Brasil fora da Copa

Sentei no sofá esperançoso de que o Brasil finalmente fosse apresentar algo semelhante a um bom jogo. Depois de tanto criticar as atuações sa seleção, pensei que talvez o problema fosse eu, que as apresentações na verdade pudessem não ter sido tão ruins. Essa, portanto, era minha disposição de espírito.

Os primeiros dez minutos de jogo deram a impressão de que o Brasil seria diferente, que jogaria com velocidade. Ronaldinho, mais próximo do ataque, tentava dar alguma dinâmica ao time. Mas foi só impressão. Aos poucos a França encaixotou o time de Parreira.

O Brasil não tinha saída de bola. Gilberto não se apresentava para o jogo e os laterais eram ineficientes na marcação e inesxistentes no ataque. Juninho Peranmbucano sucumbiu, Ronaldinho corria de um lado para o outro e Ronaldo ficava sozinho no ataque. Apenas Zé Roberto tentava dar velocidade na passagem da bola pelo meio do campo.

A França rondou a área de Brasil e ocasionalmente levava perigo. No fim, o juiz ainda deu uma força ao selecionado canarinho ao marcar fora um toque que ocorreu dentro da área.

No segundo tempo, os comandados de Parreira ainda voltaram com mais disposição, adiantando a marcação, mas sem qualquer lucidez ofensiva. A França chegava com mais perigo, de forma veloz e consciente, sem deixar espaços para o contragolpe. Quando corriam uns dez minutos, Zidane cobrou falta e Henry entrou por trás da zaga para marcar o gol francês.

Depois disso, o Brasil tentou partir para cima, mas a equipe de Domenech sempre esteve mais próxima do segundo gol do que os brasileiros estiveram de empatar. Parreira substituiu Cafú e Kaká por Cicinho e Robinho aos 30 minutos. Pelo menos entraram com vontade, algo que o Brasil não apresentou nessa Copa.

A partida se arrastou até o final e o Brasil ficou fora.

Era inadmissível que uma seleção sem qualquer dinâmica de jogo avançasse. Jogando com Cafú e Roberto Carlos e achando que o problema era o Emerson não havia esperanças. Apenas o goleiro e a dupla de zaga tiveram um desempenho satisfatório. Que o Brasil é o melhor time e tem os maiores jogadores não resta dúvida. Mas era preciso ao menos jogar, ter ímpeto e vontade de ganhar. Copa do Mundo é mais que pagode.

Lamentável.

Mais comentários nos próximos dias.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Pelo menos o jogo já acabou e chegou a hora de ver Sinhá Moça.

1 a 0 fora o baile! Ronaldinho que nada! Zidane é o cara.A França será BI!

Das 6 copas que assisti (82 não tenho lembrança), fui eliminada pela França em 3.
E a única vez que me surpreendeu e me fez chorar muito foi a primeira. Não sei se foi porque eu era bem pequena, e o choro valeu o carinho e colo dos mais velhos, não sei se foi porque foi o único em que o Brasil jogou pra ganhar.

Mas valeu pela 'cozinha brasilera', Dida, Juan, Lúcio, Gilberto Silva (e mesmo Emerson) e Zé Roberto jogaram muito. Considero-os impecáveis em todos os jogos.
E Zidane é Zidane, o cara tá um degrau acima.

Émerson foi a figura que realmente fez a diferença. Sua ausência, tão pedida pelos 'especialistas' e 'torcedores' pauli-cariocas, resultou na eliminação, prematura ao meu ver.

Tivesse o de Pelotas lá dentro e o Zidane não jogaria tão solto - justamente onde estaria o Émerson e onde não estiveram nem Gib.Silva nem Zé Roberto - ademais da 'função gritedo: modo on'. Não é nenhum Dunga, mas também faria um que outro reagir ante a submissão geral.

Lamentável.

Apenas isso.

"Copa do Mundo é mais que pagode." Genial.

R.Carlos arrumando as meias na hora da cobrança da falta que originou o gol, com essa atitude vou falar o que ???
Faltou alguém para dar uma dura nos caras, como o Dunga em 1994, o Felipão em 2002 e até mesmo me lembro do Didi em 1958 indo pegar a bola na rede brasileira e dando uma dura em todo mundo.
Palpite para a final, Alemanha x Portugal.

time? o brasil nao tem mesmo time. tem craques e olhe lá.
melhor olharem pra portugal, que pode nao ter craques do mesmo quilate, mas tem muito mais coletivo.

mas o pior de ontem foi assistir ao conformismo dos jogadores brasileiros. nem depois de levarem o gol mudou alguma coisa, ficou tudo na mesma apatia. de chorar.