ÓCIO CADA VEZ MENOS CRIATIVO
Ontem e hoje. Ainda bem que os filmes brasileiros são bons, porque todo mundo paga por eles toda vez que vai abastecer o carro, ou pagar a passagem de ônibus ou indiretamente em tudo, pois gasolina e economia estão atrelados. Mas deixando o azedume, Cinema, Aspirinas e Urubus é do caralho no sentido exatamente oposto ao de que Cidade Baixa é do caralho: o primeiro é seco como o sertão, o outro é úmido, pegajoso, cheio de salitre como cidades litorâneas. E é impressionante: não existe um filme sem pelo menos uma gostosa. Não acontece. Tem que ter pelo menos uma gacta. No caso de Cidade Baixa, Alice, sobrinha da Sonia Braga e filha de Ana Braga (Embalos Alucinantes e O Beijo da Mulher Aranha) mata a pau com uma beleza extremamente fubanga, exalando CX (cheiro de xeca) a cada cena. Lázaro Ramos e Wagner Moura fazem uma dupla de ataque perfeita, com 100% de aproveitamento e a cena de briga mais real que eu já vi. Cinema, Aspirinas e Urubus se destaca também pela excelência das atuações e por ser uma ode à higiene. Os estudantes de cinema devem estar adorando, é quase cinema mudo.
28/12/2005 19:38 | Comentários (2) | TrackBack (0)