Escaldado pelos constantes chutes do aeroporto por conta de vôos lotados adotei desde hoje a estratégia de pegar o primeiro vôo do dia, seja ele via São Paulo ou não. Havia três saindo por volta das 7h: dois para Congonhas e um para o Galeão. Não há possibilidade de sobrar, pensei. O check in da Varig recebia uma multidão de rodoviária em véspera de feriado mas, de fato, pude pegar um dos vôos para a Paulicéia.

No ar, cumprida a hora e pouquinho regulamentar, estranhei que a aeronave não fazia a aproximação, muito pelo contrário: ficava zanzando de um lado para outro. Em alguns minutos a explicação, bem frisada:

- Informamos aos senhores passageiros que um vôo da TAM congestionou o espaço aéreo de São Paulo por conta de uma emergência. Assim que a aeronave da TAM pousar em Guarulhos, a situação deve se normalizar.

Não havia qualquer necessidade de citar a companhia aérea, mas o piloto, com um claro sotaque gaudério, não perdeu a oportunidade. Ele também agradecera em nome da "nossa Varig" a escolha.

Perdeu-se nesta brincadeira de esperar o avião finalmente pousar e pegar logo em seguida a ponte-aérea umas 3 horas. Mal sabia eu que toda a cidade de São Paulo enfrentava engarrafamentos e atrasos monstro. Ao pedir informação sobre atraso dos vôos a uma funcionária TAM, o troco do outro pólo:

- Queira digirir-se a um funcionário Varig, nós somos da TAM.

Eu gostava bem mais quando havia operação conjunta.