PESTILÊNCIA
1) Armas biológicas - Carol acordou com espasmos estomacais. Mesmo assim, levei-a ao trabalho. No trabalho, a situação piorou. A chefe queria um atestado para liberá-la. Fomos ao Santa Paula, hospital chique da Vila Olimpia. A demência moral sempre ululante fez com que se esperasse muito mais do que seria decente para quem paga por um plano de saúde. Li uma Veja inteira esperando (uma reportagem tratando de pesquisas uspianas sobre seqüelas de uso de drogas me foi particularmente interessante). Com um buscopan na veia e satisfação inexplicável expressa no sorriso, explicou que era a décima quinta pessoa a ser atendida naquela emergência com os mesmos sintomas.
2) Armas químicas - há mais ou menos duas horas um odor de derivados de plástico em chamas paira no ar.
3) Demência moral - mesmo com o tráfego incalculável de veículos e os constantes acidentes não se convencem da necessidade do recapeamento total e duradouro das marginais. Deve durar mais que um ano eleitoral as obras, claro. Que dúvida.
4) Povo culto - acompanharam uma mulher no Fla-Flu pra passar depois no Jornal Nacional. Ela levantou, abaixou. Vibrou com o gol do Fluzão e chupou os dentes no do Mengão. Passou batom no intervalo.
5) Geração promissora - Ao contrário da opinião do salvador, as imagens do resgate da piveta que foi jogada na lagoa da Pampulha só provam que Deus não existe, só foi criado pra justificar o salvamento de Moisés, que também pescaram do Rio Nilo. A história dele era bem melhor, isso pra não falar que naquela época era bem mais fácil de acreditar em alguma coisa.
31/01/2006 01:10 | Comentários (3) | TrackBack (0)