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fevereiro 14, 2007

Vergonha alheia

Nada, mas nada mesmo, me deixa mais constrangido do que assistir a entrevistas de jogadores do Rio de Janeiro ou de São Paulo e ouvir lá pelas tantas, quando os atletas falam algo engraçadinho, absurdas gargalhadas dos profissionais de imprensa, tentando obter com boleiros um grau de intimidade que provavelmente já não conseguem alcançar com suas companheiras.

Quase morro de vergonha. Menos por apresentar na Delegacia do Trabalho o mesmo registro profissional que eles. Mais pela DECÊNCIA HUMANA.

A primeira vez que percebi isso foi quando Romário mandou Pelé enfiar um sapato na boca e os seguradores de microfone riram como se emaconhados. Depois, comecei a notar que se referem a Romário como "Baixinho". O eterno camisa 11 geralmente nem olha na cara deles, mas a vaselina da imprensa não seca.

Na quarta-feira, Aloísio estava falando de sua boa participação no clássico contra o Corinthians. Afirmou umas coisas totalmente sem graça e os cicerones ficaram lá de frescura, entre risos e gargalhadas.

Imaginem um advogado e seu cliente:

Advogado: qual foi o instrumento do crime?
Cliente: um guarda-chuva.
Advogado: hususahsuhasuhahssddfsdfdfasdada

Lamentável. Se ganham para isso, ao menos tenham um comportamento adequado. Fosse eu dono de um veículo de comunição, demitiria por justa causa um jornalista arreganhado desses.

Já cansei de elencar os defeitos da imprensa gaúcha e entendo que há profissionais lamentáveis, mas nunca percebi atitudes tão desprezíveis e ridículas como as que demonstram alguns imbecis do Rio e de São Paulo.

De luto,
Douglas Ceconello.

Publicado em fevereiro 14, 2007 3:19 PM

Comentários

Outra: alguém poderia explicar os closes extremos nas entrevistas com jogadores e técnicos?

Publicado por: Anonymous em fevereiro 14, 2007 4:38 PM

Closes extremos para não aparecer os patrocinadores no painel atrás dos treinadores.

Publicado por: Vinicius em fevereiro 14, 2007 4:55 PM

Eu já sou da opinião de que, da 2a quinzena de dezembro até a 2a de janeiro, as seções de esportes dos jornais e televisões deveriam entrar em férias coletivas. O jornalismo esportivo se torna algo intragável durante este período de vacas magérrimas...

Publicado por: Gustavo em fevereiro 14, 2007 5:00 PM

"Nada, mas nada mesmo, me deixa mais constrangido do que assistir a entrevistas de jogadores do Rio de Janeiro ou de São Paulo e ouvir lá pelas tantas, quando os atletas falam algo engraçadinho, absurdas gargalhadas dos profissionais de imprensa, tentando obter com boleiros um grau de intimidade que provavelmente já não conseguem alcançar com suas companheiras."

Melhor blog do Insanus, pelamordedeus.

Me tirem do blogroll.

Publicado por: Guima em fevereiro 14, 2007 5:02 PM

Onde um cronista esportivo pisa, não nasce grama.

Publicado por: Cassol em fevereiro 14, 2007 5:12 PM

Bando de bostao!

E aquele uniforme do gremio, alguém poderia me explicar?

Publicado por: Marco em fevereiro 14, 2007 8:43 PM

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