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O argentino Guillermo Stábile marcou seu nome na história dos mundiais ao tornar-se o goleador máximo do torneio de 1930, realizado no Uruguai, quando a sua seleção alcançou o vice-campeonato, perdendo a final para os anfitriões. Ele marcou 8 gols em 4 partidas. Nessa mesma competição, ele se tornou o primeiro jogador a marcar 3 gols em uma partida de Copa (nos 6 a 3 impostos pela Argentina sobre o México).
Stábile nasceu em Buenos Aires em 17 de janeiro de 1906, mais precisamente no Barrio de los Corrales. Desde pequeno, detacou-se por sua agilidade e velocidade, adotando a posição de ponteiro direito. Sua primeira equipe foi o amador Sportivo Metán.
Guillermo Stábile
Em 1924, ele foi descoberto por olheiros do Huracán jogando nas ruas da capital argentina. Nesse mesmo ano, ele alcançou a titularidade da equipe e logo na primeira temporada anotou 48 gols. Em 1928, Stábile levou o Huracán a conquistar o campeonato, marcando 28 gos (10 nas últimas quatro partidas) e formando uma linha ofensiva legendária com Loizo, Spósito, Chiesa e Onzari.
Guillermo Stábile estreou pelo selecionado argentino em 1926. Apesar de não ter muito apuro técnico, sua excepcionalidade baseava-se na velocidade, que permitia sua passagem pelos defensores com grande facilidade. Além disso, era um artilheiro nato. Depois do mundial no Uruguai, foi para o Gênova, da Itália.
Stábile marca contra os EUA
em 1930
Em 1935, foi contratado pelo Nápoli. Dois anos depois, transferiu-se para o Red Stars, da França, onde encerrou sua carreira. Stábile foi sempre ídolo nos clubes onde passou. Após pendurar as chuteiras, dedicou-se à carreira de treinador, dirigindo equipes como Huracán, San Lorenzo e Estudiantes. Comandou ainda o Racing, onde foi campeão em 1949, 50 e 51.
Stábile também foi técnico da seleção argentina, levando a equipe a conquistar a Copa América em 1941, 1945, 1946, 1947, 1955 e 1957. Nessa última conquista, o ataque era formado por Maschio, Angelillo e Sívori. Comandando o selecionado em 127 partidas, venceu 85 e sofreu 25 derrotas. Em casa, perdeu apenas um jogo, por 3 a 2 frente ao Brasil em 1940.
Quando deixou a seleção, passou a dirigir a Escola Nacional de treinadores até sua morte, em 27 de dezembro de 1966.
Saudações,
Douglas Ceconello.