Links
Colorado
Cardosonline
Malvados
Kibeloco
Superguidis
Andriobueno
Quico
Carmencita
Secosenolhados
Pulhas
Thainá
Vegetariano
Vianamoog
Benvinútil
Loshermanos
:-L
:-L 2
Parada
Fred
Baianos

Arquivos
« A MENINA SEM ESTRELA* | Home | CATARRO »


FACA NA BOTA

Não que alguém se importe, mas tenho postado menos aqui também por ter me envolvido em uma nova tradução. Trata-se de um estudo revisionista que tem por objetivo contestar a imagem pré-histórica que atualmente temos de uma sociedade de núcleo familiar nos mesmos moldes da atual, ou pelo menos da que a sociedade no Ocidente teve até o século passado. Faço esta ressalva porque já em muitos casos não existe mais a centralização da figura autoritária e provedora no pater, a reação feminista inaugurada nos anos dourados e a tradição italiana das matronas muitas vezes tem criado exceções. E já tem tempo que é um assunto muito trendy este da liberação feminina, mulheres de meia idade adoram. Relembra sua juventude de queimar sutiãs em passeatas, do tempo em que ainda podiam recusar propostas ao invés de ter que pagar por sexo. Enfim, o revisionismo em favor de qualquer "minoria" é politicamente correto ao extremo, além de vender bem.

Mas tergiverso. A inspiração deste post veio de finalmente ter assistido na TV ao blockbuster feminista, filme de cabeceira de toda mulher moderna e vencedora. Como todos que viram sabem, Erin colocou três filhos no mundo praticamente em seqüência e, empurrada pelas dificuldades financeiras, abandona os moleques na mão do primeiro motoqueiro que conhece (um motoqueiro MODERNO, que aceita o papel de babá e empregada em troca de matrimônio e sustento, assumindo as tarefas domésticas) e acaba vencendo no mundo profissional apesar de todo o seu despreparo, sua falta de educação e mesmo com o obstáculo de sua notável beleza física - é preciso ser ainda mais brilhante para que os homens deixem de notar seu belo corpo para que prestem atenção no que uma mulher está falando. Uma trama absolutamente afim com os ideais feministas. Só faltava Erin deixar cabelo crescer no sovaco, mas ao invés disso ela apenas insulta seus colegas de trabalho e seus chefes para conseguir se impor neste mundo machista e opressor quando eles demonstram desconforto em relação a suas vestes.

O grande problema das feministas é exatamente esta paranóia da falta de classe. Partindo do princípio que todos os valores da sociedade machista são contestáveis, dão de ombros para a boa educação. No afã de contestar tudo o que levou a esta suposta situação de subalternidade, reviram tudo, até as mais sagradas instituições, até os símbolos mais ternos. Quem já foi ao impressionante Museu de História Natural de Nova York fatalmente se lembrará deste diorama. É uma bonita imagem que ilustra a descoberta de pegadas fossilizadas no Quênia, uma trilha de hominídeos chamados Australopitecos, ancestrais nossos ainda do gênero dos macacos. Mostra a interpretação que paleontólogos fizeram da descoberta: um casal de humanóides fugindo de uma erupção vulcânica, com o macho abraçando a fêmea em uma atitude de proteção. Bonito, não é mesmo? Para estudiosas feministas, apenas um vil exemplo do machismo, uma imagem derivada da expulsão de Adão e Eva do paraíso.

É por estas e outras que faço questão de não respeitar nenhum movimento de contestação. A base destas iniciativas não é nunca a busca da igualdade, mas um revanchismo mesquinho, imensamente pior que a própria ordem institucionalizada das coisas, lixo contra o qual já falei muito e ainda falarei bastante, mas não agora. Por ora, apenas deixo o recado: feministas do mundo, aproveitem o falocentrismo social para dar umazinha.

18/04/2007 16:06    | Comentários (11)

resolución 800x600pxs con browsers de la familia Mozilla ||| hermano ponto freitas arroba gmail ponto com