | Comentários (3)


BRIZOLISMO EM CONGONHAS

O gaúcho é melhor em tudo e sabe disso. Ele só tem um problema: precisa que os outros reconheçam sua superioridade, ou pelo menos tenham consciência da inferioridade de não compartilhar do nascimento na mesma latitude.

E não é qualquer um dos patrícios que serve, não pense que o gaúcho se sensibiliza com o catarinense que toma chimarrão e torce pelo Inter ou o nordestino que reconhece na picanha mal passada uma alternativa mais saborosa à carne de sol.

Não. O gaúcho precisa que um paulista ou um carioca renda-se à sua superioridade moral e cultural de nascido na latitude boreal e incentive no bom sentido um separatismo. Por isso, sempre que tem oportunidade, desfralda a bandeira verde-amarela com a faixa vermelha e o brasão no meio, leva o chimarrão e a Zero Hora pra praia em Copacabana e, dependendo do calor do momento, canta a plenos pulmões o hino.

Foi o que aconteceu ontem, no protesto das famílias do acidente da TAM. Tudo ia muito bem, as pessoas aderiram ao protesto, gostaram, se identificaram com a causa. As crianças, risonhas, repetiam o mantra “JUS-TI-ÇA”, “VER-DA-DE”, repetido incansavelmente num coro de arrepiar. O balcão fechou e quem estava no check-in chorou em solidariedade às 199 almas que há 6 meses tinham se evaporado nas chamas do acidente.

Foi então que alguém puxou o “COMO A AURORAAAAA, PRECURSOOOORAAAAAA”. E a dor imediatamente se tornou pastiche, o protesto empastelou. Já não era mais um protesto de relevância nacional, era o Rio Grande em choque pedindo explicações ao resto da gentalha que mora no norte.

Um pouco da seriedade daquela manifestação de arrepiar se foi nas primeiras estrofes do hino riograndense. E o pior é o repórter ter que confessar que cantou junto.

21/01/2008 19:29    | Comentários (9)


METRÓPOLE GOSTOSA

Faz exatos sete anos que vim pela primeira vez passar uns dias em São Paulo. Tive na ocasião uma boa e falsa experiência. Quem visita a cidade nestes feriadões prolongados não consegue acreditar nos relatos funéreos de ar irrespirável, fluxo estagnado de veículos e restaurantes botando gente pelas. Acha que é apenas mentira ou exagero de quem mora aqui. Acha São Paulo uma cidade GOSTOSA.

É nestes dias de ar puro que tu te dá conta da merda de vida que leva aqui. Depois de um dia inteiro sem fluxo exagerado de veículos na Marginal e um temporal para completar a limpeza tu consegue sentir o cheiro da grama num trajeto pelo qual tu passa todo dia. E tu te dá conta de que já acha normal aquele cheiro de diesel queimado com mijo e merda que tu cheira todo santo dia. Garanto que até meu material fecal daria positivo para óleo diesel. Respiramos, comemos e cagamos este ar empesteado.

Tenho a impressão de que a São Silvestre é realizada no dia 31 justamente por causa disso. Para não contaminar os atletas durante o trajeto. Nós que moramos aqui estamos condenados a viver neste lixo. E aquela mentira que nos contaram, que a vida aqui é mais estimulante e rica, não passa de uma falsa impressão de quem não conhece a METRÓPOLE GOSTOSA tanto quanto deveria. Ou não deveria.

31/12/2007 15:56    | Comentários (9)

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