De volta ao lar

Corinthians, transfigurado e irreconhecível

Acompanhei o segundo tempo de Cruzeiro e Corinthians e presenciei uma atuação constrangedora dos paulistas. Tudo bem, há de se descontar que Tevez, Mascherano, Carlos Alberto e Ricardinho não estavam porque foram estranhamente liberados pela direção, mas errar passes de dois metros e não ter uma chance de gol em 45 minutos é algo que foge à minha compreensão. Além disso, os corinthianos tentavam cavar falta em todos os lances e, mesmo perdendo por 2 a 0, enfeitavam a maioria das jogadas.

Claro que a equipe de Geninho não enfrentou um guaipeca qualquer. Jogou contra o Cruzeiro, líder do campeonato pelo saldo. Apesar da boa campanha, mantenho minha convicção de que o time mineiro é apenas uma equipe média muito bem montada e entrosada. Acredito que não terá fôlego para manter a primeira colocação até o fim. Ademais, não consigo imaginar uma equipe campeã brasileira com a presença de Carlinhos Bala.

Ataques do PCC atingem o Grêmio. Juventude não respeitou as cores do Ypiranga de Erechim

O São Paulo venceu o Grêmio e seu 4-5-1 no Morumbi. Sabia que seria um jogo difícil, já que Muricy é um reconhecido complicador de coisas. Não vi a partida, mas parece ser consenso que os gaúchos foram prejudicados pela arbitragem. Mas isso é normal, como dizia a maioria dos gremistas no assalto que vitimou o Inter em 2005. Eu continuo afirmando que paulistas e cariocas são favorecidos sempre e que cada título gaúcho, mineiro ou paranaense deveria valer por três. Mesmo tentando homenagear o Ypiranga de Erechim, o Juventude perdeu para o Fluminense por 3 a 2.

Nada de fantástico, mas o Inter evoluiu

Não foi nenhuma maravilha, mas percebi alguns avanços no Inter ontem. Desde o começo, o time estava mais compacto, com marcação incansável no meio-campo. A Ponte armou um ferrolho respeitável e impedia o Inter de criar chances, apesar dos colorados terem permanecido com a bola a maior parte do tempo. Na primeira etapa, os paulistas ainda levaram perigo nos contragolpes devido ao mau posicionamento de Fabinho, principalmente nas bolas paradas no ataque. Os colorados tinham sucesso quando avançavam pelos lados. Na esquerda, Ramon. Na direita, Tinga. Alex, de pênalti, fez 1 a 0.

No segundo tempo, o Inter acertou a postura defensiva e a Ponte não ameaçou nenhuma vez. Apesar de o ataque paulista não ser assim uma Divisão Panzer, a zaga e os volantes vermelhos tiveram atuação satisfatória. Em outra bola parada, Fabiano Eller aparou um escanteio e Ceará completou de cabeça: 2 a 0. O time de Abel transformou o domínio de bola em chances de gol quando Tinga e Sobis aproximaram-se, com Fernadão mais recuado. Grande atuação de Perdigão. No fim, poderia ter sido 3 ou 4 a zero.

Contra as forças do mal

A grande novidade foi o lateral-esquerdo Ramon, jogador das categorias de base que foi campeão brasileiro sub-20 recentemente. Diziam que esse guri era bom de bola, fato demonstrado em sua estréia. Na priemira ofesiva do Inter, avançou driblando e só foi parado com falta. As melhores jogadas coloradas no primeiro tempo foram pelo seu setor. Ele tem um cruzamento bom, aquela bola baixa e rápida que surpreende a zaga. No segundo tempo, foi menos acionado, mas manteve a boa atuação.

Tomara que Ramon consiga quebrar a "maldição da lateral-esquerda" que existe no Inter. Há uns vinte anos não surge um bom jogador que consiga se afirmar na posição. O último foi o Daniel, em 1992. E Chiquinho, é claro, que apareceu tão bem e foi atacado pelas mais improváveis doenças. Vodu, óbvio. Parece que o Inter vai ceder Chiquinho ao Palmeiras até o término do Brasileiro. Sinceramente, torço por ele. Acho que ainda terá uma bela carreira.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Ontem

Internacional 2 x 0 Ponte Preta
Atlético-PR 0 x 0 Fortaleza
Fluminense 3 x 2 Juventude
São Paulo 2 x 1 Grêmio
Figueirense 2 x 1 Santos
São Caetano 1 x 1 Botafogo
Cruzeiro 2 x 0 Corinthians

Hoje

Santa Cruz x Goiás
Flamengo x Paraná
Palmeiras x Vasco

Perdigão: raça do Gattuso + técnica do Pirlo.

E não vai jogar contra a Liga de Quito...

Ontem, o Inter atuou com: Clemer; Ceará, Bolívar, Eller e Ramon; Fabinho, Perdigão, Tinga e Alex; Sobis e Fernandão.

Colocando Granja na lateral-direita, Jorge Wagner no lugar de Alex e Edinho substituindo Fabinho, esse seria meu time ideal.

Ou seja, é Perdigão e Tinga e mais nove.

Acredito q o Inter tenha o melhor zagueiro em atuação no Brasil: Bolívar.

Eu ainda acho estranho um cara descobrir que joga por volta dos 25 anos, mas ele realmente me surpreende a cada partida com aqueles carrinhos limpos "a la Gamarra".

Para mim o Ceará é titular no lugar do Granja. Não consigo confiar nele em um jogo decisivo, vide Inter x Coxa no ano passado.

"Ademais, não consigo imaginar uma equipe campeã brasileira com a presença de Carlinhos Bala. "
Nada é impossível no futebol, o Grêmio foi campeão com Zé Alcino.
"Há uns vinte anos não surge um bom jogador que consiga se afirmar na posição. O último foi o Daniel, em 1992"
2006-1992= 14

Sim, é que considero o Daniel uma BRECHA DE LUZ, com passagem tão meteórica que não impede que a contagem retroceda aos anos 1980.

carlinhos bala como reserva tá bom demais. o problema é que o titular é o gil.

O Zé Alcino vale uns 10 Herrera e uns 5 Ricardinho.

Também torço para que o chiquinho consiga ir bem no Palmeiras, ja que no inter ele não teve muitas chances. E esperar pra ver contra a toca do juventude domingo, mas agora o que interessa é o LDU

Só o que é certo é que Chiquinho e Pedro Júnior vão arrebentar no São Caetano ano que vem...