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Sim, buscando entrar no mercado paulista 'por cima', tomei minha primeira atitude semelhante aos mais famosos do meio esportivo de lá.
É que desde domingo, 30 de abril, estou oficialmente ligado ao futuro do Juventude nos próximos 2 anos e meio. A partir de agora, meus comentários aqui terão a única função de valorizar jogadores como André, Raulen, Walker, Lino, Marco Antônio, Éder Ceccon, Felipe e Giancarlo.
No fim de março, a direção do Ju lançou os chamados 'Fundos de Investimento de Parceria no Centro de Treinamento'.
A idéia me parece bem simples. Basicamente consiste em pedir dinheiro emprestado para o seu público. R$ 5.000,00; R$ 10.000,00 ou R$ 15.000,00 em 5 cotas mensais. Garante como mínimo a poupança e pode dar até 100% de retorno. Tudo isso para garantir a construção do Centro de Treinamento, localizado na Sede Campestre do Juventude, uma baita área verde na saída de Caxias.
Como funciona? 10% de qualquer negócio envolvendo os jogadores do Ju vão para o fundo. Se os negocios forem ruins, vale a regra da poupança, e se forem muito bons, o teu dinheiro dobra.
É claro que o sistema baseia-se na confiança do cidadão no clube e considerando que não se costuma ouvir de falcatruas nos lados da Serra, imagino que não ocorra problemas, pelo menos no futuro próximo.
Sinceramente, tenho menos a intenção de ganhar plata do que de incentivar a campanha, espalhar por aí. É uma forma de apoio ao clube, baseado na confiança e que tem um potencial grande angariar fundos em variadas iniciativas como ampliação/reforma do estádio, montar um time competitivo, fazer as bases de uma nova categoria como futsal ou vôlei e sei lá o que mais.
Se Grêmio ou Inter fizesse isso, também embarcaria nessa, mas com o pé atrás, é mais difícil de confiar nas diretorias destes. Que seja, como experiência, vale a pena pra ver no que vai dar.
Assinei o contrato no intervalo do jogo, sentado numa cadeira da Tribuna de Honra, área separada das cadeiras normais mas que não consegui identificar diferença alguma as outras. Pelo jeito, alguns diretores e conselheiros ali estavam, não mais de 20; sendo cerca de 5 mil o público total no estádio no início-de-noite-fria-de-domingo-bem-no-meio-do-feriado.
Quanto ao jogo. O Ju tem uma missão este ano, seguir na Primeira. A princípio, será bem sucedido. Figura como equipe sólida mas com meio-campo fraco na saída de jogo. Domingo, o craque foi o lateral Lino, que estreava no time. Fez o gol de falta, mais duas ou três jogadas avançando com vontade pela esquerda, foi a 'válvula de escape' na hora de levar a bola ao ataque. Quando não estava disponível, partiu-se para o chutão como forma de iniciar jogadas de ataque. O centroavante Giancarlo, grande esperança de gol, foi irregular. Mas jogando sozinho contra toda uma zaga é bem difícil ter sucesso. De qualquer forma, ganhar de 1-0, jogar com um a mais por 50 minutos e tomar o gol foi realmente duro de se ver. Ainda não fez gol no Nacional, mas um dia a bola entra.
Detalhe final do jogo: Gritos de 'Buro! Buro!' foram ouvidos no fim da partida, como é frequente, de acordo com alguns espectadores com os quais troquei comentários durante o jogo. 'Ivo, Ivo!' também se escutou. Aliás, ele está livre e pode mesmo estar negociando pra aparecer na Serra logo, logo.
Saúdos,
(Esperando não ser expulso pelos sócios daqui)
Vitor VEC
Tu deveria é estar comprando ações do Impedimento, o investimento da hora. shdhs
Ótimo texto.
Publicado por: Douglas Ceconello em maio 2, 2006 12:41 PM
Assistir jogo na social (ou coisa parecida) do Jaconi é uma experiência antropológica interessante.
Pago uma cerveja tipo "weiss" a quem, gozando de plenas faculdades auditivas, passe um jogo lá sem ouvir um dos três verbetes abaixo:
"Negri" para negros de qualquer um dos lados
"ladrón" para a arbitragem
"cuvermêio" para qualquer pessoa aparentemente de origem teutônica
Publicado por: Maurício Cruz em maio 8, 2006 5:02 PM
'Buro! Buro!' e 'Ivo!Ivo!' foram os hits da noite dominical caxiense.
Publicado por: Vitor VEC em maio 9, 2006 2:24 AM