« setembro 2007 | Principal | novembro 2007 »
SORTE DE INICIANTE
Nada mal ter o rabo virado pra lua de cair um assunto importante no teu colo logo no primeiro dia em uma nova função e virar logo uma manchete.
27/10/2007 17:45 | Comentários (4)DO LADO ERRADO DA FRONTEIRA
Mais uma daquelas notícias que mostram nossa inferioridade moral incomensurável perante os irmãos da banda de lá. Resta pedalar, gingar e sambar, enquanto eles lá servem de modelo a toda a terra.
25/10/2007 23:23 | Comentários (2)ATAQUES À ÉTICA DA CONCORRENTE: APENAS A MÁSCARA DA GUERRA PELO ANUNCIANTE
(Texto opinativo para um teste feito hoje. Gostei do resultado.)
Não é a primeira vez que a Rede Globo tem sua hegemonia ameaçada. Entretanto, a atual ascensão da Record, é, provavelmente, o ataque mais sério que a (chamada entre os profissionais do meio) “toda poderosa” já sofreu ao seu monopólio de décadas na TV brasileira. Desde que a novela Pantanal atingiu recordes de audiência pela extinta Manchete, em 1990, obrigando mudanças na grade de programação, a emissora fundada por Roberto Marinho não via uma concorrência tão consistente.
Desta vez, no entanto, o ataque não vem apenas pelo front do entretenimento. A rede da Igreja Universal investe pesado no telejornalismo, adquirindo emissoras regionais, como a tradicional Caldas Júnior, no Rio Grande do Sul, e inaugurando, há uma semana, o primeiro canal exclusivamente de notícias 24 horas e em sinal aberto, a Record News. O investimento no novo canal chegou a R$ 7 milhões. A intenção é clara: ganhar credibilidade.
Ao contrário de outros momentos, em que a Rede Globo encarou com empáfia de gigante as perdas de audiência, desta vez partiu para o ataque. Dias antes da estréia do novo canal, o vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo, Evandro Guimarães, foi pessoalmente a Brasília reclamar que, com o novo canal em rede aberta, a Record passaria a operar dois canais de televisão na mesma cidade, a capital paulista. Uma violação da lei. O ataque vai direto ao grande diferencial do novo produto oferecido pela emissora da Barra Funda: a gratuidade.
A partir da veiculação do fato na Folha de São Paulo, os ataques passaram a ser públicos. Na inauguração de sua nova TV, o bispo Edir Macedo (chamado de “empresário” pelo mestre de cerimônias Celso Freitas, arrancando risos da platéia de jornalistas), com o presidente Lula ao lado, prometeu o fim do monopólio global. Anteriormente, em editorial lido no principal telejornal da Record, o mesmo jornalista Celso Freitas já havia dito que a “atitude vergonhosa” da Globo só teria servido para constatar que “o país mudou”. A Rede Globo rebateu, limitando-se a uma nota via assessoria de imprensa, afirmando que o ataque não surpreendia vindo de uma organização que “lucra pela manipulação da fé religiosa”.
Princípios éticos à parte, o certo é que, ao atacar as bases morais da outra, as emissoras estão brigando pelos anunciantes. Em setembro circulava, entre profissionais do meio e em veículos de comunicação, peças da Rede Globo destacando que seus índices de audiência regionais ainda são imbatíveis. A briga pela audiência tem um personagem final, o anunciante. E podemos ter certeza que, goste ou não de Edir Macedo ou de sua igreja, o anunciante já comemora o fato de ter mais uma grande emissora onde expor seu produto.
04/10/2007 18:21 | Comentários (1)SOLTA O VERRRBO
Um pouco de preconceito bairrista, bobo e irresponsável, para lembrar os velhos tempos de COL.
É um choque diário a tranqüilidade com que pessoas oriundas de localidades rurais (e às vezes até bem urbanas) pronunciam o erre em português da forma como americanos fazem. Tenho uma contração cardíaca e quase desfaleço a cada vez em que acontece. E como acontece. É impossível simplesmente deixar passar. É uma aberração. E é uma aberração praticada por no mínimo metade da população do estado mais rico do país (entre muitos outros). Até no Rio Grande do Sul conheci muitos que orgulhosamente enfiavam a língua nos dentes para assassinar a letra erre. E haviam nascido no Passo D'Areia, de onde jamais saíram. Era pura e simplesmente um capricho falar errado.
Hoje fui a uma coletiva com uma das forças policiais mais respeitadas do Brasil e a autoridade que falava era um delegado de Marília. E dá-le a falar em protegerrr, apurararrr, investigarrr, reprimirrr.
- Doutor, o senhor não se envergonha de falar assim?
Esta era a única pergunta que me ocorria fazer. Ô, dotô. Fala direito, meu.
A mesma coisa acontece com outros sotaques. Não dá pra encarar com muita seriedade um sujeito explicando algum procedimento complexo em carioquês. "Ô, merrrmão, vá cuidarr di suash putash". Mas é ainda um sotaque que guarda certo senso de humor, certo charme. Nada, nenhuma facilidade de expressão, beleza estética, origem étnica, referência histórica justifica a pronúncia do erre generalizada no interior e capital de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e até algumas partes do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ou estou errado? Por favor, me dêem alguma justificativa para o sofrimento diário de ver pessoas falando desta maneira lamentável.
03/10/2007 20:48 | Comentários (12)