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outubro 13, 2006

A Garra Xavante

Jogos semelhantes entre si estes do feriado.
Na Série C: Em Salvador, Bahia 2-2 Brasil de Pelotas
Na Sudamericana: Em Salta, Boca 2-1 Nacional.
Vejamos o primeiro:

Vamos Xavante!

A tarde era favorável aos baianos. Sol, calor e feriado contribuíram para que 32 mil pessoas se atirassem na Fonte Nova.
Somados aos 27 mil do Barradão, Salvador contou com 60 mil pessoas assistindo aos dois jogos do Octogonal da Série C nacional. Isto me faz manter a dúvida de saber do verdadeiro porquê de Porto Alegre não poder vivenciar dois jogos simultâneos, o que não vem ao caso agora, portanto vamos adiante.

Sem medo, como é de praxe dos times bons que são formados lá (ou seja, não vale pra uns times realmente ruins que o Brasil montou no início da década), foi o Xavante a encarar o desafio. Após os minutos iniciais de 'jebs' entre os adversários, foi o cigano de sempre Claudio Millar a dar a primeira estocada.
Em jogadinha tramada, daquelas que se vê tipicamente quando se anuncia uma tragédia local. O pessoal de Pelotas foi tocando a bola. E tocando, e tocando...e pá. Penalti! O uruguayo recebe dentro da área e é derrubado. Como jogador de maior categoria - o unico a ser patrocinado por uma empresa de artigos esportivos, a Diadora - lá se foi ele mesmo a bater e a marcar. 0-1 Brasil.
Não consegui entender bem, mas creio ter ouvido na transmissão da rádio que no final do 1o. tempo houve uma bola na trave dos baianos. Um 0-2 no intervalo poderia definir os três pontos para os gaúchos.
Como a bola na trave não se fez gol, o jogo reiniciou com os baianos tocando terror e viraram a partida em dez minutos, a raiz de falhas defensivas dos pelotenses. Com um pouco de imprecisão, digo que o primeiro gol saiu de uma cabeçada no meio da área, daqueles que vemos apenas a seleção brasileia sofrer. E que o segundo gol surgiu de um rebote após uma 'espanada não-conclusiva' da zaga.
Macumba pouca é bobagem. Para a felicidade geral dos 35 mil baianos presentes, vem a expulsão de um jogador do Brasil que os leitores Xavantes podem colocar aqui o seu nome.
Trinta minutos por jogar, com um a menos e perdendo, a derrota era questão de tempo. Mas não pra quem tem aquilo que diferencia os vencedores. Garra, alma, 'cojones', pode chamar do que quiser. E o tempo foi pasando, e o Brasil aguentando a pressao baiana e o seu desejo de matar a partida.
Num lance entre fortuito e desesperado, o Xavante empatou. O lateral Júlio recebeu a bola na meia-cancha e foi avançando. Como ninguém o obstruísse, ele continuou adiante. Quando reparou que já estava a menos de 30 metros do gol, resolveu tentar a sorte. Como ninguém o atrapalhou nem interceptou a bola no meio do caminho; BINGO!!!
A bucha do Júlio fez a bola saltar e ressaltar dentro da rede de ACM e todos os santos, como se ela mesma vibrasse por ter entrado, consciente do feito que o glorioso rubro-negro pelotense está por merecer neste ano.
O empate mantém a situação muito equilibrada. Se pensarmos que o pior da primeira fase já passou (os baianos), sobram cinco jogos contra as outras equipes que se nivelam. E será agora que veremos a que o Brasil veio, se para subir ou se para ficar no meio do caminho.

O próximo desafio será no domingo, 15/10, contra o Grêmio Barueri, no Bento Freitas. Se não estou enganado, este time é o mesmo que jogava a Taça São Paulo de Juniores sob a alcunha de ROMA de Barueri. Uma parte dele foi deslocada pro Paraná e lá surgiu o ROMA de Apucarana e a outra ficou em Barueri, agora renomeada para Grêmio Barueri, campeã segunda paulista e que jogará a primeira em 2007.

Classificação: Criciúma e Vitória - 4 pontos, saldo 1; Treze - 3 pontos, saldo 1; Grêmio Barueri e Ferroviário - 3 pontos, saldo 0; Ipatinga - 3 pontos, saldo -1; Brasil e Bahia - 1 ponto, saldo -1


AGUANTE BOLSO!!!

À noite, Boca e Nacional não ofereceram a mesma aula de futebol da semana passada. O resto virá logo, logo, na sequencia.

Saúdos, Vitor VEC

E aqui eu parei, às 16:23 de 13 de outubro.
A seguir, a continuação, já aproveitando o comentário existente:

Publicado em outubro 13, 2006 4:23 PM

Comentários

O Nacional ofereceu uma das maiores aulas de violência bem aplicada da história. O time está bem melhor do que aquele que o Inter venceu na Libertadores: passaram a bater, o que muda tudo para alguns times, principalmente em competições continentais.

Publicado por: Israelito Monza em outubro 13, 2006 6:21 PM

Neste inicio de fase final, talvez o melhor time tenha sido o Criciuma, que tbm enfrentou os dois times bahianos e conseguiu 4 pontos. O que fará a diferença vai ser a atitude dos times ao jogar fora de casa pois todos os times, inclusive os da Bahia, estão no mesmo nível. Não existe jogo fácil, mesmo jogando em casa. O xavante precisa fazer valer o fator torcida no Bento Freitas neste domingo e começar a caminhada para a série B, e por que não para o título? Um grande abraço rubro-negro.

Publicado por: maisumxavante em outubro 15, 2006 8:40 AM

Depois desse empate heróico, não consigo tirar da cabeça a importância que teria aquele ponto perdido no final contra o Vitória. Mas sigo confiante. Como Vitor disse, o pior já passou.

E tive a chance de acompanhar esse Júlio em algumas partidas dele pela Ulbra, ano passado. Muito bom lateral. Inclusive falei com ele depois de um jogo contra o Três Passos.

- E aí, vai ficar na Ulbra ou tem alguma outra proposta?
- Estou conversando com o pessoal do Brasil para voltar a jogar lá.
- E como é jogar no Brasil?
- Muito diferente daqui, tem torcida, é time de massa.

Pelo jeito ele não estava interessado nas bolsas de estudo oferecidas aos atletas. Sua missão é subir pela direita. hjdsuahs

Publicado por: Douglas Ceconello em outubro 15, 2006 11:10 AM

To pensando em ir ali na Rádio Guaíba pedir para ir acompanhar os jogos do Brasil no lugar daquele cara, o Campelo. Ele aparenta ser pé-frio, o que não tem nada a ver com seu conhecimento, dedicação ou qualquer coisa parecida devotada ao futebol.
O fato é que o Xavante perdeu dois jogos vencíveis no início do Octogonal, justo agora quando as rádios daqui voltam seus olhos para o Bento Freitas.
Flávio Obino, ex-presidente do Grêmio que o diga.

Publicado por: Vitor VEC em outubro 17, 2006 12:38 AM

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