CADERNINHO DE PLÁSTICO
Quanto mais muda mais continua a mesma coisa. O caderninho que se usava em supermercados de antigamente hoje em dia virou o cartão de crédito das grandes redes de supermercado. Todas tem o seu, Carrefour, Cia Brasileira de Distribuição, Wal-Mart e até a pequenina Zaffari possui o seu dinheiro de plástico. Todos com a mesma condição, até 40 dias sem juros (dependendo do dia da compra) e juro de 2,99% ao mês em caso de parcelamento ou atraso no pagamento. Não há escolha para quem não dispõe de dinheiro vivo: é ter ou ter. Com taxas de 7,90% no cheque especial e 4,80% no empréstimo pessoal (valores de maio para clientes do Banco do Brasil), os bancos praticamente te empurram para os cartões de crédito de supermercado (que já espalharam a tendência para os postos de gasolina, que também já têm os seus cartões de juro zero). Fideliza o cliente. Ou melhor, praticamente o escraviza.
Mas eu entendo as taxas de juro brasileiras. Faz parte da cultura da gastança sem critério, sem respaldo e sem conseqüência. Botassem as taxas de juro no patamar em que é nos EUA (5% ao ano) e em pouco tempo a maioria absoluta da população estaria endividada até os tubos e o país quebraria. Já é assim com o crédito caríssimo de hoje em dia, imagine-se com um crédito diferente.
Há que se observar um ponto positivo nesta onda do dinheiro de plástico. É cada vez menos necessário o contato direto com o dinheiro de papel. faz muitos dias que não tenho o desprazer de pegar numa nota imunda de dez reau. Que bom.
20/05/2006 19:41 | Comentários (13) | TrackBack (0)