CIDADE MARAVILHOSA
A limpidez do ar foi uma coisa, assim, notável pelo olfato, pela visão e até pelo tato. Foi abrir a atmosfera do avião para o ar de fora que a quentura das turbinas deu lugar a uma coisa que fazia tempo. AR CONTINENTAL. E numa temperatura civilizada. A elegância mais uma vez substituiu o derramamento de suor e pude estrear meu terno, que agradou alguns e a outros não no meu churrasco de boas vindas na maravilhosa Ravenna. Todos ainda estão aqui e bem, alguns apenas acompanharam meu envelhecimento sutil e o aumento de peso não tão sutil, no meu caso. É bom revê-los.
E, na chegada, aquele terminal novo e limpo com aquele enorme PORTO ALEGRE em caixa alta. Sacanagem, precisou grudar os olhos na janela para o cara do lado não ver que eu mal conseguia segurar uma agüinha que brotava do olho.
Rodar e andar para descobrir que a cidade que te viu crescer é a que merece te ver envelhecer. Mas será que vou envelhecer já? O frio, este edredon e o chimarrão devem estar me dando idéias de vô. Mas ah, se Porto Alegre fosse sempre como no outono e o verão não existisse. Reatava já.
21/05/2005 18:59 | Comentários (7) | TrackBack (0)