julho 16, 2007

O filho mais querido

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Não tem jeito. Na grande maioria das vezes em que se depara com o Brasil, a Argentina amarela, abre as pernas, joga de forma constrangedora. Não raro, a partida acaba em goleada para o lado brasileiro.

A vitória brasileira foi extremamente justa. Primeiro, o Brasil não deixou os castelhanos jogarem. É claro que a estratégia do pega-ratão amigo foi facilitada pelo golaço de Júlio Baptista logo no início. A equipe de Basile respondeu com Riquelme, que chutou na trave, tentou mais alguma coisa, mas apenas até a defesa brasileira se acertar.

Sem muito esforço, o Brasil chegou ao segundo gol, com Ayala dando um bonito carrinho para suas próprias redes. Estava muito claro que acabaria em goleada. A albiceleste não criou nenhuma chance até o final do jogo, passando a adotar um esquema suicida que muito envergonhou esse pobre colunista.

Novamente ficou provado que a diferença está na vontade dos jogadores e na simplicidade tática. O Brasil jogou a morrer, dividindo cada bola como se fosse a última lata de cerveja da noite. A Argentina entrou cheia de floreios, frescalhona, achando que poderia desfilar pois o resultado estava garantido. Mereceram muito perder.

Estou começando a crer que, quando se tratam de grandes rivalidades ou confrontos, é sempre melhor entrar por baixo, desacreditado. Rapidamente, podemos lembrar de Inter x Grêmio na final do Gauchão de 2006, de Inter x Barcelona em 2006 e mesmo de Brasil x Argentina em 2004.

E isso que o Brasil jogou com um a menos, pois Robinho entrou cagado em campo. Que cara lamentável, um palhaço de circo. Na cobertura da festa pós-jogo, não deixava ninguém ser entrevistado sem se atravessar em frente às câmeras, como se já não tivesse as bolas suficientemente lambidas em tempo integral por sua assessoria de imprensa - toda a mídia esportiva brasileira.

Tevez e Messi não viram a cor da bola e tiveram apresentações constrangedoras. Riquelme, que fez uma excelente competição, mais uma vez deixou claro que só é decisivo atuando pelo Boca Juniors, e assim será até o fim de seus dias. Cada vez mais, os argentinos são fregueses do Brasil. Se pensarmos em confrontos recentes, veremos que o Uruguai tem sido um adversário muito mais difícil para os brasileiros do que a Argentina. Mais que isso, os argentinos não conseguem vencer quando não encontram um adversário disposto a ser dominado. Quando a disputa se dá entre iguais (ao menos em tradição), vêm sendo inapelavelmente derrotados há muito tempo.

A vitória do Brasil deixa sensações contraditórias. A primeira de raiva, por ser a melhor seleção e ganhar muito mesmo com todos os desmandos e bandidagens da CBF. Mas também não podemos negar, e esta é a nota feliz, que mesmo sem os melhores jogadores o Brasil, atuando de forma racional, pode ser quase imbatível, o que mostra o nível dos jogadores surgidos no país.

Saudações,
Douglas Ceconello.

julho 13, 2007

Favorita, mas não tanto

Até hoje, Brasil e Argentina fizeram seis jogos decisivos de Copa América. Os brasileiros venceram apenas em 2004. Nas outras cinco ocasiões, la albiceleste levantou a taça.

Antes de 2004, as duas seleções se enfrentaram em 1925, 1937, 1946, 1957 e 1959. Esses cinco confrontos em preto e branco não foram decisões, mas valeram o título para os argentinos.

Por mais paradoxal que seja, não vou me surpreender se o Brasil vencer a Argentina. É o tipo de jogo que o time de Dunga pode saber jogar. Basta que esteja consciente de suas profundas limitações e da qualidade do time castelhano.

Quando uma grande rivalidade entra em campo, tudo é possível. É um clichê, mas funciona que é uma beleza. Incontáveis clássicos entre clubes estão aí para nos provar a veracidade da situação. Os argentinos são muito favoritos, mas será uma partida difícil e duvido que meu sonho de o Brasil ser goleado se realize.

Digno de nota também é o fato das crianças venezuelanas preferirem Messi a Robinho. Se os mais velhos gostam mais de correr loucamente entre bases de baseball, os infantes dão mostras de sabedoria futebolística. Com um toque na bola, contra o México, Massi fez mais do que Robinho em toda sua carreira.

O resto é o Casagrande cuspindo no microfone.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 6:28 PM | Comentários (25)
julho 11, 2007

Brasil na decisão, nos tiros livres da marca da cal

Tu acreditava numa seleção com o Loco Abreu? Nem eu. Mas, enquanto Recoba estava em campo, até que dava. Ontem, ficou provado que a história de repetir o chute quando o goleiro se adianta em penais é apenas mais uma forma de ROUBO no futebol.

Na verdade, o jogo não foi bom, mas proporcionou CONJUNTURAS realmente interessantes. Novamente, a seleção de Dunga foi ridícula. Os uruguaios foram melhores durante o jogo, mas tomaram gols em momentos muito impróprios.

O único momento em que o Brasil mostrou-se superior foi no começo da partida, quando agrediu o Uruguai, ainda que de forma atabalhoada. Num escarcéu dentro da área, May Can marcou, após rebote de Carini. Daí faltou luz na republiqueta do Chávez de Cadeia.

Quando o jogo recomeçou, com luz de bordel, o time de Oscar Tabárez dominou o Brasil, principalmente com bolas jogadas na área. Forlán e Recoba assustavam a todo momento, e o gol não demorou a sair, justamente após o rebote de um cruzamento, que Forlán completou para as redes.

O Uruguai era melhor e a virada parecia inevitável, mas Lugano falhou numa bola parada e Júlio Batista completou. Na segunda etapa, o jogo ficou muito medíocre, com as duas equipes avançando até as intermediárias. Aos poucos, os uruguaios conesguiram evoluir e o inacreditável Loco Abreu empatou, após desvio de cabeça de Forlán.

O Brasi tentou reagir, mas ninguém jogou absolutamente nada. E ainda havia espaços para Forlán contragolepar, mas sua companhia no ataque não era das mais efetivas. E tudo foi para os penais.

Era praticamente certo que o Uruguai seria eliminado. Cada jogador charrua que corre para bater uma penalidade carrega nas costa o peso de décadas de vergonha. Quando fui dormir fiquei pensando no estado de espírito de Pablo Garcia, que errou o pênalti cabal. Até agora deve estar chorando sangue.

Mais uma vez ficou provado que mandar voltar pênaltis é algo totalmente aleatório que contruibui apenas para o ROUBO SEM LIMITES sob a ÉGIDE da interpretação do regulamento. Depois do que Doni fez ontem na cobrança de Lugano (que não sabia nem ONDE colocar a bola para chutar), nenhum juiz mais deveria ter BASE MORAL para mandar repetir qualquer penalidade.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 10:41 AM | Comentários (54)
julho 10, 2007

Relembrar é viver

Para esquentar os tambores antes de colocar a paleta de ovelha na brasa, lembramos de dois confrontos históricos entre Brasil e Uruguay. Em 1993, Romário foi chamado às pressas e não decepcionou, garantindo o time de Parreira no Mundial dos Estados Unidos. Em 1995, o Uruguay deu o troco ao vencer os brasileiros na final da Copa América, jogada em território charrua. O título foi garantido com vitória de 5 a 3 nos penais após empate de 1 a 1 no tempo normal.

Naquele distante 1993, eu ainda era um torcedor ingênuo, que fazia questão de torcer para o selecionado amarelo e acreditava que o gol do Brasil nunca seria vazado enquanto Taffarel estivesse embaixo das traves. Ainda me arrepiava quando ouvia o "Brasil-sil-sil".

Dois anos depois, meu apreço pelo futebol canarinho não era mais o mesmo. Já tinha visto a seleção ganhar uma Copa e minha carreira de seguidor estava próxima de acabar. O jogo era uma desculpa para reunir a maloqueirada (que quase saqueou a minha casa) e tomar um trago.

Considero a partida de hoje muito imprevisível. Não vejo qualquer favoritismo para nenhum lado, mas acho bem possível que o Uruguay aplique um sacode nos comandados da CBF/Máfia/Nike/Globo/Zveiter/Zagallo/Redentora64/RenanCalheiros. No mínimo, será difícil para os dois lados e um bom jogo para se assistir.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 11:46 AM | Comentários (33)
julho 9, 2007

Fim das camisas 3 e 4

Um final de semana de trago, concurso público para trabalhar de capacete* e aniversário de mi madre, tudo isso numa ordem que não me lembro, me fez ficar quase plenamente afastado do futebol. Quando tentei me INTEIRAR, saí correndo da frente da televisão depois de dez segundos vendo o Paraguay. Minha vida hoje é uma vergonha e vocês, Paraguay e Chile, são os fiadores, me açoitando com o relho da descompostura moral e cívica.

Tudo começou numa noite de sábado, quando o Brasil venceu o Chile por 6 a 1. A melhor atuação do time de Dunga, diante da catastrófica zaga chilena. Como se não bastasse viver sob a sombra do fiasco de décadas, alguns mercenários chilenos saíram para farrear e aprontaram poucas e boas, capitaneados pelo blasfemo Valdívia. Querem se fubanguear, tudo bem, mas resolvam as coisas em campo. Foi exatamente por não conseguir conciliar as duas coisas que eu parei de jogar bola. Sugiro que sejam linchados em Santiago. De bom pelo lado rojo, apenas o golaço marcado por Suazo, um dos poucos com caráter.

Menos mal que o Uruguai escorraçou a Venezuela por 4 a 1. Melhor resposta à falta de vontade da vinotinto na última partida da primeira fase. Quem mandou não eliminar a Celeste quando pôde? Um locutor, tomado pela droga da euforia, bradava: "Que vinotinto? Dulce de leche y mate amargo!". Espetacular. Os uruguaios estão em ascensão no torneio e prevejo um grande jogo contra a seleção meia-boca de Dunga.

Ontem, o Paraguai conseguiu começar o jogo perdendo e com goleiro expulso. Tomar seis do México foi a coisa mais vil e desprovida de hombridade que vi no futebol em muito tempo. Estou DE MAL, fui traído. Espero que a Argentina dê um fim ao passeio mexicano por essas bandas. Contra o Peru, o time de Basile encontrou dificuldades no primeiro tempo, mas acabou goleando por 4 a 0 e garantindo a vaga na semifinal. Uma possível derrocada argentina deve ser creditada à comemoração de Mascherano, FELANDO O PRÓPRIO DEDO. Fim da dignidade. Substituam a bola por uma peteca e sejam felizes.

Em protesto, não colocarei os gols de ninguém.

Entre carrascos e humilhados, assim ficaram as semifinais:

Terça-feira - 21h45
Brasil x Uruguai

Quarta-feira - 21h45
Argentina x México.

* sonho de vida roubado deliberadamente do Antenor.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 12:00 PM | Comentários (66)
julho 6, 2007

Argentina enfrenta o Peru, Paraguai encara o México

O principal objetivo da Copa América foi cumprido com a eliminação dos Estados Unidos na primeira fase. A seleção norte-americana não conquistou sequer um ponto, marcou dois gols e sofreu oito, acabando na lanterna do grupo. Mesmo com time reserva, a Argentina bateu o Paraguai e acabou em primeiro no Grupo C.

O time reserva da Argentina, na verdade, é muito melhor que a maioria das seleções do futebol mundial. Ontem foram a campo: Abbondanzieri, Zanetti, Burdisso, Díaz, Ibarra, Gago, Cambiasso (Messi), González (Mascherano), Aimar (Ayala), Tevez e Palacio. Já ouvi contestações de que "mas na Copa de 2010 muitos serão veteranos". Por enquanto, estamos falando da Copa América. A qualidade do grupo argentino é incontestável.

Tenho simpatia pela seleção argentina, mas nunca cheguei a torcer. De uns tempos para cá, meus preferidos são Uruguai e Paraguai. Mas admiro a postura dos jogadores, que atendem prontamente o selecionado albiceleste, e sua gana em sempre vencer. Prova disso fica em cada comemoração de gol. E Messi joga todos os jogos e ninguém fica com medo de que possam quebrá-lo ao meio. Um brinde ao hermanos, então.

O gol de Mascherano garantiu a primeira colocação. Agora, a Argentina pega o Peru nas quartas-de-final, enquanto o Paraguai fica com a missão de eliminar o México. No outro jogo, que não valia nada, a Colômbia bateu os Estados Unidos por 1 a 0.

E assim ficaram definidas as quartas-de-final:

Sábado 7/7
19h Venezuela x Uruguai
21h45 Chile x Brasil

Domingo 8/7
17h México x Paraguai
19h45 Argentina x Peru

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 12:40 PM | Comentários (68)
julho 5, 2007

México, Brasil e Chile avançam

Ao que parece, Dunga e Gallo andaram conversando por telefone. Porque escalações mais absurdas que as do comandante colorado, só mesmo as do Anão-em-chefe da seleção. Nem a mais devotada carola dos canarinhos acreditava que um meio-campo formado por Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Júlio Baptista daria uma boa resposta.

No futebol, postura tática é sempre compreensível. Tu podes montar um time com vocações defensivas ou ofensivas. Mas DE ALGUMA FORMA esse time precisa jogar, impor sua vontade estratégica diante do adversário, mesmo que ela consista em postar o time inteiro dentro da área. No Brasil, nada disso acontece. As jogadas são todas fortuitas e as vitória só têm chegado graças à desqualificação dos adversários.

Acredito que não seja apenas eu a me considerar o mais idiota dos telespectadores ao se sentar na frente da televisão para ver Josué com a camisa do selecionado de futebol - merecidamente - mais prestigiado do mundo. Josué não pode nem olhar uma camisa da seleção numa vitrine.

Não veria qualquer problema em montar um meio-campo com Gilberto Silva, Mineiro, Diego e Anderson. Se contra o Equador já foi escalada uma formação extremamente defensiva, exijo que contra a Argentina no mínimo oito zagueiros sejam colocados na cancha. Ao menos, seria sensato.

O Brasil só não foi derrotado porque o Equador, por mais imposição e força física que tenha, ainda é vítima da LOUCURA SEM PRECEDENTES na hora de finalizar jogadas. Pela mãe do guarda.

No outro jogo do grupo B, Chile e México igualaram em 0 a 0, resultado que agradou a ambos. Mesmo com esse contexto e com vários desfalques - os mexicanos porque já estava classificados, os chilenos por lesões - a partida não foi nem sombra do vexame proporcionado por Venezuela e Uruguai. Não preciso dizer que Suazo é o grande nome do torneio até agora. Riquelme vem logo atrás.

Hoje, pelo grupo C, Argentina e Paraguai disputam a primeira colocação. Os paraguaios jogam pelo empate.

Bolívia, Equador, Colômbia e Estados Unidos despedem-se de forma melancólica, principalmente os dois últimos, que já chegam na derradeira rodada eliminados.

Os confrontos para as quartas-de-final ficam assim:

Brasil x Chile
Venezuela x Uruguai

México x Argentina/Paraguai (quem ficar em segundo)
Peru x Argentina/Paraguai (quem ficarm em primeiro)

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 11:25 AM | Comentários (48)
julho 4, 2007

90 minutos de falácia

Que a Venezuela queime no fogo do inferno por sua covardia em não tentar ganhar do Uruguai em jogo onde não tinha nada a perder. Com o empate entre Bolívia e Peru, os dois times entraram em campo jogando pelo empate. Juntamente com o time peruano, acabaram classificados.

Pela primeira vez em tempos, troquei de canal. Para isso acontecer quando se trata de um jogo, é realmente difícil. Mas foi bom, peguei o Jornal da Globo e presenciei a cara do safado do Renan Calheiros constrangido com todo mundo pedindo seu afastamento. E o Simon dando entrevista quase dormindo, com os olhos fechados. Nenhum sentido esse país. Um senador é considerado referência do Congresso apenas porque nunca se descobriu nenhuma barbaridade dele. Mas não se incomodem. Daqui para frente, vai ficar bem pior.

O jogo também foi uma vergonha. A Venezuela tanto fez que conseguiu ser vaiada por sua própria torcida, que nem entende muito de futebol, mas viu que a coisa estava ESTRANHA. Ora, se já estão classificados, que partam para cima do Uruguai e tentem eliminá-lo. Assim funciona o futebol. A Celeste também se comportou de forma vexatória, mas, devemos lembrar, antes de mais nada eles precisavam defender o resultado.

Desta forma, passaram Venezuela, Peru e Uruguai. A Bolívia disse adeus à competição. A partir de agora, torcerei muito mais contra os anfitriões.

Aqui estão os gols de Peru 2 x 2 Bolívia. Pizarro, que já vinha sendo corneteado, marcou dois, ambos de cabeça e em bolas paradas. Os bolivianos fizeram dois golaços.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 2:04 PM | Comentários (16)
julho 3, 2007

Saudades em preto e branco

Que hoje o Uruguai consiga ao menos devolver a derrota para a Venezuela. Não precisa ser por 3 a 0, forma como os charruas foram humilhados nas Eliminatórias para a Copa da Alemanha, dia 31 de março de 2004, em pleno Centenario. Um dos tantos fracassos que acabaram eliminando a Celeste do torneio. No jogo da volta, o placar foi de 1 a 1, em Maracaibo.

Na verdade, até um empate pode servir ao Uruguai, que acabaria com quatro pontos e entraria como um dos melhores terceiros colocados. Mas não será fácil. Como se não bastasse jogar contra os donos da casa, os uruguaios dão a impressão de que nunca mais retomarão a grandeza pela qual um dia foram reconhecidos. A coisa anda realmente preta.

Por enquanto, a Venezuela tem quatro pontos e lidera o Grupo A. Peru e Uruguai têm três e a Bolívia soma apenas um ponto. Os peruanos levam vantagem em relação à Celeste porque tem melhor saldo de gols: um positivo contra dois negativos.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 3:30 PM | Comentários (21)

Arango não é mais frentista

Se o "presidente" e trapalhão venezuelano não sabe brincar, o mesmo não se pode dizer da seleção nacional deles. Por décadas a fio, a Venezuela esteve ali, pronta a tomar goleadas a dar com pau. Felizes em ocupar a lanterna de cada pré-olímpico, cada sul-americano de divisões de base.

Quando todos tomavam 4 da Argentina, ela tomava 8 de quem tomava 4 da Argentina. Quando Romário estava numa má fase, lá estavam as eliminatórias da Copa e o goleiro Dudamel de pernas abertas para receber meia dúzia de tentos.

Dizem que o cargo mais exigente da federeção local foi, durante anos, o do menino do placar, que levantava triste a cada 5 minutos pra trocar as placas com as indicações dos gols adversários.

Na última década, os mais caribenhos dos nossos vizinhos nacionalizaram o futebol. E aos olhos brilhantes de lindas misses universo, foram melhorando pouco a pouco. Times na Libertadores empatando em casa, a seleção ganhou da da Bolívia, do Paraguai e, no ano retrasado, chegou na frente do Chile na corrida contra a lanterna das eliminatórias para
a Copa da Alemanha.

Até que chegou a vez de organizar a Copa América, depois de um rodízio onde foram o décimo dos dez paises participantes. Uma longa espera para um estréia que acabou em um emocionante 2x2 com a Bolívia - time que infelizmente não boicotou o terneio como tinha prometido. Uma decepção para os locais, mas um placar de script para o clássico do
Neo-populismo.

No jogo contra o Peru, na segunda rodada, uma segunda chance. Os peruanos recém haviam atropelado o Uruguai, e entraram em campo como favoritos. Com estranhos calções vermelhos, Farfan e companhia enfrentariam anos de goelas entaladas, de gols contras inocentes e gerações de goleiros mais vazados.

Cada venezuelano no estádio sitiado pelo exército tinha um nó no estômago. E o milagre aconteceu, em um vômito em forma de futebol. A venezuela fez 2 a zero ao natural. Poderia ter sido mais dilatado, mas não mais alegre o jogo. Jogadores velozes e furiosos, vivendo seus
dias de não-venezuelanos. Uma alegria que me fez apagar qualquer pensamento de que o resultado era o ópio que Chávez queria.

Assim, depois de 40 anos podemos dizer: a Venezuela ganhou um jogo de Copa América. Parabéns, chicos. Agora vamos começar a contar os anos sem eleição para direta. Que essa vai longe.

Eduardo Menezes,
Gênio e Produtor do Impedimento

Publicado às 11:00 AM | Comentários (27)

Paraguai e Argentina nas quartas

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Pelo Grupo C, Paraguai e Argentina venceram bem seus jogos e garantiram presença nas quartas-de-final da competição. No confronto direto, na última rodada, os guaranis jogam pelo empate para ficarem em primeiro. Colômbia e Estados Unidos respiram por aparelhos.

Sofrendo de inexplicável incontinência ofensiva, o Paraguai venceu os Estados Unidos por 3 a 1. O time de Gerardo Martino saiu na frente com Barreto (foto), que recebu excelente passe e se arrastou para completar às redes. Os Detratores da Bola empataram, com Clark, mas, no início do segundo tempo, a zaga norte-americana falhou e Cardozo aproveitou para tocar com categoria na saída do desesperado Keller. Aos 47, de falta, Cabañas deu números finais ao jogo. Dessa forma, o Paraguai chegou aos seis pontos e obteve uma das vagas do grupo.

Veja os gols.

A Argentinta bateu a Colômbia em um jogo interessante. Os cafeteros saíram na frente, com gol de Perea após inacreditável rateada da zaga castelhana em cobrança de falta. A Colômbia fechava bem os espaços, sentava o sarrafo e impedia a Argentina de jogar. Mas os valores individuais fizeram a diferença. O primeiro deles foi Simon, que marcou um pênalti nebuloso. Depois, Riquelme (outra foto), que anotou dois gols e fez a Colômbia ruir.


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Román foi o principal destaque do jogo. Simplesmente todas as jogadas passavam por ele, que comandava o meio-campo aos trotes e com extrema elegância. Não deve ter corrido um quilômetro durante todoa a partida. Aos 27 do segundo tempo, Castrillon ainda marcou mais um para a Colômbia, que tentou pressionar, mas acabou levando o quarto, desta vez com o lamentável atacante Milito.

Veja os gols.

A Argentina também chegou aos seis pontos e garatiu passagem, mas, se quiser ficar em primeiro, precisa vencer o Paraguai, que tem melhor saldo de gols, na última rodada. Estados Unidos e Colômbia se enfrentam quase apenas para cumprir tabela, já que o saldo de ambos é uma desgraceira completa. Os jogos acontecem na próxima quinta-feira.

Saudações,
Douglas Ceconello.


Classificação

Grupo C

Posição - time - pontos - jogos - saldo
1º Paraguai 6 2 7
2º Argentina 6 2 5
3º Estados Unidos 0 2 -5
4º Colômbia 0 2 -7

Publicado às 9:09 AM | Comentários (6)
julho 2, 2007

Quero voltar a ser grande

Nem precisa ser da forma humilhante como fez em 5 de setembro de 1993, em pleno Monumental de Nuñez, mas a Colômbia precisa vencer a Argentina para não começar a se despedir da Copa América.

Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, o time colombiano impôs um verdadeiro massacre à albiceleste, em território argentino. Naquela época, o futebol cefetero deslumbrava o continente. Muitos a consideravam favorita ao título nos Estados Unidos.

A seleção contava com valores como Valderrama, Rincón e Asprilla, além do indefectível toque circense de Higuita, que não jogou em Nuñez. Mas era fogo de palha. A ânsia de vencer todas as partidas de goleada e a responsabilidade que carregava nas costas fez a equipe voltar mais cedo. Com o resultado da última partida das Eliminatórias, a Argentina foi obrigada a jogar a repescagem contra a Austrália, quando acabou garantindo sua participação na Copa.


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Na verdade, o post é só uma desculpa para colocar a foto do Valderrama.

Não confio muito nesta seleção da Colômbia. E a Argentina está com uma bela equipe, mas o técnico é o mesmo. Que joguem, pois.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 5:28 PM | Comentários (29)

Conto do vigário

Desconfio da sanidade de qualquer pessoa que tenha visto alguma evolução na seleção brasileira que venceu o Chile por 3 a 0. O fato de Robinho ter marcado três gols é apenas um sintoma da inaptidão futebolística desse precário selecionado e das idéias dementes do seu anão-em-chefe, agora totalmente apartado das concepções impedimentísticas de jogar bola.

O primeiro tempo de Brasil e Chile foi um atentado a todas as pessoas que ainda gostam um mínimo de futebol. Não fosse pela covardia de Nelson Acosta, os chilenos teriam garantido a vitória. Absolutamente ninguém jogou bola pelo lado brasileiro, que precisou de um pênalti meio fantasma para sair vencendo, pois não chutou nenhuma bola em gol.

Não vi o segundo tempo, mas o fato de ter precisado consultar três fontes diferentes que me confirmassem o 3 a 0 mostra o meu nível de expectativa com os canários desafinados de Dunga. Até os 38 minutos, o Brasil se segurava com o penal do primeiro tempo. Não sei se vocês perceberam, mas o segundo gol, também de Robinho, surgiu apenas depois de uma falha dele mesmo, que desperdiçava a centésima jogada de ataque. O terceiro, com o Chile todo esgarçado, foi um golaço. E que BUNITU comemorar com o dedo na boca. Tomara que não marque mais gols. Sei lá o que mais ele vai fazer com o dedo.

Há alguns anos eu queria ser zagueiro profissional por 10 minutos, tempo suficiente para dar uma voadora na boca do Danrlei. Hoje meus motivos seriam outros. Queria dar o carrinho mais desalmado do velho oeste, por trás, nos dois tornozelos de Robinho. O juiz viria correndo, já com a mão no bolso de trás e sacando o vermelho, enquanto eu virava para as câmeras e dançava o ruque-raque.

Veja os gols.

No outro jogo do grupo, o México venceu o Equador por 2 a 1. Os equatorianos praticamente não têm mais chances, enquanto os mexicanos lideram o grupo B. Já encaminhamos ofício à Conmebol pedindo a substituição do time azteca pelo Esportivo.

Veja os gols.

Saudações,
Douglas Ceconello.


Grupo B

Posição - time - pontos - jogos - saldo
1º México 6 2 3
2º Brasil 3 2 1
3º Chile 3 2 -2
4º Equador 0 2 -2

Próxima rodada (última)

Quarta-feira - 4/7
México x Chile
Brasil x Equador

Publicado às 11:18 AM | Comentários (37)
julho 1, 2007

Venezuela vence e lidera chave A

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Uruguai e Venezuela venceram Bolívia e Peru ontem, em jogos válidos pelo grupo A. Os anfitriões assumiram a liderança, enquanto o Peru ocupa a segunda colocação, já que tem saldo de gols superior ao Uruguai. A Bolívia está na lanterna.

O Uruguai ganhou por 1 a 0 de forma sofrida, com gol chorado e Carini salvando no final.

Veja aqui o gol e os melhores momentos.

A Venezuela bateu o Peru por 2 a 0, conquistando sua primeira vitória na competição e assumindo a liderança da chave.

Veja aqui os gols e os melhores momentos.

Classificação e próximos jogos abaixo.

A partir de agora, disponibilizamos uma categoria especial para a Copa América. Ali estarão todos os posts da cobertura do torneio.

O resto é Brasil x Chile. Suazo telefonou esta manhã e disse que sonhou com gol diante dos brasileiros.

Saudações,
Douglas Ceconello.


Classificação - grupo A

Posição - time - pontos - jogos - saldo de gols
1º Venezuela 4 2 2
2º Peru 3 2 -1
3º Uruguai 3 2 -2
4º Bolívia 1 2 -1

Próxima rodada (última)

Terça-feira - 3/7
Peru x Bolívia
Venezuela x Uruguai

Publicado às 4:42 PM | Comentários (10)
junho 29, 2007

Paraguai e Argentina goleiam

Entendi como provocação o Paraguai ter goleado a Colômbia por 5 a 0 justo na única partida oficial dos guaranis que eu não assisti nos últimos tempos. Eu, que fui solidário em todos os empates em 0 a 0 e nas derrotas de 1 a 0. Mas tudo bem. A Argentina meio que se puteou, mas acabou enfiando a esperada sacola nos Estados Unidos.

Grande vitória do Paraguai, que poderia ter saído perdendo se Dominguez não errasse um penal ainda no primeiro tempo. Roque Santa Cruz desencantou e marcou três vezes, justamente os três primeiros, garantindo a liderança isolada da artilharia. Cabañas marcou mais dois e está na vice-liderança, ao lado de Crespo e Suazo. Com a vitória, o time de Gerardo "Tata" Martino ficou com grandes chances de passar e obter uma boa colocação. E que não se repita mais goleada na minha ausência. Aliás, o Paraguai vencer por mais de um gol é uma coisa meio pornográfica. Não sei como a própria equipe vai reagir a uma vitória dessas.

Também estava perdido na selva urbana, não viu os gols e ficou surpreso quando soube do resultado? Aqui estão.

Assisti ao segundo tempo do jogo da Argentina. Estava 1 a 1 e o time de Coco Basile encontrava extremas dificuldades para separar os dois joelhos da equipe norte-americana. Me irritei com a situação, pois os Estados Unidos tinham um pragmatismo enjoado para se defender, mas não conseguiam trocar dois passes além do meio-campo. Numa jogada de extrema habilidade entre Messi, Riquelme e Crespo - a primeira boa jogada, na verdade -, saiu o segundo gol. Bem, daí os Estados Unidos só relaxaram, como diria a mãe do Supla, e vieram outros dois gols, de Aimar e Tevez.



Veja aqui os gols.

Na próxima rodada teremos Paraguai x Estados Unidos e Argentina x Colômbia.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 10:59 AM | Comentários (26)
junho 28, 2007

Alegria roja e vergonha brasileira

A seleção chilena obteve uma grande vitória de virada sobre o Equador, com dois gols de "CORONEL KURTZ Suazo", enquanto o México humilhou e pedalou o Brasil de Robinho.

Quem tem Suazo

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Chile e Equador fizeram um bom jogo. O Chile dominava e apostava nos passes rápidos do seu respeitável quarteto ofensivo, formado por Valdívia, Fernández, Navia e Suazo. La Roja tinha facilidade para chegar até a entrada da área, mas pecava por preciosismo e falta de objetividade, o que passou a me irritar profundamente. O Equador é um time mais entrosado, que tem muito mais força física e apostava nas jogadas pelas pontas com De La Cruz, Tenório e Benítez, apanhando a frágil e desorganizada zaga chilena com as calças na mão.

Esse era o contexto da partida quando Valencia recebeu livre pela direita e abriu o placar para o Equador. Instantes depois, após bela tabela com Valdívia, "Marlon Brando Gordo" Suazo deixou tudo igual. Mas a tranquilidade durou pouco, pois Benítez aproveitou a indecisão do mau goleiro Bravo e marcou de cabeça.

Na segunda etapa, as coisas pouco mudaram. Uns carrinhos pra cá, uma chances pra lá. Mas a justiça demorou, mas não tardou. Novamente Suazo marcou, após receber curzamento da direita, dominar e enfiar um canudo. Minutos depois, aos 41, Villanueva, que havia entrado no lugar de Sanhueza marcou um golaço de falta e consolidou a importante vitória que deixa os chilenos bem próximos da vaga.

Veja os gols.


Quem tem Robinho

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O Brasil começou melhor que o México, tentando aproveitar o apoio de "Ben Johnson" Maicon pela direita e a mobilidade de Diego. Robinho caía pela esquerda, driblava dois e perdia a bola. Aos poucos, o Império do Anão parou em campo. O México levava perigo nos contragolpes, com Cacho e Castillo. Aos 23, após espanada de Alex, Castillo recebeu na área, chapelou Maicon e marcou um golaço. Os brasileiros não reagiram e, aos 28, Moráles fez um bonito gol de falta, que, se Doni não pegasse, poderia ao menos se atirar na bola, não ficar com aquela cara de cachorro de desenho animado.

Uma das coisas mais constrangedoras que vi foi quando, no final do primeiro tempo, um zagueiro da SELEÇÃO BRASILEIRA resolveu tomar satisfações de um MEXICANO porque ele o tinha entortado na linha de fundo e tentado cruzar de letra. Ora, Juan, dá uma botinada no Castillo, chuta ele, dá uma carrinho na BARRIGA, mas não vai encher o saco apenas porque ele te humilhou e te deixou que nem uma vassoura de palha. Fim da zaga, fim dos tempos, fim da decência no futebol.

No segundo tempo, o Anão mexeu e o Brasil melhorou. Entraram Afonso "FIZ TROCENTOS GOLS NUM CAMPEONTATO QUE NÃO VALE NADA" e Anderson. Saíram Elano, que não deveria sequer OLHAR jogos da seleção, e Diego, que poderia ter até permanecido. O Brasil criou chances, algumas claras, com Alex e Anderson, e outras mais na base da correria. No entanto, as oportunidades mais vivas foram dos mexicanos, que poderiam ter goleado.

Resta dizer que é uma vergonha. Era o único jogo em que eu não torceria contra o Brasil, mas Elano, Vagner Love e Mineiro foram atentados a qualquer resquício canarinho na minha ALMA e no bom senso que cada um carregamos. Robinho não faz sentido. Corre, dribla, quer resolver, mas não faz absolutamente nada, embora tenha se esforçado bastante ontem. Nessa seleção, Anderson e Fred merecem ser titulares. Do contrário, não há saída e tudo indica que o Brasil vai ficar fora até mesmo da segunda fase, o que seria saudável para o futebol sul-americano.

Veja os gols.

Domingo, teremos Brasil x Chile e México x Equador.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 11:34 AM | Comentários (58)
junho 27, 2007

Felicidade peruana, tristeza uruguaia e decepção dos donos da casa

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Pobre Uruguai. Mais do que a derrota, o impressionante foi a naturalidade com que a Celeste sucumbiu diante do Peru. Na outra partida, a anfitriã Venezuela decepcionou e cedeu o empate no final.

O primeiro tempo de Uruguai e Peru foi meio sem graça até os 26 minutos, quando, após bola alçada, Villalta deu um tirambaço de cabeça, que Carini não conseguiu defender. Os peruanos ainda tiveram um gol mal anulado, já que não havia impedimento. Depois disso, os uruguaios tentaram empatar, mas sem sucesso.

No início do segundo tempo, Farfán chutou de fora da área para grande defesa de Carini. A Celeste reagiu com Sanchez, que acertou uma belíssimo voleio, mas Butrón defendeu. Nesse ponto já dava para perceber a ausência de qualquer esquema tático no Uruguai, que tentava chegar apenas através de jogadas muito LOUCAS, que, no máximo, acabavam em confusão na área.

Os peruanos espreitavam. Aos 23, Mariño marcou um golaço, extremamente parecido com o de Diego Souza no Gre-Nal. Desesperado, o Uruguai lançou-se ao ataque, mas foi novamente surpreendido aos 42, quando Guerrero fechou o placar. Para felicidade de sua charmosa torcida (como a foto comprova), justa vitória peruana diante de um Uruguai cada vez mais perdido na evolução do futebol.

Veja os gols aqui.

Menos mal para o time charrua que na outra partida a Venezuela deixou escapar a vitória diante da Bolívia. A seleção do CHÁVEZ DE CADEIA saiu na frente com Maldonado, mas Moreno (que ficou assim cortando grama) empatou aos 38. No segundo tempo, novamente os vinotintos ficaram na frente, com Páez, logo aos 10 minutos. Quando tudo parecia encaminhado, o cotrintiano Arce surgiu como um bólido e deixou tudo igual de novo, cabalisticamente também aos 38 minutos.

Veja os gols aqui.

Na próxima rodada, teremos Venezuela x Peru e Bolívia x Uruguai.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado às 11:25 AM | Comentários (39)
junho 26, 2007

Festa sul-americana na república de um só idiota

Começa hoje a Copa América, o mais antigo torneio de seleções do mundo, amplamente dominado por argentinos e uruguaios. De início, o único objetivo é eliminar os EUA e o México. A Argentina é a grande favorita. Chile, Uruguai, Paraguai e Brasil correm por fora.

A competição apresenta grande supremacia de uruguaios e argentinos, que a conquistaram em 14 oportunidades. Apenas nas últimas edições o Brasil reagiu, ganhando três das quatro disputadas. Mesmo assim, chegou apenas a sete títulos.

Império do Anão

O Brasil chegou à Venezuela e frustrou os torcedores locais ao apresentar Afonso, Josué e companhia. São poucos os jogadores reconhecidos. Não culpo qualquer atleta que peça dispensa do selecionado. Não estão solicitando o afastamento da tão cantada Canarinho, mas sim do rico patrocinador. É fato que esse time não tem pé nem cabeça, já que começa com Helton e termina com Vagner Love.

Albiceleste favorita

O grande favoritismo fica com a Argentina, que leva o que tem de melhor para a terra do safado Chávez. Mais do que tinha alguns dias atrás até, já que Riquelme resolveu retornar. Resta esperar para ver se ele será o mesmo do Boca - algo que raras vezes aconteceu na seleção. Alfio Basile tem a equipe praticamente escalada para a estréia contra os EUA, na próxima quinta. A albiceleste deve ir a campo com: Abbondanzieri; Zanetti, Ayala, Gabriel Milito e Heinze; Verón, Mascherano e Cambiasso; Riquelme; Messi e Crespo.

Pela reabilitação charrua

Quem realmente precisaria vencer a competição, para levantar a moral e entrar nos trilhos, é o Uruguai. Depois da trágica perda da vaga na Copa 2006, Oscar Tabárez assumiu no lugar de Jorge Fossati e as coisas melhoraram um pouco. Bons jogadores para uma campanha decente não serão problema. Lá estão Carini, Cannobio, Darío Rodriguez, Lugano, Estoyanoff, Forlán, Ignácio González e o sempre presente - atualmente lesionado - Recoba. Torcerei.

La Roja e a façanha

O Chile é um dos cinco países que ainda não conquistaram o torneio - os outros são o Equador, a anfitriã Venezuela e os detratores Estados Unidos e México, de história recente na competição. Parece que desta vez o surgimento de jogadores como Valdívia, Matías Fernández e "Brando" Suazo pode fazer La Roja esquecer os quase eternos Salas e Zamorano. A responsabilidade de acertar as contas com uma nação apaixonada pelo futebol é de Nelson Acosta, que dirige a seleção desde 2004.

O melhor ataque é a defesa

Há 28 anos, a seleção guarani não sabe o que é faturar a Copa América. O técnico Gerardo "Tata" Martino, de boa campanha na Libertadores 2006 com o Libertad, tem a missão de suprir uma das principais carências do futebol paraguaio - a falta de renovação. Desde a grande geração defensiva de Arce, Gamarra e companhia, o selecionado encontra dificuldades em ter um time ao menos competitivo. O defensor Paulo da Silva, o muito bom meio-campista Julio dos Santos e os atacantes Santa Cruz, Cuevas e Cabañas são alguns dos jogadores que podem ajudar de forma considerável na missão.

Como funciona

Após a disputa dos jogos dentro da grupos, passam as duas melhores equipes de cada chave mais os dois melhores terceiros colocados. Ou seja, de 12 seleções, oito se classifcam. Depois temos quartas-de-final, semifinal e a final. Gostaria que Chile, Uruguai ou Paraguai vencessem a competição. Se não der, que seja qualquer outro, exceto Venezuela, Brasil, Estados Unidos e México.

Sobre Bolívia, Venezuela e Peru falarei quando for necessário, mas entendo que têm bem poucas chances de incomodar. O Equador até pode fazer uma correria, mas eu não acredito que vá muito longe.

Confira abaixo os grupos, a primeira rodada e os campeões.

Saudações,
Douglas Ceconello.


Grupo A

Venezuela
Bolívia
Uruguai
Peru

Grupo B

Brasil
México
Chile
Equador

Grupo C

Argentina
Estados Unidos
Paraguai
Colômbia


Primeira rodada

Grupo A -1ª rodada (26/6)
19h Uruguai x Peru
21h45 Venezuela x Bolívia

Grupo B -1ª rodada (27/6)
19h30 Equador x Chile
21h45 Brasil x México

Grupo C - 1ª rodada (28/6)
19h30 Paraguai x Colômbia
21h45 Argentina x EUA


Quem já venceu

Argentina 14
Uruguai 14
Brasil 7
Paraguai 2
Perú 2
Bolívia 1
Colômbia 1

Publicado às 2:09 PM | Comentários (29)

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