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FUSÕES E AQUISIÇÕES

Confesso que me perturbou a venda da Ipiranga para a Petrobras e parceiras. É inevitável uma reflexão do tipo "onde isso irá parar?". Não pára, evidentemente. A concentração de recursos atropela qualquer barreira que se impuser a ela. Um tal Galló falou à Zero Hora sobre a desgauchização das empresas, que levará à internacionalização das mesmas. Seria até um fenômeno interessante e positivo se não implicasse em otimizações de custos de produção. Em uma palavra, demissões. Água morro abaixo, fogo morro acima, mulher querendo dar e empresas gigantes ficando cada vez mais gigantes: simples forças da natureza com as quais é melhor interagir com cuidado.

No caso específico da Petrobras o medo é ainda maior por se tratar de uma estatal. Se não é possível nem conter o apetite de uma estatal, o que resta de moral ao governo, ou melhor ainda será mesmo que esta empresa ainda pode ser considerada estatal?

Entenderia perfeitamente se se tratasse de uma empresa em dificuldades. Normal, a melhor forma de sanar uma empresa endividada é vendendo e liquidando, mas não, era uma empresa em perfeitas condições, lucrativa, tradicional. Uma das dez marcas mais valiosas do Brasil. Tal foi o caso da Garoto comprada pela Nestlé, da Antarctica comprada pela Brahma, de tantas outras. Empresas indo bem que se venderam pela oferta irrecusável, rendendo-se à assustadora força humana da concentração de recursos.

Quando não acontece a venda propriamente dita, vende-se o controle acionário. Diz-se que a Cia. Brasileira de Distribuição, ou Pão de Açúcar e cia, que se diz orgulhosa de ser brasilaira, está desde já nas mãos da francesa Casino, que mantém por enquanto Abílio Diniz por pura conveniência. Quando quiser chutar o bilionário, chuta. E não imagino algum momento depois de 1990 em que a rede tenha estado em qualquer dificuldade.

Tudo isso me alarma e deprime. Dá um sentimento ruim de que está tudo nas mãos de poucos. E isso não é nem vestígio de um pensamento esquerdista. É mais uma nostalgia patriótica. Ingênua, como qualquer nostalgia.

20/03/2007 18:02    | Comentários (6)

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