APETITE POR ROUBADA
Hoje sentei para tomar café com uma amiga de São Paulo e trocamos umas figurinhas sobre nossa vivência em grandes empresas de comunicação. Ela trabalha numa grande empresa da capital paulista e eu trabalhei na única empresa grande de comunicação do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O que temos a acrescentar um ao outro? Nada, foram exatamente iguais, sendo que a única diferença é que eu saí para não morrer e ela está se consumindo nesta vida provavelmente sem nem se dar conta há mais de sete anos, se não me engano.
Para que houvesse uma primeira promoção na sua área, o banco de dados, ela esperou pacientemente mais de dois anos - três, se ouvi bem. Eu enlouqueci antes disso e abandonei com dois anos e um mês de serviço. Ela viu o próprio salário triplicar em dissídios trabalhistas, exatamente como todos os funcionários de uma empresa de comunicação que têm esta sorte. Sobre PPRs nada me falou. Este é outro mimo que já vi acontecer - não para mim naturalmente. Não tive a indelicadeza de perguntar valores brutos, mas eu imaginei. Tampouco perguntei e vou me abster de comentar se ela está satisfeita com o que ganha.
Como já comentado estou de muda para São Paulo, onde vou tentar exatamente a única coisa que me dá tesão em termos profissionais: voltar para a redação de um grande jornal. Mais uma vez assusta toda a lembrança de condições, mas deve haver algum masoquismo dentro que pede por isso de novo. É muito estranho.
26/07/2005 00:37 | Comentários (4) | TrackBack (0)