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dezembro 12, 2006

Para chegar em outro patamar

Faltam menos de 16 horas para o Inter começar sua participação no Mundial de Clubes, contra o Al Ahly. Está tudo estranhamente calmo.

É óbvio que a ambição de todo colorado aponta para apenas um caminho: vencer o Mundial e ver esse time dar o passo mais alto da história do clube, e comigo não é diferente. Por isso mesmo, estou procurando os motivos da aparente tranqülidade que apresento. Chega um momento em que começam a aparecer calafrios, ansiedade, desejo de vitória e temor pelo fracasso, mas não é algo opressivo, está menos angustiante que uma final de Gauchão decidida em Gre-Nal, por exemplo. De forma alguma se compara à síncope de três semanas que tive no final da Libertadores. A vida praticamente parou, e tudo ganhava ou perdia sentido sem o menor critério. Apenas uma imagem aparecia limpa e clara na mente: A Copa. Tudo mais girava em torno dela e a ela rendia homenagens.

Justamente por isso a festa de uma possível conquista do Mundial pode ser mais alegre, pois não carrega uma alta dose de sofrimento guardado. Então, depois de levantar a taça, talvez haja leveza para sair cantando pelas ruas grudado em uma garrafa qualquer. Dançar nu no espelho d'água da Redenção, gritando "sou campeão do mundo", feliz pela denominação do triunfo e pela sonoridade e significado da palavra "mundo". No entanto, no fundo saberei que bom mesmo foi a Libertadores, quando não tive ânimo para festejos e saí do estádio direto para casa, com o objetivo de extrair sem balbúrdia o máximo daquele momento, e depois, enfim, descansar os músculos entrouxados. A decepção pela perda do Mundial, por sua vez, também não deve ser tão acintosa.

Talvez esse relativo afastamento aconteça por ser uma competição de tiro curto, apenas duas partidas. Ou pelo clima etéreo de jogar num país distante, longe da torcida e da boa selvageria dos trópicos. Também há a possibilidade de eu estar totalmente intoxicado pelo álcool excessivo das últimas semanas. Mas o mais provável é que, temerosa com a experiência de agosto, alguma pessoa próxima esteja me dopando há dois meses.

Quanto à estréia, estou temeroso. Entendo que o Inter é favorito e deve passar, mas uma derrota não me surpreenderia tanto quanto à maioria das pessoas. Não há nenhum motivo específico para isso, talvez a instabilidade colorada depois da Libertadores ou o quase total desconhecimento do adversário e de suas potencialidades. Paradoxalmente, tenho a certeza íntima de que o Inter será campeão caso chegue à final.

A escalação é a mais adequada para o momento:

Clemer; Ceará, Índio, Eller e Hidalgo; Edinho, Wellington Monteiro, Alex e Fernandão; Pato e Iarley.

Os filhos de Rá vão a campo com:

El Hadary; Mohamed, Gomaa, Ashour e El Shater; Shawky, Aboutrika, Shady, Ahmed, Emad e Flavio.

A arbitragem será de um malaio qualquer.

E era isso. Inter, faz tudo direito que as coisas sairão bem. Deixa a força para a final.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado em dezembro 12, 2006 5:01 PM

Comentários

Não vejo a hora pra começar este jogo estou com grande expectativa, será difícil durmir tranquilo esta noite.
abraço

Publicado por: christian em dezembro 12, 2006 5:04 PM

Não estou sentindo nada.

Certamente o último chopp que tomei tinha algum sedativo.

Publicado por: Guima em dezembro 12, 2006 5:30 PM

bom, já q o assunto é um possível desânimo em relação a esse mundial sem gosto:

http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI1296575-EI2197,00.html

não tem nada a ver com o post, e é notícia vinda da europa,
mas a idéia muito boa e não parece ferir a regra deste blog.
poderia entrar no rol das (boas) campanhas deste Impedimento, como a pró-Lavolpe ou aquela "pela hombridade..."

Publicado por: izabel em dezembro 12, 2006 6:31 PM

amanha vai ser palhaçada. seria mais dificil ganhar do esportivo de bento do que esses muhammed aí...

acho que o inter faz uns 3 a 0 ... mas depois perde pro barça, nos penaltis. quanta emoção!

não queria secar, mas imaginar o inter campeão do mundo é atordoante d+ pra mim.

sorte proceis mesmo assim.

Publicado por: fino em dezembro 12, 2006 8:14 PM

Izabel, eu abraço essa causa. Não podemos desperdiçar talentos apenas pela moralidade estúpida.

Até porque se o cara for a fundo não chegará sequer ao profissional.

Um dos maiores jogadores que vi até hoje foi um amigo meu. Craque de bola, titular das categorias de base do Inter aos 15 anos. Depois, começou a tomar um tragão e não teve mais o mesmo rendimento. Hoje, anda por aí, fazendo gols de bicicleta em todos peladas de final de semana.

Fino, ao contrário da maioria das pessoas, não considero esse jogo de amanhã jogado. Sei que o Inter é favorito, mas mantenho a pulga atrás da orelha.

Tenho a mesma impressão que tu: a final pode acabar nos pênlatis. Mas meu pressentimento é outro.

E aceito a boa sorte, mesmo de um gremista. : )

Publicado por: Douglas Ceconello em dezembro 12, 2006 8:31 PM

Atendendo a pedidos, tentarei levar um pouco do jogo àqueles que não estarão na frente da TV.
O Claudião vai comentar esse jogo?

Publicado por: Vitor VEC em dezembro 12, 2006 8:34 PM

Douglas, concordo contigo. Falta aquele clima de que algo realmente decisivo está por vir.

Acho que depois do jogo de amanhã, assim que o Colorado confirmar a vitória, tudo vai mudar, e vamos todos morrer em 3 dias. Mas não se compara com a Liber. Acredito que se colocassem o mundial em julho ou agosto, logo depois que terminasse a Liber e a Copa dos Campeões, seria muito mais negócio. Todo mundo ia estar mais mobilizado, etc.

Mas igual: dá-lhe Colorado. Amanhã é só o começo.

Publicado por: Francisco em dezembro 12, 2006 11:01 PM

Esperem confirmar a final contra o Barcelona, e verão o quanto são angustiantes as horas que precedem o jogo. Ainda mais se, na ESPN e no Sportv fizerem especiais com glórias e conquistas dois dois times antes da partida. O coração dispara.

E durante o jogo, o sofrimento é estranhamente diferente que QUALQUER FINAL DE LIBERTADORES. Você se sente inútil em não poder ajudar em nada (óbvio que jogando casa não poderia entrar em campo também). Essa estranha sensação de incapacidade, deve-se ao fato do jogo ser do outro lado do planeta, contra um time de pedigree. É uma tortura psicológica. Não há jogo de volta. Ou decide alí na hora, ou... decide alí, na hora.

Uma final Intercontinental contra o vencedor da Champions é única. Possui uma aura diferente, que entorpece o telespectador.

Eu quase morri. 3 Vezes.

Publicado por: Daniel Lazzaro em dezembro 13, 2006 2:37 AM

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