EU JÁ SABIA
Mas não podia deixar de ver Brown Bunny pelo fator nostalgia das estradas americanas. Nenhum dos trajetos é plenamente familiar (não passei por Ohio, única divisória de estado que aparece) e as paisagens tampouco são recorrentes - com exceção dos subúrbios de Los Angeles. Mas todos os referenciais estão lá: os postos, os motéis de rede, as lanchonetes de rede, as resting areas.
E o valor do filme acaba aí.
De resto é uma demorada punheta de uma hora e meia: como Vincent Gallo é cool com seu visual sofrido, seus olhos fundos em olheiras, seu cabelo desgrenhado de integrante dos Strokes e toda a roupa cool entre o cowboy e o junkie. Ah, e ele tem uma moto, é corredor. Até o pau do Vincent Gallo é cool e a porra dele merece o mais cool dos destinos: a boca da Chloë Sevigne. Previsível, com recursos primários e a coroação: depois de todos os créditos do início (produced, directed, edited) no final sobe um "photography director: Vincent Gallo". Toda a pequena sala do Estação Botafogo gargalhou.
17/06/2005 00:11 | Comentários (5) | TrackBack (0)