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O primeiro campeão mundial da América do Sul foi o Peñarol, que em 1961 bateu o Benfica numa melhor de três partidas. Os carboneros venceriam a disputa também em 1966 e 1982.
O clube uruguaio já havia chegado à disputa do Mundial em 1960, o primeiro da série, mas perdeu para o Real Madrid. Em 1961, o adversário foi o Benfica, que andava fazendo chover na Europa. Mas a esquadra portuguesa foi batida pelo Penãrol duas vezes e o título ficou na América do Sul.
No primeiro jogo, disputado no Estádio da Luz, os uruguaios caíram por 1 a 0, gol de Coluna. Na partida de volta, o Peñarol amassou o Benfica, aplicando 5 a 0 no Estádio Centenario. O desempate ocorreu dois dias mais tarde, em 19 de setembro, também em solo uruguaio. Num jogo equilibrado, os carboneros venceram por 2 a 1, com gols de Sacía. O jovem Eusébio descontou para o Benfica. Pela primeira vez um sul-americano conquistava o principal título do futebol mundial.
Em 1966, o Peñarol teve a chance de vingar-se do Real Madrid, a maior equipe da Europa. Mas o Peñarol vivia uma década sagrada. Duas vitórias por 2 a 0 sacramentaram o elenco carbonero como o maior time daquele ano. O primeiro jogo ocorreu em 12 de outubro, no Centenario, e Spencer anotou os dois gols. Na volta, em 26 de outubro, no Santiago Bernabeu, Spencer e Rocha completaram o serviço.
1966: Máspoli, Caetano, Mazuerkiewiez, Lezcano,
González, Varela, Rocha, Cortés, Joya, Spencer,
Abbadie y Goncalvez
Passados 16 anos, o Peñarol conquistou o seu terceiro título mundial. Em 1982, o adversário foi o Aston Vila. Na partida realizada em 12 de dezembro, no Estádio Nacional de Tóquio, o time sul-americano venceu por 2 a 0, com gols de Jair e Silva. A equipe uruguaia contava ainda com o genial arqueiro Fernandez e o indefectível Saralegui.
E assim por três vezes o planeta foi coberto com o manto aurinegro.
Escalações:
1961
Luis Maidana, William Martínez, Núber Cano, Edgardo González, Néstor Gonçálvez, Walter Aguerre, Luis Cubilla, Ernesto Ledesma, Alberto Spencer, José Sacía, Juan Joya. T: Roberto Scarone.
1966
Ladislao Mazurkiewicz, Juan Lezcano, Luis Varela, Tabaré González, Nestor Gonçálvez, Omar Caetano, Julio C. Abbadie, Pedro V. Rocha, Alberto Spencer, Julio C. Cortés, Juan Joya. T: Roque Gastón Máspoli.
1982
Gustavo Fernández, Victor Hugo Diogo, Walter Olivera, Nelson Gutiérrez, Juan Vicente Morales, Mario Saralegui, Miguel Bossio, Jair, Venancio Ramos, Fernando Morena, Walkir Silva. T: Hugo Bagnulo.
Por questões logísticas, não vamos falar de todos os títulos de forma separada. Colocaremos os posts por equipes campeãs.
Saudações,
Douglas Ceconello
Fernandez, el GATO? Não sabia disso.
Bah, agora ganhei a noite.
Publicado por: Francisco em novembro 25, 2006 10:57 PM
E detalhe para os técnicos: em 61, Scarone, campeão mundial em 30, e em 66 Máspoli, arqueiro do Maracanazo.
Publicado por: Francisco em novembro 25, 2006 10:58 PM
Não, Francisco, esse não era o gato Fernandez detentor do penúltimo bigode a colocar-se embaixo das traves - o derradeiro foi o do Rodolfo Rodrigues. A essa altura o ex-colorado Roberto Eladio Fernandez Roa andava pelo Cerro Porteño.
O arqueiro do Peñarol era um também genial Fernandez, mas de nome Gustavo, que defendeu os carboneros entre 82 e 84, se não estou enganado.
Publicado por: Douglas Ceconello em novembro 26, 2006 3:15 PM
Sugiro um post sobre o fim da BIGODAMA nos jogadores de futebol. Acho queo último destaque foi o nobre VALDIR, que fez a alegria da torcida do galo por vários anos.
Publicado por: Bruno Galera em novembro 26, 2006 9:30 PM
Na verdade o Bigode (adereço capilar estético) nos deixou faz tempo...
A entrada do Marketing no futebol arruinou tudo: chuterias brancas, barbas feitas, faixas na cabeça (antigamente elasticos improvisados) que levam uma marca, e claro, o fim do bigode!
Pela volta do Bigode e das chuteiras bem engraxadas
Desde já,
Abraços
Publicado por: Leonardo Vigolo em novembro 26, 2006 11:51 PM
Concordo com vocês. Abriremos a "CPI do Bigode" para descobrir se o patrocínio das empresas de gilete exige jogadores de cara completamente lisa.
E engraxar sua própria chuteira é uma atividade realmente nobre, cria caráter.
Publicado por: Douglas Ceconello em novembro 27, 2006 1:46 AM
Ceconello,
Seria bacana se tu fizesse um post com as participações dos clubes brasileiros na Libertadores. Quem sabe com a posição final em cada ano, alguns dados curiosos... Mas somente as participações já tá valendo!!!
Abraço
Publicado por: Hans em novembro 27, 2006 2:13 PM
Boa sugestão, Hans. Acredito que há tempo para a empreitada.
Abraço.
Publicado por: Douglas Ceconello em novembro 28, 2006 1:24 AM
Sem esquecer, é claro, da CPI do bigode e a construção do caráter.
Publicado por: Leonardo Vigolo em novembro 28, 2006 10:01 AM
Sem esquecer, é claro, da CPI do bigode e a construção do caráter.
Publicado por: Leonardo Vigolo em novembro 28, 2006 10:01 AM