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A expulsão de Zé Roberto no jogo contra o Corinthians, assim como tantas outras, é exemplo de que estão caindo de maduro medidas no futebol que não o deixem submisso ao bom senso dos árbitros, visto que a classe é totalmente desprovida dele.
Para isso, seguem algumas sugestões. Alterações pequenas e eficientes nas regras que não são aplicadas pela Fifa para manter as polêmicas que, de acordo com muita gente séria, fazem parte da "magia do futebol".
1) Cartão amarelo para comemorações
Muita gente discorda, mas procede essa regra de aplicar o cartão para quem tira a camisa total ou parcialmente. Imagina você que gastou milhões para colocar sua marca na camisa de um time. Aí o atacante faz o gol na final, as câmeras do Brasil inteiro fecham nele e o que se vê em todos os jornais do dia seguinte, em vez da sua marca, é o mané com a camisa na cabeça ou um "100% Cacimbinhas".
Fora isso, amarelo para comemorações exacerbadas (provocar torcida, escalar o alambrado, fazer coreografia) é pura arbitrariedade. Se o problema é gastar tempo, então estipulem o tempo limite. Se 30 segundos depois do gol a bola não estiver no centro do campo para recomeçar o jogo, cartão para quem fez o gol.
2) Mão na bola ou bola na mão
Quem é pago para interpretar é o árbitro, mas o que tem se visto são cenas de vôlei que juízes e comentaristas justificam dizendo que o atleta não teve a intenção. Ora, como é que se vai saber? Então ficamos assim: futebol se joga com o pé, bola na mão é falta. A exceção é se o braço estiver junto ao corpo, mas aí basta o árbitro ter dois olhos para interpretar e não apitar.
3) Goleiros se adiantando na hora do pênalti
A princípio não pode sair da linha na hora do pênalti, mas é fisicamente impossível o goleiro atingir o canto da goleira sem um mínimo de impulsão pra frente. Houvesse essa frescura de repetir pênalti em 94, o Brasil não seria tetra. Todo goleiro se adianta para ter chance de defesa, mas o juiz marca quando quer ou quando viola a regra e interpreta por conta própria que o atleta exagerou no método Rogério Ceni de defesa.
Solução: conta um metro à frente da linha e faz um risco com o spray. O goleiro pode se adiantar até ali. Pisou na linha, repete a cobrança e cartão amarelo pro espertinho.
4) Cartão por simulação
Essa era uma regra que se houvesse bom senso seria ótima para o futebol, mas não há. A princípio, o árbitro não pode marcar nada que não tenha visto. Mas quando o jogador cai, o juiz deveria ter visto ou um pênalti ou uma simulação passível de cartão. Como não sabe o que dar, opta por um cartão demagógico para esconder a incompetência. Quanto maior a dúvida no lance, mais provável a aplicação do cartão para reiterar que houve "interpretação".
Não havendo solução para o imbróglio, caiu e não foi nada, manda levantar e segue o baile. Se não viu a jogada, ao menos não erra duas vezes aplicando o cartão.
Inexplicável o porquê de manter problemas que poderiam ser resolvidos com medidas simples, que não exigem árbitros a mais (deusulivre) ou recursos eletrônicos. Alguém aí lembra do tempo em que não havia aquelas placas mostrando os minutos de desconto e eles variavam conforme a relevância dos Estados representados em campo? Pois é, não sei para o resto, mas não sinto nenhuma falta da "magia" daqueles tempos.
Texto enviado pelo leitor Caue Fonseca.
quanto a regra de tirar a camisa: mercantilização do futebol...
daqui a pouco vao permitir que o jogador vá até o reservado e levantar uma placa de publicidade...
o quem sabe: "abre uma pepsi aí pra mim..."
lamentável
Publicado por: Leonardo em outubro 7, 2006 7:32 PM
Enquanto o nível da arbitragem for este que estamos vendo, diga-se COMPRADA, não tem solução.
Já imaginou se, SE, fosse possível termos 4 ou 5 ábitros argentinos apitando, se as coisas não iriam ser MUITO diferentes.
Acho a maior barbaridade quando os analistas, durante jogos de libertadores ou campeonatos europeus, falam "a arbitragem é diferente". Puxa vida: as regras d futebol não são as mesmas em todos os países??? Por que os nossos árbitros tem critérios diferentes????? Só posso concluir que são COMPRADOs, isto é, "INFLUENCIADOS" tanto pela CBF como a Mídia.
E tenho dito.
Publicado por: Luiz Filipe em outubro 7, 2006 9:47 PM
Acho que todas as tuas sugestões são coerentes, Caue, mas não gosto apenas dessa história de maltratar o pobre do goleiro. Para mim, ele deveria fazer o que bem entender, correr, pular, dançar, sei lá.
Se colocássemos uma linha, na hora da cobrança eles correriam até lá e a briga seria para saber se ele pisou no limite ou fora dele.
Publicado por: Douglas Ceconello em outubro 10, 2006 2:19 AM