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Achei bobagem a imprensa vendendo o jogo como "a volta da Libertadores ao Olímpico depois de 4 anos". Normalmente, os clubes demoram muito mais que isso para voltar ao torneio. Mas, por um truque do destino, o jogo desta terça-feira foi muito parecido com o que assisti das cadeiras, em 2003, contra outros colombianos.
Naquele ano, o desconhecido Independiente Medellín veio ao Olímpico, e com dois chutes de fora da área ficou duas vezes na frente no placar. O meio campo de Restrepo, Vasquez, Montoya e Molina segurava muito bem a bola, enquanto Perea e Baloy chutavam tudo lá atrás. O Grêmio teve de fazer das tripas coração para empatar. Tudo isso ainda no primeiro tempo - no segundo o jogo amornou, e na partida de volta um gol de Vasquez nos descontos eliminou oo time de Tite.
Desta vez, em mais um dia surreal de férias, com caminhadas à esmo pela Cidade Baixa, sorvete, calor escaldante e acontecimentos inesperados, acabo saindo de casa para ir ao Olímpico no horário que o jogo supostamente começaria, às 21:15. Conformado com o atraso, saí caminhando, e uma mulher na Bento Gonçalves abordou ao ver-me com a camisa gremista, alertando que "os policiais estão jogando os cavalos para cima das pessoas lá". Agradeci e segui em frente. Ao passar por um bar, por volta das 21:40, olhei a tv e ouvi o narrador prometer a transmissão para "logo que a luz voltasse". Não pude não achar engraçado, e segui para o Olímpico. Ao chegar lá, poucos torcedores ao redor do estádio, aguardando a volta da energia, enquanto alguns barulhos distantes tornavam quase inverossímil acreditar que 40 mil pessoas estavam dentro daquela estrutura completamente engolida pela escuridão.
O Cúcuta, mesmo sendo atual campeão colombiano, é inferior àquele time do Independiente. Mas tenho a impressão que Mano Menezes esperou o jogo errado. Aos três minutos de jogo, já se percebia que o time colombiano estava encaixado dentro do time do Grêmio, sem aglomerar desesperados em seu próprio campo. E uns dois ou três meio campistas de bom toque de bola conseguiam trocar passes atrás da linha de volantes do Grêmio, já que o camisa 5 do tricolor simplesmente não havia sido escalado. O propagandeado revezamento de Lucas e Diego Souza deu errado, e muitas vezes os dois ocuparam a mesma faixa do campo, deixando um vazio em frente à linha de defesa gremista. Sim, um volante quebrador de bola na frente da zaga liberaria ambos, tornando o time senão mais ofensivo, mas efetivo.
O jogo foi aquela amorcegação que todos viram. Destaque para a simpática torcida colombiana, e sua faixa "La Trinchera". Estava logo abaixo deles e a sincronia entre a buzina e o grito CU-CU-TA foi divertida.
No final das contas, este tropeço em casa pode ajudar a evitar o salto alto azul. Não foi por isso que o Grêmio não superou os colombianos, mas ao menos fica claro que o time ainda não é completamente confiável. Se Gavilán conseguir sucesso na primeira posição do meio-campo, e Paulo Bayer e Kelly chegarem na Azenha, as coisas tendem a melhorar bastante.
Saudações,
Antenor Savoldi Jr.
Tava pensando nisso. totalmente correto a idéia de colocar o tal cabeça de área pra deixar o time mais ofensivo. Mas fiquei pensando pq o Mano não teria feito. Imagina o seguinte: o Mano faz a substituição (colocando Sandro G), Mauricio saraiva, nando gross e companhia, vão a loucura dizendo q o mano tá apequenando o time, q ele não tem experiência pra jogar a Libertadores e papinhos típicos...aí por uma infelicidade do jogo, essa mudança não dá certo. Hj os pseudo comentaristas estariam esticando o couro do Mano nas páginas de seus respectivos diários...certamente.
Tb não to dizendo q o Mano ficou com medo das críticas, mas acho q ele não tinha certeza q isso resolveria, pq a alma do time (lucas e tcheco) estava muito mal. Ainda perdendo o Douglas...
De bom temos a lixada no possível salto alto e as atuações de lúcio e Douglas.
Já ouvi do Dinho, LC goiano e mais alguém q a jogo q mostrou pra eles em 95 q é preciso concentração e seriedade pra ganhar foi no 5x1 para o Palmeiras. Alí eles se deram conta.
Ah, e no mais ficar dentro do vestiário 1h não sabendo qndo vai entrar em campo deve ter aumentado a ansiedade tremendamente!
é isso.
Publicado por: Alemao em fevereiro 28, 2007 4:52 PM
Tcheco amarelou nos dois jogos nessa Libertadores. Preocupante.
Destaco Lúcio (embora tenha perdido uma ou outra bola boba), Douglas e Carlos Eduardo - que, se não foi tão efetivo como das outras vezes, ao menos mostrou raça e foi atrás de jogadas. Sandro conseguiu melhorar um pouco o time quando entrou.
Publicado por: André em fevereiro 28, 2007 5:05 PM
"Se Gavilán conseguir sucesso na primeira posição do meio-campo"
isso só vai acontecer se o Grêmio contratou um jogador diferente daquele que atuou dois anos no Beira-Rio.
se o revezamento entre dois jogadores QUALIFICADOS como Lucas e Diego Souza não deu certo, imaginem colocar no meio desse carrossel o GAVILÁN, que NUNCA vai saber a quem marcar e onde se posicionar. Quando o Lucas e o Diego Souza avançarem, precisando de alguém para o resguardo, vão recuar apavorados vendo o paraguaio dividindo bolas na PONTA ESQUERDA com o lateral, sob aplausos da torcida que reverencia a sua raça.
Não dá.
Gavilán é LATERAL. Até poderá jogar no meio campo, na segunda função, depois que o Lucas sair no meio do ano.
Publicado por: Luís Felipe em fevereiro 28, 2007 5:33 PM
Esse time do Cúcuta é muito louco. Nunca vi, nem nos bons tempos do Nacional de Medellín, um time colombiano trocar passes tão curtos e perigosos na intermediária de defesa. Parecia bobinho que só pode dar dois toques. Totalmente temerário.
Mas igual, vocês passam de barbada. Depois, é outra história.
Publicado por: Francisco em fevereiro 28, 2007 5:34 PM
Quando o Grêmio trouxe o Tcheco, de barbada, ficava tentando puxar pela memória e não conseguia lembrar dele.
Depois de algum vendo ele jogar por aqui imaginava: "Como que nenhum grande clube brasileiro descobriu esse cara? Tem habilidade, visão de jogo, regularidade e joga com inteligência."
Agora sei a resposta:
"O vivente aperta o buguero na hora do péga pra capá."
Amarela. Pipoca. Treme a perninha. E ainda por cima faz beicinho e fica emburradinha a moça. Achoa até que morde a fronha...
O Lucas tem crédito pra jogar mal(e nem foi tanto assim) uma partida.
No mais, nosso time não é mais do que mediano.
Ganhar a Libertadores?
Bueno, se a mais ou menos dois mil anos uma moça virgem foi mãe e o pai era um anjo, acho que tudo pode acontecer...
Publicado por: Roger em fevereiro 28, 2007 5:35 PM
sobre a classificação, o Grêmio garante a vaga quando ganhar do Tolima na próxima rodada.
Publicado por: Luís Felipe em fevereiro 28, 2007 5:37 PM
O revezamento não funcionou principalmente porque um meio de campo com Diego Souza, Tcheco e Ramon fica ridiculamente lento. Com Lucas preso atrás, não tinha como imprimir velocidade nesse time.
Eu escalaria, por enquanto, Sandro Goiano (é raçudo e tem técnica), Lucas, Diego Souza, Tcheco e Carlos Eduardo. O Ramon só entra nos 15 minutos finais pra fazer um gol de cabeça.
Publicado por: André em fevereiro 28, 2007 5:57 PM
Boa análise, aliás muito melhor do que os jornais pagos.
Publicado por: Hans em fevereiro 28, 2007 6:06 PM
Apagar as luzes prá fazer avalanche no escuro... tsc, tsc... muita baixaria!
Publicado por: Colorado Flauteador em fevereiro 28, 2007 6:09 PM
menção honrosa para o cantito da hinchada de cúcuta: "si, se puede! si, se puede!"
hay que endurecer sin perder la esperanza.
Publicado por: augusto em fevereiro 28, 2007 6:13 PM
De boa atuação tivemos Saja e Carlos Edurado. Dizem que Schiavi jogou mal, não concordo, de fato ele não fez uma partida espetacular, mas mostrou muita forças nas jogadas e ganhou todas as bolas altas.
Que o meio de campo não foi bem todo mundo sabe. Mas acho ainda que a falta de Tuta é muito visível. Douglas teve 2 arremates a gol e só. Tá certo que o time colombiano tava bem fechadinho, e com uma zaga impecável.
Mas vejamos: sem Tuta, temos quem?
Douglas?? Everton??? e Aloísio????
pro gaúcho ainda vai, mas pra Libertadores e Brasileiro...
Publicado por: Hans em fevereiro 28, 2007 6:14 PM
Todas, mas todas as jogadas de ataque passavam pelo pé do Lúcio. Todas. Deve ter alguma coisa errada.
Carlos Eduardo? Não vi muito dele.
Faltou um cabeça de bagre na frente da zaga. Talvez Edmilson. Sandro 90% raça, 10% técnica.
Publicado por: Marco em fevereiro 28, 2007 6:25 PM
"isso só vai acontecer se o Grêmio contratou um jogador diferente daquele que atuou dois anos no Beira-Rio"
Luis Felipe, concordo contigo que o Gavilán deixa a desejar na função.
Por outro lado, podemos ver da seguinte forma: o que Gavilán precisa pra dar certo? Ser melhor que o Edmilson! Nessa perspectiva é a contratação do ano...
Publicado por: Roger em fevereiro 28, 2007 6:27 PM
O Maurcio Saraiva escalou o time.
Quero ver o que aquele abostado vai falar agora...
Publicado por: Pato em fevereiro 28, 2007 6:28 PM
Para o Grêmio seria melhor que a energia não tivesse voltado. Do jeito que jogou, jamais faria um gol. Nos seus melhores momentosno jogo, faltou ímpeto para encurralar os faceiros colombianos. As opções de ataque ontem estava entregues à marcação, sem mobilidade para abrir espaços.
O time colombiano tem aquele toque de bola de matar secador, brincando na frente da área. Mas nenhuma qualidade ofensiva. Do contrário, teriam vencido o jogo, já que o sistema defensivo do Grêmio apresentou uma postura lastimável. Nem tanto as apresentações individuais, mais o posicionamento, mesmo.
E parem de usar meu santo nome em vão.
Publicado por: Douglas Ceconello em fevereiro 28, 2007 6:34 PM
eu não esperaria muita coisa do kelly.
Publicado por: m em fevereiro 28, 2007 6:39 PM
Eu tava na frente do preliminar quando estourou as chaves de luz de um poste dentro da área do estádio... Não foram foguetes...
O GRÊMiO jogou mal pra caraleo, mas o Cúcuta tem a zaga da seleção colombiana... Veio retrancado e conseguiu o que queria... Patrício tá foda... O Ramon foi mais ou menos...Hoje eu tava vendo o 3ºtempo ali no Estúdio Cristal e os caras falaram que quando o Ramon é destaque é porque o resto tava mal... Achei o Tricolor nervoso D-E-M-A-I-S... No mais, reforços são muito bem vindos, principalmente para a direita
Publicado por: RAEiMS em fevereiro 28, 2007 7:15 PM
concordo ali com o andré. ramón é pior que o marcel.
por falar em pior, percebi que o patrício não é lembrado nem pra ser esculachado.bah!
Publicado por: zeh em fevereiro 28, 2007 7:16 PM
Roger, para acabar com as tuas esperanças: o Edmílson só virou titular no Internacional em 2005 por que o Gavilán nunca guardou posição na vida. Deixou de ser titular depois que o Muricy resolveu se abraçar com o 352 e escalar o Edinho de líbero, o famoso esquema chama-derrota.
Publicado por: Luís Felipe em fevereiro 28, 2007 7:25 PM
Ah, aquele lance que o atacante colombiano chutou e o zagueiro gremista deu carrinho foi pênalti claro. A bola, que ia em direção ao gol, foi interceptada com o braço.
Só para constar.
Publicado por: Douglas Ceconello em fevereiro 28, 2007 8:54 PM
Parem com isso e vão jogar bola com vontade de ganhar tricolores.
Publicado por: Augusto em fevereiro 28, 2007 11:23 PM
Foi um susto. Só isso. E não perdemos, afinal.
Publicado por: Gustavo em março 1, 2007 9:26 AM
Schiavi mostrou experiência. Deveria ter sido expulso aos 30min do primeiro tempo...
Nunca vi o Ramón jogar bem. Me parece um Michel. Quando joga mais ou menos todo mundo agradece aos céus.É bruxinho do mano.
Gavillan é um um jogador eficiente. No meio, é reserva. Na lateral, jogaria melhor que o Patrício(o que não é muita coisa). Enfim, se veio de graça, não é um mal negócio, ainda mais que o gremio precisa reforçar o GRUPO.
Publicado por: Bueno em março 1, 2007 11:23 AM
(volltei)
Douglas, não lembro desse pênalti. Mas tudo bem, talvez a derrota fosse até melhor para aquela escalação nunca mais ser repetida. Mano Menezes fez um mea culpa que me deixou bastante tranquilo: ao dizer que quando um ou dois jogadores jogam mal, pode ser uma má jornada pessoal, mas quando um time inteiro joga mal, a culpa é do treinador que armou errado.
Quanto ao Gavilán, acho que a contratação não foi aleatória. Confio nos critérios de contratações pontuais do Mano Menezes e, não tenho certeza, talvez o jogador já estivesse jogando como volante de contenção no Independiente. Mesmo que não, acho que há uma chance razoável de Gavilán, Lucas, Diego e Tcheco acertarem um meio campo bastante confiável. Lembro-me de Tinga em sua volta para o Grêmio em 2001, ou dos recentes Bolívar e Edinho, que se firmaram trocando de função quando já estavam desacreditados.
Estou preocupado mesmo com a falta de opções no ataque.
Publicado por: Antenor em março 5, 2007 1:48 AM
(Newell´s, não Independiente)
Publicado por: Antenor em março 5, 2007 1:38 PM