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Ele foi o único jogador uruguaio a disputar quatro mundiais, em 62, 66, 70 e 74. Ironicamente, a melhor posição alcançada foi na Copa do México, onde se machucou na estréia e desfalcou o selecionado charrua pelo resto do torneio. Nascido em Salto, a 3 de dezembro de 1942, Pedro Rocha é um dos maiores nomes do futebol uruguaio e um dos ídolos máximos do Peñarol.
Começou nas categorias de base do clube e aos 17 anos já era titular. Inicialmente, jogava como centroavante, mas depois foi recuado para a meia-cancha, onde passou a envergar a jaqueta 10. Pedro Rocha converteu-se em um dos maiores artilheiros do Uruguai na década de 60, ganhando a liga nacional, a Libertadores e batendo Di Stefano e seu Real Madrid na final do Mundial, em 1966. O Peñarol bateu os espanhóis por 2 a 0 nas duas partidas.
Pedro Rocha
Em 1968 a Fifa indicou-o como um dos cinco melhores jogadores do mundo. Em 1971, transferiu-se para o São Paulo, clube que defendeu até 1977 e onde conquistou dois campeonatos paulistas e um nacional. Destacava-se por uma excelente visão de jogo, condição física irretocável e arremate forte. Quando saiu do Morumbi, passou por Coritiba, Palmeiras, Bangu, Monterrey e Al Nasser, clube em que encerrou a carreira em 1980, aos 38 anos.
Pela Celeste, jogou 75 partidas e marcou 16 gols. Em mundiais, atuou em 10 ocasiões, anotando um gol.
Saudações,
Douglas Ceconello.
Gol de Rocha
Foi em 1969. O Peñarol jogava contra o Estudiantes de La Plata. Rocha estava no centro do campo, de costas para a área adversária e com dois jogadores em cima, quando recebeu a bola de Matosas. Dominou-a com o pé dierito, com a bola no pé se virou, enganchou-a por trás do outro pé e escapou da marcação de Echecopar e Taverna. Deu três passadas, deixou para Spencer e continuou correndo. Recebeu a devolução pelo alto, na meia-lua da área. Matou a bola no peito, soltou-se de Madero e de Spadaro e disparou de voleio. O goleiro, Flores, não viu nem nada.
Pedro Rocha deslizava como cobra no pasto. Jogava com prazer, dava prazer: o prazer do jogo, o prazer do gol. Fazia o que queria com a bola, e ela acreditava totalmente nele.
[Eduardo Galeano - Futebol ao sol e à sombra - L&PM Pocket - página 128]
Me lmebro uma vez quando ele disse que na Copa de 74 ele recebeu a bola e quando ergueu a cabeça só via camisas laranjas ao seu redor e pediu pela sua mãe.
Publicado por: Fabricio Grzelak em abril 23, 2006 5:18 PM
Spencer, um 9 de excelência, uma espécie de Weah dos 60, quando o Equador apenas figurava nas Eliminatórias e Copas América. Não se candidatou a presidente, mas foi bicampeão da Liber e um Mundial.
Não se fazem mesmo mais Bilardos como antigamente. Tanto que mesmo com o golazo, La Plata rugiu e pintou a América de vermelho.
'Fútbol a sol y sombra' é um baita livro. E Galeano é mesmo um cara a se considerar.
Publicado por: Vitor VEC em abril 24, 2006 10:13 AM
Confere aí, mas eu acho que o Di Stefano já tinha pendurado as chuteiras e virado treinador em 66.
Em 69, ele ganhou o título com o Boca dentro do Monumental.
Publicado por: Vitor VEC em abril 27, 2006 10:48 AM