É um prazer aventuresco este de cruzar a Linha Vermelha até São Cristóvão e depois pegar a SUBURBANA em direção ao INFINITO. Quando não é pra fazer um concurso, claro. Desta vez era simplesmente fazer a devolução da fantasia de minha mãe e uma rápida confraternização com aquela gente boa e via de regra acima do peso (excesso de alegria). Mas tinha a festa junina da Caprichosos e fomos ficando, ficando. Aviso que a melhor sopa de ervilha do mundo se encontra na barraca das baianas de Pilares: cheia de coisas boiando, bem temperada, por dois míseros reais que ainda ajudam a fazer o carnaval. Dissertando ainda sobre os quilos a mais dos suburbanos, é interessante a observação: apenas as garotas muito novas ainda estão razoavelmente em forma, mas já se nota a barriguinha de ceva saliente. Maduras, estarão todas umas matronas gordas, sorridentes e convidativas. Por aquela sopa de ervilha acho que vale a pena.

O clima de festa de interior é total: um ginásio com pessoas de todas as faixas etárias de divertindo indiscriminadamente, bebendo e enchendo a pança. Quase ninguém fumando, ou melhor, acho que ninguém. A Nova Schin tem contrato com a Caprichosos como tem com boa parte das Oktoberfests do interior do Rio Grande. Tudo muito familiar, muito organizado e ainda respeitado pelos traficantes locais, que terminariam violentamente com a vida de qualquer um que se aproveitasse da presença de visitantes da Zona Sul para ganhar uns cobres desonestos. Percebe-se que a nossa visita é muito importante. Sentem-se bem de mostrar o lugar onde moram aos visitantes dos lugares onde trabalham e visitam. São só sorrisos e gentilezas, entre o chope e um passo de dança melhor ou pior ensaiado. São muito, muito felizes com o que têm.

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Para contrastar, hoje à tarde peguei uma praia na Barra com uns amigos paulistas. Chope garoto a R$ 3 no quiosque da frente do condomínio onde o Romário mora. É bonito, afinal é Rio, mas não tem tanta VERDADE.